Voto que não engana

CDU cresce em todo o País

A cidade de Santarém acolheu, na sexta-feira, uma das maiores acções de campanha da CDU. Jovens e menos jovens encheram o Largo Chiquito, dando força ao projecto alternativo que o País necessita e que a Coligação entre o PCP e o Partido Ecologista «Os Verdes» protagonizam. Jerónimo de Sousa disse mesmo que «foi a maior iniciativa pública de qualquer força política concorrente às eleições para o Parlamento Europeu»

Na sua intervenção, o Secretário-Geral do PCP apelou ao reforço da CDU, «uma condição fundamental para a ruptura com a política de direita, para que exista e se concretize uma alternativa, uma política patriótica e de esquerda».

Alternativa que passa em primeiro lugar pela renegociação da dívida. «Com o agravamento da situação económica, em recessão, produzindo cada vez menos, não podemos pagar a monstruosidade desta dívida, e muito menos o próprio serviço da dívida, pelos montantes que exigem. Se for para ai não ficamos com dinheiro para o investimento, para o crescimento económico e para o desenvolvimento. Renegociar a dívida nos seus prazos, nos seus montantes, nos seus juros, é uma condição fundamental para sairmos desta armadilha em que nos encontramos», acentuou, lembrando ainda que «o nosso país precisa de produzir mais e melhor».

«Há, de facto, alternativa. Mas essa alternativa é tanto mais próxima, porque tem que ser construída, quanto mais força tiver a CDU», acrescentou.

Cartão vermelho

O comício contou anda com a intervenção de Manuela Cunha, candidata ao Parlamento Europeu, que manifestou a sua indignação pelas declarações do primeiro-ministro quando, há alguns dias, comparou a saída da troika com a conquista da liberdade alcançada com o 25 de Abril. «Este não é o caminho que a CDU quer, por isso o próximo dia 25 de Maio tem que ser de verdadeira mudança», destacou.

João Madeira Lopes, da Associação Intervenção Democrática, acusou PS, PSD e CDS de «estarem sempre juntos contra o povo e o País, em todos os órgãos: Assembleia da República, Governo e PE. Juntos no pacto de agressão, na aprovação do Tratado Orçamental, na União Bancária, na Reforma do IRC, para assegurar ao capital ganhos fiscais sobre os seus lucros, enquanto os trabalhadores e o povo são sujeitos à carga insuportável do IRS e do IVA.» «A hora é de utilizar o voto como um cartão vermelho a este Governo e a esta política», salientou.

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