Trabalhadores com a CDU

Almoço reúne centenas no Seixal

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Almoço Nacional de dirigentes, delegados sindicais e membros de Comissões de Trabalhadores, Seixal

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP,

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Intervenção de João Ferreira, 1º Candidato da CDU,

1938 dirigentes, delegados sindicais e membros de comissões de trabalhadores já manifestaram o seu apoio às listas da CDU para o Parlamento Europeu. Este número, que não pára de crescer, foi dado a conhecer no dia 3 de Maio, num almoço realizado no Pavilhão da Siderurgia Nacional, no Seixal.

«Por experiência própria sabemos que podemos contar com os eleitos da CDU – deputados que estão sempre ao lado dos trabalhadores nas lutas que travam contra a destruição dos direitos laborais e sociais, pelo trabalho com direitos, contra o roubo nos salários e pensões, contra a política de direita ao serviço dos grandes grupos económicos e financeiros, imposta pelas troikas portuguesa e estrangeira», lê-se num postal, onde se refere: «O voto na CDU é o melhor contributo para a derrota do Governo PSD/CDS e da política de exploração e de empobrecimento».

Esta foi a ideia central focada nas intervenções proferidas por Jerónimo de Sousa, João Ferreira, Arménio Carlos, Graciete Cruz e João Torres, no almoço com delegados, activistas sindicais e membros de comissões de trabalhadores, homens e mulheres eleitos pelos seus camaradas de trabalho para defender os seus interesses de classe.

A primeira intervenção coube a João Torres, Coordenador da União de Sindicatos do Porto, membro da Comissão Executiva da CGTP-IN, do Comité Central do PCP e candidato às eleições para o Parlamento Europeu, que falou dos valores e das conquistas alcançadas com o 25 de Abril, «que muitos nem pensavam ser justo reivindicar e outros ainda julgavam que seriam inalcançáveis».

Referia-se, e só a título de exemplo, aos direitos de manifestação e de expressão, às liberdades políticas, à valorização do trabalho e à dignificação dos trabalhadores, ao aumento dos salários e à criação do Salário Mínimo Nacional, à proibição do lockout, às licenças de maternidade, ao direito à reforma, às férias pagas, ao abono de família, à melhoria de serviços de saúde, à democratização da educação e da cultura, à Reforma Agrária, ao Poder Local democrático.

«40 anos depois, os partidos do arco da contra-revolução, PS, PSD e CDS, enfiaram-nos na Europa dos ricos para sermos mais pobres, limitando a nossa soberania e independência nacionais e dificultando ao povo português os caminhos que vierem a decidir», acusou João Torres, frisando: «Hoje, aqui estamos, dirigentes, delegados, activistas sindicais e muitos outros para «continuar Abril e para sair deste lodaçal em que meteram os trabalhadores e o povo português».

Candidatura dos trabalhadores

Por seu lado, Graciete Cruz, da Comissão Executiva da CGTP-IN, do Comité Central do PCP e candidata da CDU valorizou a presença massiva de sindicalistas e membros de comissões de trabalhadores no almoço do Seixal, o que autentifica que a candidatura da CDU ao Parlamento Europeu «é, por ela própria, a confirmação de que esta é uma candidatura dos trabalhadores, identificada com os seus problemas e aspirações, merecedora da sua confiança e portadora de esperança».

«Este é o momento que coloca ainda maiores exigências aos trabalhadores e às suas organizações de classe», acentuou, precisando que, agora, «é preciso levar a luta de todos os dias até ao voto». «O capitalismo não é o fim da história, e a luta é o caminho», concluiu.

De igual forma, Arménio Carlos, Secretário-Geral da CGTP-IN, sublinhou a importância das próximas eleições, que não são apenas para o Parlamento europeu. «Estas são umas eleições onde vamos ter a oportunidade de penalizar fortemente o Governo PSD/CDS e aqueles que, como o PS, estiveram na origem da assinatura do memorando da troika e das consequências de todas as políticas anti-laborais e anti-sociais que se desenvolveram até hoje», afirmou, acentuando que no dia 25 de Maio o movimento sindical vai tomar partido «sempre ao lado dos trabalhadores, do povo, contra o capital, todos os dias e a todas as horas». «Tomamos partido ao lado daqueles que mais sofrem, mas simultaneamente ao lado daqueles que sempre estiveram e continuam a estar com os valores e a Revolução de Abril, com Maio e com o futuro de Portugal», defendeu.

Votar CDU

João Ferreira, cabeça de lista da CDU às eleições para o Parlamento Europeu, explicou as razões pelo qual o País se deve preparar para a saída do Euro, respondendo aos que se «agitam, inquietos, porque percebem o bom acolhimento que têm as propostas da CDU». «Acenam com a pobreza, com a degradação dos rendimentos, esquecendo-se que foi a pobreza e a diminuição dos rendimentos que trouxeram o amarrar do País a este caminho. Agora temos que nos preparar para voltar a adquirir a soberania no plano cambial, orçamental e fiscal, adequando as políticas, não às necessidades de economias fortes, mas às especificidades de economias como a portuguesa», salientou, especificando: «É tempo de recuperarmos para o País as empresas e sectores estratégicos que nos foram roubados, e de devolvermos aos trabalhadores e ao povo tudo aquilo que lhes foi retirado nos últimos anos».

Também Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, referiu que CDU «tem um projecto distinto que vai ao encontro das necessidades e aspirações do mundo do trabalho, que nos distingue de todos os outros, quer pela concepção de Europa que explicita, quer pela ligação que faz da luta por essa outra Europa a uma profunda mudança na vida nacional sustentada na ruptura com a política de direita e na construção de uma alternativa política, patriótica e de esquerda».

«Um projecto que não se limita a dar justa expressão ao descontentamento e revolta da maioria da população, mas que assume uma postura de esperança e de possibilidade de romper com as principais opções e políticas que estão na origem da crise no nosso país e também na União Europeia», acrescentou, concluindo: «Apoiar a CDU é acrescentar força à luta e à razão de todos os que não aceitam o rumo de desastre nacional e que aspiram a uma outra política, patriótica e de esquerda».

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