«Sejamos todos candidatos até ao dia 25 de Maio»

Campanha de alegria no Porto

A verdadeira mudança, apenas possível com a CDU, está prestes a acontecer em Portugal. No Porto muitas centenas de pessoas empunharam as cores da esperança, de todas as cores, numa arruada que ficará marcada na história das eleições para o Parlamento Europeu. «A CDU avança com toda a confiança», foi a palavra de ordem que ecoou na Rua 31 de Janeiro e que só terminou no Coliseu.

Pelo caminho, Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, ao lado de João Ferreira, Inês Zuber, Mariana Silva, Marcos Nunes, João Torres, Manuela Cunha e Miguel Viegas, candidatos, e de Ilda Figueiredo, mandatária nacional, recebeu, por parte das pessoas, fascinadas por aquele mar de gente, mensagens de reconhecimento pelo trabalho realizado pelos comunistas e pelos ecologistas, quer na Assembleia da República, quer no Parlamento Europeu, quer nas muitas lutas que vão marcando o dia-a-dia dos portugueses, que estão fartos da política prosseguida por PS, PSD e CDS.

Presentes estiveram ainda Rui Sá, mandatário da CDU, João Corregedor da Fonseca, da Associação Intervenção Democrática, Júlio Sá, do Partido Ecologista «Os Verdes», e Jaime Toga, da Comissão Política do Comité Central do PCP.

No Salão Ático, João Ferreira, primeiro candidato da Coligação PCP/PEV, referiu que esta está a ser «uma campanha de alegria», quando «são cada vez mais aqueles que estão ao nosso lado, que reconhecem na CDU a força que, pelo seu percurso, pelo seu património, de intervenção, de luta, de propostas, pela sua coerência, é diferente dos que têm sido todos iguais».

Na sua intervenção, lembrou ainda que a CDU trouxe para esta campanha questões centrais, «que outros [PS, PSD e CDS] prefeririam que estivessem ficado à margem desta campanha», como «a situação do País, a devastação social, o desemprego, a pobreza, a miséria, a emigração forçada, a fome», mas também a «destruição da nossa economia e da nossa capacidade de criar riqueza».

«Estamos a conseguir fazer uma coisa muito importante nesta campanha, que é associar o profundo descontentamento, o desalento, a revolta que percorre cada vez mais portugueses, a um sentido de esperança, de confiança, que o nosso País não está condenado ao atraso e ao empobrecimento, e que a vida dos portugueses não está condenada a piorar de dia para dia. Conseguimos associar este sentimento de esperança, que cresce à medida que cresce a CDU, e crescerá até domingo, porque vamos sair destas eleições com mais força», afiançou.

Crescer em votos e em deputados

Também Jerónimo de Sousa, que terminou aquele comício, frisou que «a CDU tem possibilidades reais de crescer, de avançar, em votos e em deputados».

«Estamos perante um processo que exige uma longa luta, com derrotas, mas também com, onde se insere este resultado da CDU», explicou o Secretário-Geral do PCP, salientando que «esta CDU está para durar, para crescer, para avançar, nestas eleições e noutras no futuro».

«Esta confiança não pode ser alimentada apenas pelas sondagens simpáticas que foram publicadas, que demonstram tendências, porque o resultado é no dia 25 de Maio, com o voto dos portugueses», reforçou, sublinhando que ainda «há muitos votos para ganhar, há muita gente para convencer». «Sejamos então todos candidatos, porque temos razões para apelar ao voto na CDU. Não enganámos ninguém, tivemos um só discurso, uma só cara, no Parlamento Europeu, na Assembleia da República, na nossa intervenção nas autarquias. Não somos iguais aos outros, somos diferentes porque estivemos com o povo, com aqueles que mais sofrem», acentuou, terminando: «Temos propostas e uma vontade tremenda de continuar a nossa luta, sejam quais forem as dificuldades. Mas um bom resultado anima mais a luta que temos que travar contra esta política, por uma política alternativa, patriótica e de esquerda».

Derrotar o Governo

Antes da arruda pelas ruas do Porto, Jerónimo de Sousa participou numa outra, em Valongo. Ali, interrogado pelos jornalistas, o Secretário-Geral do PCP admitiu a apresentação de uma moção de censura ao Governo se os resultados das eleições para o Parlamento Europeu confirmarem a derrota do Executivo PSD/CDS.

«A censura a este Governo deve ser todos os dias, tendo em conta aquilo que fez e está a fazer, mas não podemos recusar a possibilidade de exercer um instrumento, um direito constitucional, que é a censura na própria Assembleia da República», salientou, frisando que, «a confirmar-se o resultado negativo para a direita (PSD/CDS)», o mesmo é demonstrativo de que o Executivo PSD/CDS e os partidos que o apoiam não têm base social, nem base política.

Aos militantes e activistas, Jerónimo de Sousa lembrou, de igual forma, que é preciso «fazer uma leitura nacional dos resultados nesta eleição». «Olhando para os últimos três anos de inferno, o balanço que fazemos é trágico. Se verificar-se uma derrota dos partidos da direita, a CDU tem o direito de dizer que o Governo foi derrotado e que devem ser convocadas novas eleições», precisou.

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