O depósito de resíduos perigosos, provenientes da Siderurgia Nacional – Maia, na Freguesia de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, constitui um dos mais graves atentados ambientais cometidos no nosso país.

Entre 2001 e 2002, após deferimento concedido pela Direção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território, e com a conivência da Câmara Municipal de Gondomar, foram depositadas várias toneladas de resíduos industriais perigosos no chamado Alto do Gódeo (Castalhal – São Pedro da Cova). Esta deposição, realizada sem a impermeabilização do solo ou o tratamento prévio dos resíduos, criou um gigantesco problema ambiental e de saúde pública que ainda está por resolver.

Depois de anos de denúncia e luta das populações, da junta de freguesia e da CDU na Assembleia da República, só em 2011 é que foi publicamente assumido que os resíduos depositados são efetivamente perigosos e que constituem uma ameaça à saúde pública.

Quase duas décadas depois, e apesar da magnitude do problema e do prejuízo causado à população, continuam por apurar as responsabilidades de todos aqueles que contribuíram para esta situação, nomeadamente a nível autárquico e governativo.
É inegável que foi graças à luta da população de S. Pedro da Cova, e do empenho da CDU no acompanhamento e sistemática denuncia do problema, que uma parte dos resíduos perigosos de S. Pedro da Cova já foram retirados.

Considerando que é urgente avançar na resolução do problema, os candidatos da CDU pelo distrito do Porto reuniram hoje com a Junta de Freguesia de São Pedro da Cova para avaliar a situação e considerar formas de intervenção futura que permitam a resolução do problema.
A reunião confirmou a justeza das reivindicações da CDU, da Junta de Freguesia e da população quanto à necessidade imperiosa de terminar a remoção de todos os resíduos perigosos criminosamente depositados em São Pedro da Cova.
A CDU reafirma o seu compromisso de dar voz à luta das populações de S. Pedro da Cova e de Gondomar na próxima Assembleia da República, exigindo a célere remoção de todos os resíduos perigosos ali depositados, a requalificação ambiental e paisagística de toda a área afetada e a continua monitorização das linhas de água da área afetada. Continuaremos também a exigir o total apuramento de responsabilidades de todos os que politicamente permitiram este crime ambiental.
Só assim será possível minimizar os efeitos já causados por este crime ambiental e compensar a população pela situação criada.