Foi num ambiente de grande confiança que se realizou este domingo, na Moita, um almoço de apoio à CDU, com a presença do Secretário-Geral do PCP. No Salão do Clube Recreativo do Penteado, perante 260 pessoas, Jerónimo de Sousa afirmou a importância de «levar a luta até ao voto», lembrando que a CDU é a única força política que defendeu os interesses nacionais no Parlamento Europeu» e a única que «tem dado esperança e tem estado em todos os momentos ao lado dos trabalhadores e do povo».

Aludindo à afirmação de António José Seguro segundo a qual os partidos que apoiam o Governo não têm medo do protesto popular mas sim do voto, assim separando os dois planos, o líder comunista criticou tal concepção assinalando que a «vida política não se esgota no voto». «A luta é um elemento estratégico», sustentou, recordando que «se não fosse essa luta nunca tinha havido o 25 de Abril».

Num apelo directo ao voto na CDU, Jerónimo de Sousa considerou ser esse o voto capaz de «dar um empurrão para que o Governo seja corrido e haja eleições».

No próximo dia 25 o povo tem ainda nas suas mãos a oportunidade de dizer que «quem manda em Portugal são os portugueses» e não o FMI, o BCE e a UE, frisou o dirigente comunista, numa crítica severa à troika estrangeira que agendou para aquele mesmo dia em Sintra um encontro cujo significado é dizer que o programa da troika acabou a eles vão continuar por cá.

A anteceder Jerónimo de Sousa interveio o presidente da Câmara Municipal da Moita, Rui Garcia, para quem o voto na CDU «vale a dobrar», ou seja, é o voto nos «únicos eleitos que defendem os interesses dos portugueses», e, por outro lado, o que permite demonstrar «pela força do voto que o povo não quer esta política quer outra política».