O primeiro candidato da Coligação PCP-PEV, João Ferreira, começou este périplo em Portalegre, um distrito isolado, desertificado e despovoado, fruto das desastrosas políticas de direita prosseguidas nas últimas décadas. Degradação dos serviços públicos, encerramento de empresas, destruição da agricultura e uma enorme carência de transportes e comunicações são alguns dos muitos problemas da região, que foram expostos, numa sessão pública no centro da capital do distrito.
«Portugal não é pobre», mas foi «empobrecido pela política de sucessivos governos», acusou João Ferreira, salientando que o nosso País tem «recursos bastantes para, se bem aproveitados, darem um grande contributo para a criação de emprego e de riqueza». Reclamou ainda uma política que defenda a «agricultura, a pesca e a indústria nacionais» e valorize o «trabalho e os trabalhadores».
A iniciativa – dirigida por Marina Costa – contou com a participação do também candidato Tiago Aldeias. Entre os muitos eleitos, dirigentes e activistas, marcaram ainda presença Manuela Cunha, da Direcção Nacional do PEV, e Luís Pargana, vereador da CDU na Câmara Municipal (CM) de Portalegre.
Mobilização em Avis
Dali, João Ferreira participou num jantar na Casa do Povo de Avis. Naquele concelho, voltou a apelar-se ao reforço e à eleição de mais deputados da CDU no PE, uma garantia de trabalho e de proximidade com os problemas e os anseios das populações. Marcou presença, entre muitos outros, Nuno Silva, presidente da CM.
João Ferreira alertou para a agenda dos partidos do arco da governação: aumento da idade da reforma, ataque aos serviços públicos, em particular à Saúde, maiores dificuldades em compatibilizar a vida profissional com a vida familiar, retirada de direitos, maior precariedade e instabilidade na vida e no trabalho. «Não é à toa que o Governo PS tem em cima da mesa – e está a entender-se com o PSD e com o CDS a esse respeito – a alteração das leis do trabalho ainda para pior», acusou, denunciando: «Querem tornar a precariedade uma regra». Quase a terminar, apelou: «Que nenhuma conversa fique por fazer sobre a importância destas eleições e do voto da CDU».




