Na visita ao Fórum Sintra, domingo de manhã, onde contactou com trabalhadores de várias lojas, João Ferreira salientou que as condições de trabalho no comércio, com elevada precariedade, baixos salários e horários desregulados, são criadas pelos interesses dos grandes grupos e estimuladas por imposições e orientações da União Europeia na área laboral.
As declarações aos jornalistas foram prestadas pelo cabeça-de-lista da CDU numa das entradas do centro comercial, uma vez que não foi autorizada a recolha de imagens no interior. Mas foi possível seguir João Ferreira, João Pimenta Lopes e Mariana Silva, numa comitiva com dirigentes do PCP e do PEV e apoiantes da CDU, distribuindo cumprimentos, folhetos e conversa, recebendo em troca simpatia e uma ou outra declaração de «podem contar com o meu voto».
O próprio João Ferreira explicou, no primeiro contacto com os jornalistas, que na generalidade das lojas uma parte da remuneração depende da relação entre a quantidade de clientes, contada na entrada de cada estabelecimento, e as vendas realizadas. Contadores de acessos garantem que é real a ameaça de penalização dos trabalhadores quando muitas entradas de pessoas não se reflectem em vendas.
Assim, foi pedido a todos que não entrassem nas lojas.
O pedido foi respeitado. Mesmo assim, o verdadeiro terror que tal critério de avaliação instala entre o pessoal ficou bem visível quando uma trabalhadora, ao ver aquelas dezenas de pessoas a aproximarem-se da porta da sua loja, gritou «não entrem todos, não me façam isso».
Além de denunciar estas situações e condenar a obrigatoriedade de trabalhar ao domingo, João Ferreira lembrou as directivas e orientações da UE para piorar ainda mais a legislação laboral e para fomentar a harmonização de direitos e remunerações num sentido de regressão, pelos patamares mais baixos. Contrapôs o combate da CDU e dos seus deputados em defesa dos trabalhadores e dos seus direitos e as propostas que são apresentadas para o próximo mandato no Parlamento Europeu, destacando a que preconiza um «Pacto de Progresso Social e pelo Emprego», para promover a convergência social no progresso, instituindo o princípio da não regressão.
Nas breves conversas que teve nos estabelecimentos comerciais, apelou a que, com o voto na CDU no dia 26, os trabalhadores dêem mais força a quem no Parlamento Europeu, como em Portugal, defende persistentemente e com coerência os interesses de quem trabalha.
João Ferreira e Mariana Silva seguiram para a próxima iniciativa da sua agenda de campanha. No Fórum Sintra, João Pimenta Lopes e um grupo de activistas do concelho retomaram o trabalho de informação, esclarecimento e mobilização para o voto na CDU.