Amigos e camaradas,
Quero começar por saudar os activistas da CDU, incluindo a Juventude CDU, e em particular os amigos do Partido Ecologista «Os Verdes» e da Associação Intervenção Democrática, assim como todos os que, sem filiação partidária, aqui estão presentes. Todos os que não desistem de lutar por um futuro melhor.
Nos últimos meses, temos vindo a desenvolver um trabalho de contacto, de informação, de esclarecimento e de mobilização para o voto na CDU nas eleições para o Parlamento Europeu, no próximo dia 26. Um trabalho feito junto da juventude, dos trabalhadores e das populações.
Uma acção de grande importância, que levamos a cabo com determinação e confiança, e que há que prosseguir, intensificar e ampliar nas próximas duas semanas, para reforçar a CDU, em votos e em número de deputados, para assim melhor defender o povo e o País no Parlamento Europeu.
Como o seu distintivo e vasto trabalho comprova, são os deputados eleitos pela CDU aqueles que no Parlamento Europeu intervêm, com firmeza e coerência, para aproveitar todas as possibilidades do interesse de Portugal e para combater todas as decisões que prejudiquem os trabalhadores e o País.
Como a realidade demonstra, são os deputados eleitos pela CDU aqueles que no Parlamento Europeu verdadeiramente defendem os direitos e os anseios dos trabalhadores e do povo, defendem o direito de Portugal ao desenvolvimento, defendem a soberania nacional.
Dar mais força à CDU, aumentar o número de votos e eleger mais deputados da CDU, representa um factor determinante para avançar na reposição, defesa e conquista de direitos. Para avançar na resolução dos problemas do povo e do País. Para avançar e não para andar para trás.
Amigos e camaradas,
O País precisa de avançar.
O País precisa de avançar com a valorização do trabalho e dos trabalhadores, dos seus salários e direitos, das suas reformas e pensões.
Avançar no aumento geral dos salários e num aumento significativo do Salário Mínimo Nacional que permita alcançar no curto prazo o valor de 850 euros mensais. Uma medida fundamental para o combate às desigualdades, para a melhoria das condições de vida, para melhores pensões de reforma no futuro, para o estímulo à actividade económica e à produção nacional. 850 euros de Salário Mínimo Nacional é uma reivindicação da mais elementar justiça. Um passo possível e necessário! Um objectivo de luta a que a CDU dá corpo desde a primeira hora.
O País precisa de avançar com a defesa, o aumento e diversificação da produção nacional, com mais agricultura, mais indústria, mais pescas, mais apoio às micro, pequenas e médias empresas. Aproveitar as nossas potencialidades. Precisamos de criar mais riqueza e de distribuí-la melhor.
O País precisa de avançar na defesa e no efectivo cumprimento do direito à saúde, à educação, à cultura, à habitação, à protecção social, aos transportes.
O País precisa de avançar com a recuperação do controlo sobre os seus recursos, as suas empresas e sectores estratégicos, colocando-os ao serviço do desenvolvimento, do bem-estar colectivo e da criação de emprego com direitos.
O País precisa de avançar com a renegociação da dívida pública – nos seus juros, prazos e montantes –, pondo fim a este imenso e permanente saque de milhares de milhões de euros.
O País precisa de avançar, recuperando soberania, com a libertação da submissão ao Euro e das imposições e condicionalismos da União Europeia. Imposições que entravam a resolução dos problemas do País e a melhoria das condições de vida do povo.
Reforçar a CDU, para defender o povo e o País no Parlamento Europeu, significa contribuir de forma determinante para abrir este caminho de direitos, de desenvolvimento, de afirmação de um Portugal soberano e com futuro.
Reforçar a CDU, para defender o povo e o País, significa eleger os deputados que defendem intransigentemente Portugal no Parlamento Europeu. Não deputados que o que defendem é a União Europeia em Portugal, como os do PS, PSD e CDS.
É por defenderem os direitos e interesses do povo e do País que os deputados eleitos pela CDU rejeitam a submissão às imposições do Euro e da União Europeia.
Para a CDU, o financiamento do Serviço Nacional de Saúde, da escola pública, dos transportes públicos, de uma política pública de habitação ou da cultura estão primeiro do que a sujeição a uma dívida que consome os recursos nacionais.
Para a CDU, o apoio à produção nacional e o investimento público não podem ser condicionados ou impossibilitados pela opção do cumprimento cego de regras orçamentais e do défice que impedem a resolução dos problemas e o desenvolvimento nacional.
Para a CDU, os salários, as reformas e pensões, a idade da reforma, as prestações sociais, não podem estar sujeitas a políticas e orientações da União Europeia que querem impor a sua desvalorização e um brutal retrocesso social.
Ao contrário do PS, PSD e CDS, a CDU não foi responsável nem conivente com décadas de política que se traduziram: no aumento da exploração; no ataque a direitos e na degradação dos serviços públicos e das funções sociais do Estado; na entrega dos sectores estratégicos, dos recursos e da capacidade produtiva do País aos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros, sobretudo estrangeiros; na debilitação da economia e no sacrifício do aparelho produtivo nacional; em crescentes défices – produtivo, alimentar, tecnológico, energético; numa dívida externa que com a moeda única se tornou uma das maiores do mundo.
Alguns factos:
- Desde a entrada de Portugal na União Europeia, o País já pagou mais de 100 mil milhões de euros só em juros e, nos próximos cinco anos, pagará mais 35 mil milhões;
- Um milhão e 200 mil trabalhadores têm um vínculo laboral precário; mais de 700 mil trabalhadores estão desempregados;
- Cerca de 20% dos portugueses estão em risco de pobreza;
Não há sociedade que se desenvolva com estes números. Não há país que progrida com estes números.
Portugal precisa romper com este rumo de desigualdade, estagnação, dependência, endividamento e divergência que tem sido imposto ao povo e ao País.
Portugal precisa de defender e afirmar a sua soberania e independência nacional.
Portugal precisa de se libertar das amarras que impedem o seu desenvolvimento, que impedem o progresso social.
Portugal precisa de se dotar dos meios e dos instrumentos necessários para ultrapassar os seus problemas.
Portugal precisa que se respeite e cumpra o projecto democrático e soberano que a Constituição da República consagra.
Amigos e camaradas,
Os trabalhadores, o povo, o País têm diante de si opções decisivas quanto ao seu futuro.
Ou avançar na reposição, defesa e conquista de direitos e rendimentos e na resolução dos problemas do povo e do País, com o reforço da CDU. Ou andar para trás, seja pelas mãos do PSD e CDS, seja pela mão do PS.
A vida política recente mostrou que o caminho de avanço de direitos e de resposta aos problemas que o País enfrenta não se faz pela mão do PS. O PS reforçado significaria mais espaço à política de direita, para a qual não lhe falta, sempre que necessário, o apoio do PSD e CDS, mesmo que estes tropecem e se estampem nas suas contradições.
Cada voto nestes partidos significa um recuo na defesa e reposição de direitos, que só foram possíveis exactamente porque o PS não teve a força que ambicionava para prosseguir a política que realizou ao longo das quatro últimas décadas.
Como sabemos, os avanços conquistados só não foram mais longe devido às opções do PS e do seu Governo minoritário, convergentes com PSD e CDS, ao serviço dos interesses do grande capital e em submissão ao Euro e às imposições da União Europeia.
Amigos e camaradas,
Como sabem, temos tido a oportunidade de participar em diferentes debates. Tem sido confrangedor ver como PS, PSD e CDS-PP procuram esconder as suas responsabilidades e o que os une na União Europeia, encenando discordâncias e exagerando divergências. A verdade é que PS, PSD e CDS-PP estiveram juntos, estão juntos, são corresponsáveis pelas políticas e orientações da União Europeia que promoveram e promovem:
- O ataque aos direitos laborais e outros direitos sociais, aos salários e às reformas;
- A degradação e privatização de serviços públicos;
- A destruição da nossa indústria, a entrega ao capital estrangeiro de empresas e sectores estratégicos da nossa economia;
- A destruição da nossa agricultura, a asfixia dos pequenos agricultores e da agricultura familiar;
- A destruição das nossas pescas, da nossa frota, a desvalorização dos nossos pescadores, a alienação da soberania nacional sobre os recursos pesqueiros da nossa Zona Económica Exclusiva;
As eleições para o Parlamento Europeu, no próximo dia 26, constituem, por tudo isto, um indispensável momento para afirmar os interesses dos trabalhadores, do povo e do País. Como o podemos fazer? Através do reforço da CDU! Para combater retrocessos e assegurar novos avanços; para contribuir para a construção da necessária alternativa patriótica e de esquerda.
Camaradas e amigos,
Entre aquilo que foi possível conquistar nos últimos anos, fruto da luta dos trabalhadores e das populações e da intervenção da CDU, permitam-me destacar a diminuição do custo dos passes sociais, medida sentida por vastas camadas da população.
Só em Abril, mês em que entraram em vigor os novos passes de transportes, foram carregados cerca de 600 mil passes na Área Metropolitana de Lisboa, mais 100 mil do que em Abril do ano passado – dados que ilustram bem o alcance e a importância desta medida.
Contudo, também aqui é preciso avançar. Avançar no alargamento dos benefícios desta medida ao resto do País. Avançar no investimento no serviço público de transportes, no reforço, renovação e modernização das suas frotas. Avançar no investimento e modernização das redes de transporte, como por exemplo, trazendo para Loures a rede de metropolitano. Avançar na ferrovia.
Tal como foi pela luta dos trabalhadores e do povo e pela intervenção da CDU que foi possível derrotar e interromper o rumo de destruição do anterior governo PSD/CDS e abrir caminho para a recuperação, defesa e conquista de direitos, também será pela luta e pelo reforço da CDU que podem ser impedidos os projectos daqueles que querem andar para trás. Será pela luta e pelo reforço da CDU que poderemos avançar no caminho que coloque no centro das opções políticas os direitos e anseios dos trabalhadores e do povo, e a defesa dos interesses nacionais.
É este o desafio que está colocado aos trabalhadores, ao povo, aos democratas e patriotas. Um desafio que passa pelo reforço da CDU, já nas eleições para o Parlamento Europeu.
Aqui estamos perante o povo, com um reconhecido legado de trabalho, honestidade e competência, com a confiança dos que estão na primeira linha da luta dos trabalhadores e das populações; dos que não traem; daqueles em quem se pode confiar; dos que, perante a situação do País, não abdicam de denunciar a política de direita de sucessivos governos do PS, PSD e CDS; dos que, vinculados aos interesses dos trabalhadores e do povo, não abdicam do seu projecto e política alternativa para um País desenvolvido e soberano.
Aqui estamos, com confiança nos trabalhadores para garantir o desenvolvimento, o progresso e a melhoria das condições de vida dos portugueses, vencendo a exploração, o empobrecimento e a desigualdade.
Temos pela frente uma exigente e exaltante batalha. Uma batalha que exige uma ampla acção política, privilegiando a mobilização e o esclarecimento dos trabalhadores e das populações, apresentando propostas e soluções para os problemas do País.
Que nenhum contacto fique por fazer. Que nenhuma conversa seja desperdiçada para valorizar os candidatos e o projecto da CDU, e também o trabalho realizado.
Dirigimo-nos a todos os jovens, às mulheres, aos reformados, pensionistas e idosos, aos patriotas, aos democratas, independentemente das opções eleitoriais que fizeram no passado: ajudem com a vossa intervenção e com o vosso voto a dar mais força à CDU, a abrir o caminho a um outro rumo para Portugal.
Está nas mãos de cada um escolher. Uma responsabilidade que não pode ser deixada para outros. Avançar ou andar para trás é a esta questão que cada um tem de decidir com o seu voto.
No boletim de voto, o voto acertado é no último quadrado! No quadrado da CDU!
Viva a Coligação Democrática Unitária – CDU!