Quanto mais força tiver a CDU mais força tem o povo para avançar

O cabeça-de-lista da coligação PCP-PEV nas eleições para o Parlamento Europeu, cujos votos se contam no próximo dia 26 de Maio, esteve hoje, no distrito de Santarém, acompanhado por uma bem composta comitiva de activistas da CDU, pelo mandatário regional, João Madeira Lopes, e pelos também candidatos ao hemiciclo da União Europeia, Mariana Silva e Augusto Figueiredo.

O périplo começou num almoço em Tomar, tendo como prato principal o apelo à mobilização para uma grande campanha de esclarecimento de massas, capaz de ultrapassar o silenciamento a que a generalidade dos meios de comunicação social dominantes tem votado a intervenção, a acção e propostas da CDU.

Razões para confiar nos comunistas e nos ecologistas, motivos para ganhar todos os que não se resignam a viver num País onde o desenvolvimento económico e o progresso social se confrontam com o rolo compressor de uma UE vestida a rigor para servir o grande capital monopolista, não faltam.

João Ferreira, ao usar da palavra no final da iniciativa com apoiantes nabantinos, adiantou algumas. Entre as quais o facto insofismávelde que todas as medidas de carácter positivo alcançadas no quadro da nova correlação de forças na Assembleia da República terem contado com a iniciativa e o apoio do PCP e do PEV, e de que todos os problemas estruturais e carências que persistem (quando não se agravam) resultarem dos condicionamentos impostos pela UE, com os quais o Governo e o PS, em convergência com o PSD e o CDS, continuam comprometidos. Por opção de classe, lembrou o candidato.

De Tomar, a caravana de pré-campanha partiu para Constância. Guiada pela ex-presidente da Câmara Municipal, Júlia Amorim, a comitiva foi recebida com gestos e palavras de reconhecimento e simpatia pelos populares que desfrutavam das festa concelhias, que se espalhando centro da vila «camoniana» até à beira do Zézere.

Está muito em causa

Já no Entroncamento, João Ferreira e os demais candidatos voltaram ao convencimento para o voto na CDU e à denuncia dos políticos e das políticas responsáveis pela insuficiente e limitada melhoria das condições de vida que todavia se regista.

Numa terra em que sobejam os que trabalham ou trabalharam como ferroviários, João Ferreira, Mariana Silva e Augusto Figueiredo estabeleceram diálogo junto à estação de caminhos-de-ferro. Confrontados com a manutenção da reforma muito além das forças e capacidades de quem sempre laborou honestamente, assim como com o mais recente estudo que indica a «necessidade» de aumentar a idade da reforma quase para os 70 anos, os três candidatos da CDU sublinharam que a proposta do PCP e do PEV sempre foi a do acesso à reforma por inteiro aos 40 anos de descontos, independentemente da idade. Lembraram, igualmente, que se o «dono do Pingo Doce», que encomendou o estudo, tem os seus candidatos, também o povo os deve ter, distintos dos daquele.

Outra ideia que permanece entre as massas e foi expressa nos contactos com a população do Entroncamento, é a de que nestas eleições, em qualquer eleição, se vota para que alguma força ganhe. Logo ali, comunistas e ecologistas, e mais tarde no comício que encerrou a jornada, realizado à noite em Torres Novas, realçaram que nestas como nas eleições legislativas que se hão-de realizar a 6 de Outubro, o que está em causa é eleger deputados que defendam os interesses e aspirações do povo.

No caso das eleições para o PE, alertou João Ferreira já na sessão em Torres Novas, a importância de confiar em deputados que se batem sempre do lado dos trabalhadores salienta-se pelo facto de muito do que se decide em Estrasburgo e Bruxelas ter sérias implicações na vida de todos os dias em Portugal.

João Ferreira deu nesse âmbito vários exemplos de políticas e medidas que tendo contado com a aprovação de PS, PSD e CDS, e a reprovação dos eleitos comunistas, produzem consequências nefastas nos portugueses.

«A batalha eleitoral para o PE é isso mesmo: a continuação das muitas lutas que temos travado», disse, em Torres Novas, Mariana Silva. Deixa aproveitada por João Ferreira para encerrar o comício notando que «está muito mais em causa do que alguns querem fazer crer. A força com que a CDU sair destas eleições, é a força com que contam os trabalhadores e o povo na luta para avançar. Onde sempre contaram connosco e vão continuar a contar».

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