CDU defende aumento geral dos salários

Contacto com trabalhadores da SONAE
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Cerca de 44 quilómetros separam a precariedade laboral praticada no call center da Randstad/EDP, em Lisboa, à da SONAE, na Azambuja.  

No polo logístico da SONAE, os trabalhadores, cerca de 2200, têm vindo a realizar diversas formas de luta, pelo aumento dos salários, em defesa da pausa, pelo fim da precariedade, da repressão patronal e da enorme desregulação dos horários de trabalho. Hoje, 1 de Outubro, realizou-se um plenário para debater, entre outros temas, as alterações legislativas do novo Código de Trabalho, que entraram em vigor. 

Jerónimo de Sousa e Mariana Silva, candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Lisboa, apanharam a mudança de turno, bem como, entre muitos outros activistas, Armindo Miranda, da Comissão Política do PCP.

A meio da tarde, contactaram com cerca de 1800 trabalhadores, de todas as idades e várias nacionalidades. «Por quanto é que tu vais ser explorado?», perguntava um trabalhador a outro, enquanto o Secretário-geral do PCP conversava e era saudado por seus colegas. «O único partido que aparece por aqui, fora das eleições, é o PCP. Existe muita precariedade por estas bandas», confessou Ricardo Mendes, do CESP e trabalhador da DHL. Entre outras reivindicações, avançou com necessidade de 25 dias de férias, o encerramento do comércio aos domingos e feriados, segurança no local de trabalho e o fim da precariedade laboral. 

«Estamos a perder, cada vez mais, os nossos direitos. Temos, cada vez menos, poder de compra», adiantou outra trabalhadora, que recebe pouco mais do ordenado mínimo, alguns a laborar há mais de 10 anos.

Tal como Jerónimo de Sousa afirmou, «os direitos não se perdem para todo o sempre, tal como não se ganham. Com uma CDU reforçada, com uma composição progressista na Assembleia da República, é possível reverter, particularmente, o agravamento da precariedade» e respeitar «a contratação colectiva». «Vamos fazer todos os esforços institucionais, mas serão os trabalhadores a conseguir alterar as malfeitorias agora feitas» pelo PS, com o apoio do PSD e do CDS, adiantou.