«A democracia precisa de vós homens e mulheres da Cultura»

Encontro com artistas e trabalhadores da cultura
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Encontro com artistas e trabalhadores da cultura

«A Cultura não é uma despesa, é um investimento», e como tal os seus trabalhadores, criadores e agentes têm uma importante intervenção político-social. A ideia-chave foi transmitida por Jerónimo de Sousa num encontro matinal com homens e mulheres da Cultura, os quais, sublinhou ainda, são essenciais para a existência de uma democracia plena.

A realização da iniciativa no Museu do Aljube, criado com destacada intervenção do PCP para preservar e divulgar a memória sobre os crimes do fascismo e a valente resistência antifascista, não foi de resto esquecida pelo director do espaço, Luís Farinha, que justamente considerou a escolha da CDU para o arranque da sua campanha eleitoral um significativo sinal do vínculo do PCP-PEV para com a promoção da livre criação, fruição e acesso à Cultura.

Esse mesmo compromisso foi também realçado pelos testemunhos feitos de viva voz por artistas e criadores. Designadamente dando conta da muita e valorosa intervenção dos comunistas e dos seus aliados em defesa do sector e dos seus profissionais: ao longo de anos de política de direita anti-cultura imposta por PS, PSD e CDS, durante o período dos cortes brutais e abafamento protagonizados pelo governo de Passos e Portas, e mais recentemente procurando recuperar da ofensiva e repor direitos, o que aconteceu com sucesso, pesem as reconhecidas e factuais limitações do Governo minoritário do PS também nesta matéria.

Este foi um aspecto que o Secretário-Geral do PCP não deixou passar em claro. E para além de ter desmistificado a capciosa proposta de António Costa de atingir, nos próximos 4 anos, um mínimo de 2 por cento do Orçamento do Estado para a Cultura (o mesmo PS que se juntou a PSD e CDS para chumbar a iniciativa do PCP que concretizava 1 por cento para a Cultura já nesta legislatura), recordou que além do financiamento – central, imprescindível –, outros factores há que ter em conta.

Desde logo a precariedade dos vínculos, os baixos salários e as débeis condições laborais no sector, as restrições que todavia pesam sobre a livre criação e fruição cultural, truncando, assim, a democracia de uma das suas componentes essenciais.