Setúbal

Setúbal já é diferente mas a CDU quer mais

Na última iniciativa da jornada de campanha do dia, Jerónimo de Sousa esteve em Setúbal num comício que foi reflexo de um concelho que está melhor e com perspectivas de futuro, com a CDU.

No comício realizado no Fórum Luísa Todi não faltou nada: música de vários géneros a anteceder o período das intervenções; o apoio manifesto de um dos mais populares e orgulhosos setubalenses, o cantor Toy, autor do hino de campanha – que além do mais reiterou as suas convicções e até agradeceu ao PCP o facto estar sempre com o povo contra a rapina dos banqueiros –; uma presidente da Câmara Municipal e recandidata a um novo mandato, Maria das Dores Meira, mais empenhada do que nunca em dar seguimento à construção do futuro em Setúbal; e os sadinos com a CDU, tanto mais que lotaram quase por completo a sala de espectáculos.

Depois de João Vicente, da Intervenção Democrática, ter proferido o primeiro discurso saudando todos os candidatos e em particular os cabeças-de-lista às freguesias e à Assembleia Municipal – que de resto estavam no palco junto com dirigentes nacionais do PCP e do PEV –, e de ter reivindicado a utilidade do voto na CDU no próximo dia 1 de Outubro, Maria das Dores Meira assumiu a tribuna.

Num discurso directo e simples, mas esclarecedor, a edil e primeira candidata da CDU à Câmara afirmou que «sabemos o que fizemos, o que fazemos e o que queremos fazer».

Considerando salutar e uma forma de estar e de ser dos comunistas e dos seus aliados a construção das soluções, na autarquia e no programa da CDU, com a população, Maria das Dores Meira salientou o projecto que só o PCP-PEV protagoniza em Setúbal.

«Temos saber e vontade de construir mais futuro em Setúbal» - dando sequência ao planeamento estratégico da cidade para lá da próxima década, prosseguindo a intervenção nos bairros de iniciativa pública, na rede viária, na requalificação paisagística, ambiental e do património; captando mais investimento e potenciando o aproveitamento dos recursos locais de forma sustentável, referiu.

Apelou, por isso, ao reforço de posições da CDU nas autarquias e, até ao final da campanha, a que todos se empenhem em «reduzir a abstenção convencendo os cépticos e os renitentes a irem votar». Na CDU, com toda a confiança.

Juventude...

A encerrar o comício em Setúbal, Jerónimo de Sousa deteve-se com mais pormenor em duas áreas nas quais a CDU e o PCP têm trabalho e intervenção notáveis: juventude e pescas.

A actividade da Câmara Municipal de Setúbal é, para o Secretário-geral do PCP, exemplo de apoio à revitalização do movimento juvenil. E o mesmo se pode dizer doutras autarquias em que a CDU é maioria.

Por isso, «enquanto outros choram lágrimas de crocodilo pelos problemas do envelhecimento da população, as autarquias CDU têm uma política de apoio à juventude e às jovens gerações que lhes permita viver, constituir família e ser felizes nas suas terras».

Mas se assim é no Poder Local Democrático, também o é na Assembleia da República por iniciativa dos partidos que compõem a CDU. Disso mesmo deu nota Jerónimo de Sousa, recenseando medidas recentemente aprovadas e outras que pretende que o sejam brevemente. Para responder «aos problemas da juventude, das jovens gerações e dos jovens casais», acrescentou.

… e pescas

Com o Atlântico e o Sado ali ao lado, o Secretário-geral do PCP não podia deixar de falar nas pescas. Horas antes, em Sesimbra, também já tinha abordado o sector, designadamente lembrando que «neste último ano, por iniciativa do PCP, foram consideradas medidas de salvaguarda dos rendimentos dos pescadores que ficam impedidos de desempenhar a sua actividade na pesca do cerco», e avançou-se com um subsídio à gasolina».

Não obstante, o sector permanece em crise. E nesse sentido defendeu que «Portugal precisa de uma política que relance, potencie e valorize os nossos recursos, afirme a soberania nacional sobre as nossas águas, reconheça as nossas particularidades e garanta o direito a desenvolver a nossa produção pesqueira».

Já em Setúbal, Jerónimo de Sousa voltou à carga e dando o sector das pescas como «emblemático da irracionalidade das opções tomadas no quadro da submissão aos ditames da União Europeia», insistiu na necessidade de «promover a modernização do sector, de modo a abastecer de pescado e a desenvolver a economia do País, a manter o emprego e as condições de vida e trabalho dos pescadores, melhorando as suas condições remuneratórias e as condições de segurança da sua actividade e garantindo apoio no caso de impactos negativos das medidas de conservação dos recursos».

«Simultaneamente, sem alienar o direito a pescar dos pescadores portugueses, deve promover-se um desenvolvimento sustentável, respeitando a conservação do meio ambiente e o equilíbrio dos recursos», assim como «accionar um programa de apoio específico à pequena pesca, mecanismos que melhorem o preço de primeira venda, valorizando os preços pagos à produção e a máxima contenção no consumidor», e «apoiar a indústria conserveira e o consumo de conservas portuguesa».

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