Porque razão quis a CDU marcar o arranque da sua campanha eleitoral com um jantar de mulheres que apoiam a Coligação PCP-PEV?. A resposta foi dada na segunda-feira, 13, por João Ferreira, primeiro candidato da CDU, durante um jantar com mais de 400 pessoas, na Casa do Alentejo, em Lisboa. «Este não é ainda o tempo da igualdade. Construir esse tempo da liberdade e da igualdade é para nós uma prioridade e, simultaneamente, parte inalienável do projecto de sociedade que temos e pelo qual lutamos», salientou o candidato.
João Ferreira elencou, depois, algumas da razões para «dar mais força à CDU nas próximas eleições» de 26 de Maio, que passam por «apoiar uma força com um importante património de intervenção no Parlamento Europeu (PE) em torno da igualdade e pelos direitos das mulheres» e pela «garantia de uma luta determinada pelo cumprimento dos valores, conquistas e direitos das mulheres consagrados em Portugal com a Revolução de Abril e plasmados na Constituição da República».
A terminar lançou um desafio às mulheres que assumem a igualdade com uma dimensão fundamental para as suas vidas: «Nestas eleições tomem partido!».
Reforçar a CDU
A sessão apresentada por Ana Margarida Carvalho, mandatária nacional, contou ainda com as intervenções de Deolinda Machado e de Jerónimo de Sousa. Antes ocorreu um momento cultural, com Ana Sanmarful (violino), Joana Sanmarful (violoncelo) e Sofia Sequeira (guitarra). Apresentadas, para além de João Ferreira, foram as candidatas Viviana Nunes, Isabel Camarinha, Alma Rivera, Mariana Silva e Sandra Pereira, assim como dirigentes nacionais do PCP e do PEV.
O Secretário-geral do PCP assegurou que «para a CDU os direitos das mulheres são para cumprir, no trabalho, na vida social, política, cultural e desportiva». «Estamos na primeira linha da luta em defesa da igualdade entre mulheres e homens assente num eficaz combate às discriminações específicas que a estas atinge» e, simultaneamente, «assumindo a responsabilidade no âmbito da política patriótica e de esquerda de promover as condições económicas, sociais e culturais para que elas sejam exercidas no trabalho, na família, na vida social, política e cultural, construindo desta forma a igualdade, não meramente formal, mas como processo de construção quotidiana», assegurou o Jerónimo de Sousa.
Conquista e avanço
Quase a terminar, o Secretário-geral do PCP apelou ao «reforço da CDU para levar o País para a frente, avançar e não andar para trás». «O País precisa não de crises políticas criadas por calculismo eleitoral e fixações em maiorias absolutas, mas de avançar com uma política alternativa que faz falta para resolver os problemas nacionais», sublinhou.
A «menos de 15 dias de os portugueses fazerem a sua opção», entre «prosseguir um caminho de conquista e avanço com o reforço eleitoral da CDU» ou «manter o País amarrado na dependência do exterior e das orientações políticas que impedem o seu desenvolvimento e a melhoria das condições de vida dos portugueses», Jerónimo de Sousa lançou também um desafio: «Tudo temos que fazer para que as eleições para o PE sejam o início de um caminho de conquista e avanço da CDU com mais votos e mais deputados para fazer avançar o País».
«É convosco e com muitos milhares de mulheres espalhadas por todo o País que vamos construir um resultado que, dando mais força à CDU, dê mais força à defesa dos seus direitos e a um projecto de desenvolvimento do País», concluiu.