Mais de mil apoiantes e activistas no almoço da CDU em Loures

Abril vive no coração do povo

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A Revolução de Abril, as suas conquistas e valores estão bem vivos no coração do povo português. A convicção, de Jerónimo de Sousa, foi partilhada com as mais de mil pessoas que participaram no grande almoço da CDU, realizado no Pavilhão José Gouveia, em São João da Talha, concelho de Loures. Para o Secretário-geral do PCP, se a política de direita praticada por PS, PSD e CDS há mais de 37 anos conseguiu destruir muito do que de mais valioso em Abril se conquistou, ela não logrou arrancar Abril da memória dos trabalhadores e do povo, que prosseguem hoje a luta pela defesa e concretização dos seus valores.

Salientando a grande participação popular nas comemorações da Revolução, o dirigente comunista destacou particularmente a relevante presença das novas gerações, que não eram nascidas, ou não passavam de crianças, quando Abril aconteceu. Em seguida, afirmou que quando os jovens lutam pelo direito ao trabalho com direitos, quando combatem as injustiças, a precariedade e o desemprego, as propinas ou os cortes nas bolsas, quando defendem a escola pública, o que estão a fazer é lutar pelos valores de Abril, mesmo que muitos não tenham disso consciência.

A pouco menos de um mês da realização das eleições para o Parlamento Europeu, Jerónimo de Sousa não deixou de se referir aos sucessivos apelos ao voto lançados por dirigentes e candidatos do PS, que prometem a «mudança». Na opinião do Secretário-geral do PCP, seria até mau para a democracia que as pessoas, «mais uma vez enganadas, fossem votar no PS, fossem levar o seu descontentamento ao voto no PS, porque depois viria a desilusão». O que faz falta, garantiu, é uma política de verdade.

Também o primeiro candidato da Coligação às eleições de 25 de Maio, João Ferreira, afirmou que não tem credibilidade para prometer a mudança quem, no Parlamento Europeu, esteve ao lado do PSD e do CDS em tudo o que de estrutural e negativo para o País lá se votou, do Tratado Orçamental à revisão da PAC. Para o actual deputado, «escolher entre ser roubado no bolso do casaco ou da camisa não é uma verdadeira escolha». A verdadeira alternativa, garantiu, está na CDU e na política patriótica e de esquerda que defende e corporiza.

«Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos; sem responsabilidade talvez não mereçamos existir.» Foi assim, citando José Saramago, que a dirigente do PEV Manuela Cunha (que integra a lista da CDU em quarto lugar) valorizou o papel ímpar da Coligação que une comunistas, ecologistas e democratas sem partido. A força que integra aqueles que de forma mais coerente e corajosa resistiram ao fascismo e que «continua a saber resistir e lutar para manter vivos os valores de Abril».

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