Grande arruada no Barreiro dá confiança e mais força à CDU

Arruada no Barreiro
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No penúltimo dia de campanha para as eleições de 6 de Outubro, onde se vão eleger 230 deputados para a Assembleia da República, a campanha CDU, com Jerónimo de Sousa, consolidou forças e voltou a crescer, desta vez no Barreiro, terra de trabalho, resistência e luta, por uma nova e mais justa sociedade.

Um «mar» de gente arrancou, a meio da manhã, junto da Câmara Municipal, com muitas centenas de pessoas. Envergaram, determinados, as cores da Coligação PCP-PEV, como o verde da esperança, o amarelo da alegria, o azul do céu, o branco da paz e o vermelho da coragem. De longe avistavam-se também gigantescos balões, com as cores da CDU, e ouvia-se os ritmos dos bombos e gaita de foles da Escola Musical do Alto do Moinho.

«A CDU avança com toda a confiança», «avançar é preciso, andar para trás não» e «CDU, voto eu e votas tu» foram palavras de ordem que ecoaram. 

Durante o percurso – onde não faltaram os abraços, apertados, os cumprimentos e saudações, muitas, e os beijinhos – muitos outros juntaram-se àquela «onda» de entusiasmo e confiança que desaguou no Parque Catarina Eufémia, símbolo da resistência contra o fascismo e da luta pela liberdade. Houve ainda tempo para uma curta paragem junto de uma banca onde se vende, todas as quintas-feiras, o jornal Avante!, Órgão Central do PCP, que esta semana tem como título: «Domingo vota CDU para o País avançar». 

Capitalismo não é verde

No final, tiveram lugar as intervenções políticas, tão esperadas por aquela multidão. A primeira foi Dulce Arrojado, da Direcção Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) e candidata naquele distrito. Pediu uma CDU «com mais força» no Parlamento, para «uma distribuição mais justa de rendimento, mais direitos laborais, mais educação, melhores serviços de saúde e maior consciência ambiental». 

Sobre o tema «ambiente», tão badalado nesta campanha, Dulce Arrojado recordou que os outros partidos estão atrasados três décadas. «As propostas ambientais da CDU trazem o cunho e a experiência de mais de 30 anos em defesa do ambiente, de uma sociedade justa e sustentável, vincando a necessidade da mudança do paradigma económico, porque uma sociedade capitalista nunca será uma sociedade verde», disse.

CDU mais forte

Seguiu-se Francisco Lopes, primeiro candidato pelo círculo eleitoral de Setúbal. Pegando no lema da CDU: «Avançar é preciso. Andar para trás não», o cabeça-de-lista reafirmou a «necessidade» e a «urgência» da construção da ponte rodoferroviária Barreiro/Chelas, um projecto de carácter estratégico, quer para o País quer para a Área Metropolitana de Lisboa, que uns opõem-se (PSD e CDS) e outros (BE) dizem que deve ser unicamente ferroviário. Nuns dias, mais próximos das eleições, o PS está a favor, noutros está contra.

«Só o PCP e o PEV têm uma posição coerente e determinada para avançar com este projecto essencial ao desenvolvimento», afirmou. Aos que estão contra por uma «questão de dinheiro», Francisco Lopes lembrou que, há dez anos, o custo da ponte era de 1,7 mil milhões de euros. Só com o que se pagou em juros de dívida, desde que Portugal aderiu ao Euro (100 mil milhões de euros), «podíamos ter construído 50 pontes», que «ficariam cá», no nosso País, «enquanto o dinheiro dos juros esvaiu-se por essa Europa e mundo fora», salientou. Avançou, de seguida, com outras propostas, que passam, no plano nacional, pelo «investimento na ferrovia», incluindo na rede de alta velocidade, e «melhores transportes públicos», com «mais barcos, comboios, autocarros e trabalhadores contratados». Por outro lado, acrescentou, «é necessário desenvolver o polo ferroviário do Barreiro e que a EMEF seja integrada na CP». 

São também candidato Paula Santos, José Luís Ferreira, Bruno Dias, Susana Espada, Rui Higino, Margarida Botelho, João Pedro Figueiredo, Ana Baliza, Nuno Amaro, Tiago Aldeias, Sofia Martins, Hélder Guerreiro, Vivina Nunes, Margarida Teixeira, Simão Calixto, Maria João Costa, Natacha Patinha, Albano Mestre, Angelina Patrício, João Caferra e Ana Morgado. Luís Leitão é o mandatário distrital.

Propostas construtivas 

Na recta final desta campanha, Jerónimo de Sousa apelou ao voto na CDU para que as suas propostas sejam concretizadas na próxima legislatura, que, se forem aprovadas, «criarão melhores condições para os trabalhadores e o povo português». Referia-se, entre outros exemplos, ao aumento geral dos salários para todos os trabalhadores, particularmente do salário mínimo nacional para os 850 euros, creches gratuitas para todas as crianças até aos três anos, maior justiça fiscal e reforço dos serviços públicos, nomeadamente do Serviço Nacional de Saúde. «É inadmissível que existam 600 mil portugueses sem médico de família», apontou o Secretário-geral do PCP, assegurando que «é possível concretizar estas propostas» para que Portugal «tenha uma outra perspectiva de desenvolvimento económico» e «produzir mais».

Até às 19h00 do dia 6 de Outubro é preciso continuar a esclarecer, nas empresas e locais de trabalho, nas escolas, nos bairros e ruas, nos transportes públicos, porque vale a pena votar na CDU: na foice e no martelo com o girassol ao lado.