Marinha Grande

CDU quer «fazer com razão e coração» na Marinha Grande

Aumento da produção nacional é solução para o País, defende o Secretário-geral do PCP

A iniciativa – onde estiveram várias centenas de pessoas – decorreu na Casa da Cultura Teatro Stephens e contou, primeiro, com um momento musical proporcionado por Manuel Pires da Rocha, Catarina Moura, da Brigada Victor Jara, e Luís Pedro.

Seguiu-se a intervenção de Miguel Martins, do Partido Ecologista «Os Verdes». Alexandra Dengucho, primeira candidata à Câmara da Marinha Grande, apresentou algumas das propostas da CDU para as áreas do desenvolvimento económico, obras públicas, turismo, cultura, centro histórico, educação, juventude, desporto, saúde, acção social e serviços municipais.

«É cada vez mais óbvio que a força política que está em melhores condições para ganhar a presidência da Câmara é a CDU», atestou a cabeça-de-lista, sublinhando: «os compromissos que assumimos com o povo deste concelho são para cumprir» e «nós somos homens e mulheres de palavra».

«O nosso programa eleitoral é aquele que responde de forma mais concreta e urgente à resolução dos problemas que afectam o nosso concelho», frisou, anunciando, entre outras medidas, uma aposta forte «no desenvolvimento económico, com a expansão, requalificação e criação de zonas industriais», bem como «na criação de postos de trabalho, dando condições às empresas para aqui se fixarem». No entanto, «não descuraremos, por um minuto que seja, a justa luta dos trabalhadores pela reposição de direitos» e «juntaremos a voz da autarquia à dos trabalhadores contra a precariedade, esse verdadeiro flagelo social que urge combater», afirmou, garantindo: «Terminaremos com o trabalho precário na nossa autarquia».

Alexandra Dengucho destacou ainda como prioridade a defesa dos serviços públicos e da saúde.

Confiança no trabalho da CDU

Também o Secretário-Geral do PCP traçou como objectivo uma «importante vitória da CDU», naquela terra de trabalho e luta heróica que é a Marinha Grande.

«Temos razões para encarar com confiança esta importante batalha. A confiança de quem se apresenta como a grande força de esquerda no Poder Local – a força que mais candidaturas apresentou aos municípios de Portugal», destacou.

Naquele concelho do distrito de Leiria, Jerónimo de Sousa falou ainda da «tragédia dos fogos florestais», que são o exemplo de «anos de incúria e de uma política de desinvestimento, desastre e abandono dos sectores produtivos, de ausência de uma política de desenvolvimento da agricultura e de ordenamento florestal, de destruição da agricultura familiar, de abandono do desenvolvimento do mundo rural».

«Uma política que no plano florestal alimentou a monocultura do eucalipto, cedendo à pressão da indústria da celulose e que negligenciou a sua protecção, com a falta de sapadores e o fim dos guardas florestais, mas também de medidas de combate e apoio aos bombeiros ao longo dos anos», criticou.

Contra a ditadura do défice

A propósito do «alvoroço» dos «méritos» da subida da notação de uma empresa financeira que tinha colocado Portugal no «lixo» dos mercados da especulação financeira, Jerónimo de Sousa defendeu que a «principal solução» para resolver o problema da dívida «está no aumento da produção nacional e na renegociação da dívida», o que «implica dar outra prioridade ao investimento, apostando na política de substituição de importações pela produção nacional». «Continuaremos a lutar contra a ditadura do défice, tal como contra a ditadura da especulação financeira, em nome da redução da dívida!», prometeu.

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