CDU - Coligação Democrática Unitária - PCP-PEV | Eleições Autárquicas 2017
Contagem terminada

Câmara Municipal

4

Mandatos

1587(61.44%)

Votos

Maioria CDU

Assembleia Municipal

9

Mandatos

1463(56.64%)

Votos

Assembleias de Freguesia

29

Mandatos

1494(57.84%)

Votos

Maiorias CDU: 5

Freguesias de Maioria CDU

  • Aldeia Velha
  • Avis
  • Ervedal
  • Figueira e Barros
  • Alcórrego e Maranhão

Câmara Municipal

Nuno Silva

45 Anos. Psicólogo

PCP

Assembleia Municipal

Manuel Coelho

49 Anos. Consultor

PCP

Bons motivos para voltar a confiar na CDU em Avis

Entrevista a Nuno Silva, Presidente da Câmara Municipal de Avis

No concelho de Avis o trabalho da CDU está à vista de todos. O actual mandato ficou marcado por um grande esforço para dotar o município de instalações e meios para responder às necessidades das populações.

Em 2013, foste eleito presidente da autarquia. Fala-nos deste percurso...
Comecei a trabalhar na Câmara em 1996. Em 2001, fui convidado para integrar a equipa da CDU. Em 2013, tendo em conta o bom trabalho que se estava a realizar, lançaram-me o desafio de continuar o projecto da CDU, de participação e realização ao serviço das populações. Foi isso que fizemos no passado, é isso que estamos a fazer no presente e esperamos vir a fazê-lo no futuro. 

A psicologia [área de formação] pode ser conciliável com a política?
Sim. Temos que ter a capacidade de ouvir, de estar próximo, de ajudar quem nos procura. 

Avis é conhecida como um bastião do PCP. É um reconhecimento do trabalho dos comunistas e dos eleitos nas listas da CDU?
Trabalhar em prol das pessoas é o principal objectivo do projecto da CDU, criando infra-estruturas necessárias e potencializando o que temos, para que quem nos visita sinta vontade de voltar. 

É isso que nos diferencia das outras forças políticas?
Nós estamos mais próximos das pessoas, percebemos as suas necessidades e o que realmente querem. 

Neste concelho do interior do País, quais os problemas mais sentidos?
A falta de empresas e de trabalho. O Poder Central devia criar condições para as empresas. Estamos a 130 quilómetros de Lisboa e muito perto de Badajoz [Espanha]. Se tivéssemos duas ou três novas artérias, poderíamos ser um pólo de desenvolvimento, combatendo a desertificação. Puxam tudo para o Litoral e esquecem-se do Interior, com características únicas e grandes potencialidades, como a Barragem do Maranhão. 

O início do mandato ficou marcado por um intenso ataque ao Poder Local Democrático. Que repercussões teve?
Deixaram de entrar nos cofres da autarquia valores bastante significativos, isto sem esquecer a questão da limitação dos mandatos, a Lei das Finanças Locais, a lei das 40 horas na Função Pública – fomos um dos municípios que contestou a decisão em tribunal, por causa da nossa própria autonomia. Estivemos sempre do lado dos trabalhadores.

Chegámos ao fim de um quadro comunitário que foi para esquecer. Mesmo assim, conseguimos ter capacidade, uma vez mais, para dar a volta por cima e para encontrar um caminho para levar o projecto da CDU para a frente. 

A agregação de freguesias neste concelho trouxe algum tipo de vantagens?
O que trouxe foi prejuízos para as populações das freguesias, cada uma com a sua identidade. Fizemos um grande esforço para que os serviços [em Maranhão e Alcôrrego, assim como em Benavila e Valongo] se mantivessem abertos. 

Neste mandato, que áreas mereceram maior envolvimento deste executivo?
O principal foi manter o equilíbrio financeiro, para podermos ter uma situação mais estável. Depois, captar novos investimentos e potencializar aquilo que temos: o espelho de água da Albufeira de Maranhão, o parque de campismo, o património histórico e cultural, abrindo a Biblioteca Municipal José Saramago. Inaugurámos o Centro Interpretativo da Ordem de Avis e o Museu do Campo Alentejano.

Por outro lado, estamos a transferir os trabalhadores da autarquia para um novo edifício, para que possam ter melhores condições. Reabilitamos, também, o Colégio Velho, um espaço que estava devoluto e que agora tem salas para as associações e colectividades do concelho, assim como um ginásio de manutenção, tudo com muita qualidade.

Outra das obras do mandato é a Via Pedonal, que liga Avis ao Clube Náutico, e a Via Ciclável, um passadiço novo, para piões e bicicletas. O património municipal foi todo pintado. Em Setembro vamos inaugurar um Fórum Cultural na Casa dos Braga. 

E no que é menos visível?
Na educação, além dos manuais escolares às crianças que frequentam o primeiro ciclo, disponibilizamos um autocarro para as viagens de estudo. Vamos buscar, de forma gratuita, os meninos que moram nos montes e pagamos, a todos, os passes escolares até ao 9.º ano. Os que frequentam o 10.º, 11.º e 12.º ano é-lhes pago 50 por cento do passe. Atribuímos bolsas de estudo a quem é residente no concelho e frequenta o ensino universitário.

Temos ainda uma rede de ludotecas, em que os pais podem deixar as suas crianças, que são devidamente acompanhadas e estimuladas no seu desenvolvimento cognitivo.

Paralelamente, criámos uma escola de música, actualmente com mais de 100 alunos, desde os quatro aos 84 anos.

Em termos desportivos, no Alentejo, Avis já é o centro do remo. Também a Canoagem, o Windsurf e o BTT encontram aqui características únicas.

Tudo isto investindo cada vez mais nas freguesias do concelho, com ampliações de cemitérios, criação de novos espaços verdes, colocação de tapetes de alcatrão, a par de

uma panóplia muito grande de actividades culturais: teatro, música, cinema, dança. 

Que medidas terão de ser tomadas para incentivar o desenvolvimento da economia e a melhoria do emprego?
Ao nível da habitação, estamos a «vender» lotes a preços simbólicos, para que os jovens se possam fixar no concelho. Por outro lado, criámos um protocolo com a Dardico, empresa [de produtos congelados e ultracongelados] que vai ampliar a fábrica, o que poderá ser uma mais-valia para criar mais postos de trabalho.

A possibilidade de implementação de um projecto de rega, através da Barragem do Maranhão, pode também cativar novas empresas ligadas à agricultura. As pequenas e medias empresas são sempre acarinhadas e bem vindas a este concelho. No município estamos a abrir 30 postos de trabalho. 

Que outras propostas tem a CDU para os próximos quatro anos?
O campo de futebol está um pouco devoluto. O nosso objectivo é recuperá-lo, acrescentar uma pista de tartan. Para além dos campeões do mundo do remo, podemos ali treinar os atletas do triatlo.

Nas freguesia de Alcôrrego e de Figueira e Barros não existem IPSS. Não queremos que os nossos idosos recorram a estes serviços noutras freguesias. Já temos edifícios e projectos. Só ainda não avançaram as obras em virtude do quadro comunitário.

Temos em mente muitos outros projectos, para fazer o melhor para o concelho de Avis, que é isso que nos nove. 

Também aqui, é possível dar um impulso ao reforço eleitoral da CDU?
Nós iremos fazer tudo por tudo para que isso aconteça. É nosso objectivo alcançar um maior número de votos. O nosso trabalho está à vista de todos.