Odivelas

Ganhar e reforçar em Odivelas para mudar

Comício vibrante em Caneças, onde a CDU mostra a diferença

No Largo Vieira Caldas, a meio da tarde, junto ao coreto, o auditório alargou-se para lá dos limites da plateia, com muitas pessoas em pé no amplo espaço frente ao palco a que subiram dirigentes do PCP e da JCP, do PEV e da ID, e os primeiros candidatos às freguesias e à Câmara e Assembleia municipais.

A CDU afirma-se como alternativa à maioria PS/PSD que tem governado Odivelas  desde a constituição da comissão instaladora do município, em 1999.

A diferença no concelho vizinho, onde a CDU recuperou o primeiro lugar em 2013, foi apontada de uma forma geral e no caso concreto da privatização da água em Odivelas, opção abandonada após a CM Loures ter avançado com a proposta de criação dos serviços intermunicipais (SIMAR).

A marcar o ritmo

Armindo Fernandes, presidente da Junta da União das Freguesias de Ramada e Caneças e primeiro na lista de candidatos à Assembleia, começou por reafirmar a exigência de reposição das freguesias agregadas à força de lei há quatro anos. Confiante em que será confirmada a confiança depositada na CDU nas duas freguesias, declarou que os eleitos irão «continuar o trabalho com mais energia, com a energia do voto popular».

Pedro Varino, dirigente da associação Intervenção Democrática que integra a lista de candidatos à Câmara, realçou a diferença da gestão autárquica da CDU, que a ID integra «desde o princípio, com orgulho». Lembrou que em Odivelas ainda se distingue a obra realizada pela Coligação Democrática Unitária, quando dirigia o concelho de Loures (a criação do concelho de Odivelas foi institucionalizada nas eleições autárquicas de 2001).

A intenção do actual executivo municipal de privatizar o Centro Cultural Malaposta foi rejeitada por Pedro Varino sob muitos aplausos.

Painho Ferreira, candidato a presidente da Câmara, registou que, nesta campanha eleitoral no concelho, «a CDU marcou o ritmo», pela sua dinâmica e pelas propostas concretas, apresentando um programa que «reflecte o trabalho de muitos anos» dos eleitos do PCP, do PEV, da ID e independentes e que resulta de «profunda discussão colectiva», mas igualmente dos contactos com a população, associações e instituições.

Rebateu algumas afirmações de adversários da CDU, salientando que «hoje esta candidatura é conhecida e respeitada» e que «a nossa acção diária e concreta» derrotou a «aritmética eleitoral de trazer por casa». Criticou especialmente o facto de, «com apoio de alguma comunicação social», tentarem esconder que a CDU é a segunda força política e procurarem resumir a disputa eleitoral a «um combate de galos» entre PS e PSD.

Para Painho Ferreira, há que combater as desigualdades sociais e territoriais e romper com o silêncio conivente que a Câmara demonstrou quando foram encerrados o único lar público e a creche da Urmeira. A Câmara deverá exigir mais centros de saúde, jardins-de-infância, escolas, transportes. «Chega de negócios esconsos», protestou, reafirmando as propostas da CDU para o Mosteiro de São Dinis e terrenos anexos, apresentadas há meses e de que agora outros procuram apropriar-se para fins eleitoralistas.

O que distingue a CDU

Jerónimo de Sousa saudou todos os que participam e apoiam «este projecto colectivo que cá está para ganhar» a Câmara, confirmar a maioria em Caneças e Ramada e obter «mais votos e mais mandatos, para assegurar o desenvolvimento sustentado do concelho e a promoção de uma elevada qualidade de vida».

O Secretário-Geral do PCP apelou ao voto na CDU para «garantir uma gestão vinculada aos valores de Abril», elegendo «candidatos com experiência, capacidade de realização e provas dadas», conhecedores da realidade, dos problemas e dos desafios», e também apoiando «um projecto que nos distingue» e que constitui «solução e proposta alternativa clara e assumida à gestão e projectos de todas as outras forças políticas».

Deteve-se sobre os problemas da habitação e dos transportes, particularmente sentidos pela população de Odivelas, como em geral nas áreas metropolitanas. Recordou que «os sucessivos governos têm lavado as mãos como Pilatos, tentando despejar para cima das autarquias» a responsabilidade de assegurar a todos os cidadãos o direito constitucional a uma habitação condigna. Problemas, como «falta de meios de transporte, degradação da qualidade, fiabilidade e segurança, aumento dos custos, redução da oferta», são «o efeito conjugado da privatização de parte significativa dos meios rodoviários de transporte e do abandono do transporte público pelo Estado».

Votar na CDU no próximo domingo representa também um apoio à exigência de «inverter este rumo» na política nacional, para «o País avançar e resolver os muitos problemas que ele enfrenta, em resultado de anos e anos de política de direita e de recuperação e reconstituição dos grupos monopolistas».

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