Coruche

Com a força do Couço para recuperar a maioria em Coruche

Almoço com reformados

«Estamos aqui e estamos nesta batalha eleitoral para lutar pela retoma da gestão da CDU neste concelho», afirmou Jerónimo de Sousa no almoço com reformados realizado na Casa do Povo do Couço. Essa gestão, interrompida em 2001, «deu provas em obra e em trabalho a favor do povo deste concelho e do seu desenvolvimento» e, comparando com o que actualmente sucede, «pede meças em dedicação ao povo e à solução dos seus problemas e em capacidade de realização em todos os domínios», acrescentou o Secretário-geral do PCP, garantindo: «Estamos aqui porque queremos avançar e crescer para assumir as máximas responsabilidades, para servir o povo deste concelho!»

Antes, António Moreira, primeiro candidato da CDU à Câmara Municipal de Coruche, tinha já destacado o estado a que a gestão municipal do PS, na linha, aliás, daquela que tem sido seguida pelos sucessivos governos do País, conduziu o concelho: estagnação do desenvolvimento; degradação do parque habitacional, dos equipamentos e das infra-estruturas; saída massiva de jovens para outras regiões ou para o estrangeiro; falta de apoio social às crianças e aos idosos e de uma política cultural e desportiva; encerramento de serviços públicos essenciais – fizeram parte do diagnóstico feito pelo candidato, que reafirmou os aspectos centrais do projecto da CDU.

António Moreira referiu-se também ao processo de agregação de freguesias, que também no concelho de Coruche prejudicou consideravelmente as populações. Da parte da CDU, garantiu, a luta pela reposição das freguesias é para continuar.    

O comício que se seguiu ao almoço foi apresentado pela actual presidente da Junta de Freguesia do Couço e novamente candidata da CDU, Ortelinda Graça, que chamou ao palco, para além de Jerónimo de Sousa e António Moreira, o primeiro candidato à Assembleia Municipal, Rui Aldeano, e a mandatária Mafalda Santos. Na mesa do almoço estiveram ainda dirigentes locais, regionais e nacionais do PCP.  

Terra de luta

O Couço é uma terra especial e tanto António Moreira como Jerónimo de Sousa fizeram questão de o sublinhar nas suas intervenções. Membro honorário da Ordem da Liberdade, esta freguesia do concelho de Coruche – e em particular as gentes que a fizeram e fazem –, como fez questão de afirmar o Secretário-geral comunista, deixou escrito o seu nome em «letras de ouro na história da luta do nosso povo pela liberdade, pelo pão, pelo trabalho, por uma vida digna para todos». Antes do 25 de Abril, para o qual tão determinantemente contribuiu, mas também na construção de um País mais justo e desenvolvido e na defesa do que mais avançado a revolução alcançou.

Para Jerónimo de Sousa, o povo do Couço demonstrou, ao longo de gerações, como eram acertadas as palavras do poeta que uma vez escreveu que «quem perde os bens perde pouco; quem perde a coragem perde tudo». Os homens e sobretudo as mulheres do Couço, valorizou o dirigente do PCP, foram torturados, espancados, ofendidos, humilhados, mas «sempre resistiram e mantiveram a sua dignidade».

O exemplo do Couço e a combatividade que emanou de mais uma iniciativa na vila vermelha constitui um tónico importante não só para atingir os objectivos da CDU no concelho de Coruche como também para levar mais longe o projecto da coligação em todo o País.  

Os reformados podem viver melhor com o reforço da CDU

Numa iniciativa com reformados (muito embora ali estivessem muitos jovens e trabalhadores em idade activa), as questões relacionadas com as reformas e pensões e com o direito à saúde mereceram destaque na intervenção de Jerónimo de Sousa.

O dirigente do PCP começou por realçar como o anterior governo PSD/CDS agravou a já difícil situação dos reformados e pensionistas, penalizando-os triplamente: congelando pensões e reformas, aumentando a carga fiscal que sobre eles recaía e forçando-os a ter um papel ainda mais activo no apoio aos filhos e netos «vítimas da política de desastre que sobre o país se abateu». Os ataques ao Serviço Nacional de Saúde e a Lei das Rendas foram outras medidas que prejudicaram severamente os mais idosos. Estas são facetas de uma política que, denunciou, «despreza o contributo que estes homens e mulheres deram ao nosso País».

Mais recentemente, fruto da intervenção decisiva do PCP, «interrompeu-se esse ciclo infernal», valorizou Jerónimo de Sousa, referindo-se a medidas como o aumento extraordinário das pensões de reforma, entre 6 e 10 euros, para mais de dois milhões de reformados. Esta medida, embora ainda curta, trava e inverte a política de cortes de PSD e CDS que, caso tivessem continuado no governo, teriam concretizado um novo corte, de 600 milhões de euros, com o qual se tinham já comprometido em Bruxelas. Ao mesmo tempo que vai muito mais longe do que propunham PS e BE, cujo aumento proposto era três vezes inferior ao que efectivamente se verificou.

«Foi a força do PCP que obrigou o Governo a ir mais longe do que gostaria», garantiu Jerónimo de Sousa, acrescentando que «mais força à CDU nas eleições de 1 de Outubro é dar mais força àqueles que não desistem de em 2018, haver um novo aumento extraordinário de pensões de 10 euros para todos os pensionistas».

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