Comício em Alhandra anima para forte final de campanha

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Centenas de pessoas encheram de entusiasmo o salão da Sociedade Euterpe Alhandrense para o comício em que intervieram Mariana Silva, João Ferreira e Jerónimo de Sousa.

«É tão bom ver esta sala cheia, para nos animar a continuar até ao último dia», congratulou-se a candidata e dirigente do PEV, recordando que «há muito levamos aos cidadãos o esclarecimento e o trabalho dos últimos anos dos eleitos da CDU».

«Quando tantos falam em combater a abstenção, a CDU escolhe conversar cara a cara com cada homem, cada mulher, cada jovem, ganhando-os para o voto», disse Mariana Silva.

O «calor humano que recebemos neste magnífico comício, qual arranque para uma grande ponta final da campanha eleitoral da CDU», foi assinalado por João Ferreira logo no início da sua intervenção. 

O deputado e dirigente do PCP e primeiro candidato na lista da CDU acrescentou que, «se aqui somos muitos», «por esse País fora temos sido milhares e milhares de mulheres e homens, milhares e milhares de activistas, incluindo gente que pela primeira vez se junta à CDU, a trabalhar e a intervir diariamente, na grande batalha do esclarecimento, da mobilização, do convencimento para o voto que faz o País avançar». «Somos muitos é certo, mas com a determinação e a confiança que transportamos, juntos, seremos cada vez mais», assegurou, sob fortes aplausos.

Jerónimo de Sousa deu conta de que «foi um dia bom, hoje». «Viemos há pouco de Baleizão» (homenagem a Catarina Eufémia), para Alhandra, a terra dos homens que não tiveram tempo para serem meninos (evocando a obra de Soeiro Pereira Gomes), mas «terra também de luta antifascista», que tem na Euterpe «um símbolo».

Tão perto já do dia das eleições, «este é o momento de mobilizar todas as nossas energias para que nenhum voto falte na CDU no próximo domingo», dando-lhe mais força no Parlamento Europeu e «garantir o início de um caminho de conquista e avanço para outras batalhas que aí vêm», apelou o Secretário-Geral do PCP.

Repisando que «isto é uma batalha de todos nós, para que a CDU saia reforçada nas eleições», notou que «confiança é precisa, mas trabalho também» e incentivou: «Vamos acabar de construir aquele resultado que está em condições de decidir para o País avançar e não andar para trás», «vamos, nestes dias de campanha, assegurar que esta corrente imensa de confiança na CDU desaguará em mais votos e mais deputados indispensáveis para levar o País para a frente».

Antes das intervenções políticas, actuou o Quinteto 5 Caminhos, um grupo musical nascido e sediado no concelho de Vila Franca de Xira, muito aplaudido.

Renegociar a dívida pública para não ficar na cepa torta

Em articulação «com a libertação da submissão ao euro e a recuperação do controlo público sobre a Banca», João Ferreira defendeu que «Portugal precisa de encarar a renegociação da sua dívida pública, nos seus prazos, juros e montantes, como uma necessidade e como uma possibilidade», o que «implica assumir simultaneamente a possibilidade de recuperar a sua soberania monetária». 

Com o foco na situação da dívida pública, João Ferreira frisou no comício que encheu o salão da Sociedade Euterpe Alhandrense, que «os problemas estruturais do País não encontram respostas na política que ao longo de décadas tem sido imposta por PS, PSD e CDS nem nas opções, medidas e condicionamentos que a União Europeia impõe a Portugal».

«Inseparável das imposições da União Europeia», a dívida agravou-se com a adesão ao euro. Para tal, referiu o candidato, contribuíram: a destruição de parte significativa da agricultura, das pescas e da indústria; as privatizações, que reduziram as receitas do Estado e aumentaram a saída de capitais; a livre circulação de capitais, a especulação financeira e os apoios à banca; as políticas do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, que «estimularam a usurpação de recursos nacionais para encher os cofres dos bancos alemães, franceses ou americanos».

João Ferreira elencou vários «se, se, se...», dos quais depende a dívida «continuar a ser paulatinamente reduzida», notando que são todos «imponderáveis e incompatíveis com os maus presságios que vêm de todo o lado sobre o elevado risco de nova crise económico-financeira». Estão «todos eles fora da nossa capacidade soberana de decisão», sintetizou o cabeça-de-lista da CDU nas eleições de 26 de Maio.

Manter a actual trajectória «significaria a continuação, pelas próximas duas ou três décadas, de todo o quadro de limitações que se colocam ao povo português». 

João Ferreira acusou o Governo do PS de já estar a fazer isto mesmo, quando utiliza o excedente orçamental (mais de quatro mil milhões de euros) não para aumentar o investimento e o crescimento económico, mas para satisfazer os interesses dos credores. «Aceitar que a dívida é sustentável e que se persista neste caminho é aceitar que a vida dos trabalhadores e do povo se mantém em níveis insustentáveis, é aceitar que não saímos da cepa torta», protestou o candidato, avisando: «Não contem com a CDU para isso».

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