João Ferreira almoçou na Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, dedicando parte importante da sua intervenção aos transportes públicos. Valorizando a redução do custo do passe social – válido para todos os operadores da Área Metropolitana de Lisboa –, o candidato deu o exemplo de um utente daquela freguesia que tivesse de se deslocar diariamente de comboio para Lisboa e, aí, utilizar o autocarro da Carris e o metropolitano: até ao mês de Abril pagava 121,95 euros; hoje paga apenas 40, poupando mais de 80 euros. Se esse utente tiver mais de 65 anos, a poupança ascende a mais de uma centena de euros.
Aqui chegados, lembrou João Ferreira, importa lembrar que tal medida «só foi possível pela luta das populações e pela acção e intervenção da CDU». Bem podem alguns procurar assumir a paternidade da medida, mas a verdade é só uma: foi a CDU que desde 1997 «reivindicou, propôs e lutou por este alargamento» do passe social. «Foi em Abril de 2019, mas podia ter sido em Dezembro de 2016, não fosse PS, PSD e CDS, com o seu voto contra e a abstenção do BE terem inviabilizado o Projecto-Lei do PCP», recordou.
O candidato, pegando nas palavras proferidas, momentos antes, pelo presidente da Câmara de Sesimbra, Francisco Jesus, salientou o papel fundamental dos deputados eleitos pela CDU nos últimos anos para conseguir, no Parlamento Europeu, alterar regulamentos de modo a permitir o apoio a pescadores e armadores durante o período do defeso biológico. Essa vitória só foi possível graças à permanente ligação dos deputados eleitos pela coligação PCP-PEV aos problemas dos trabalhadores e do povo. Nos últimos cinco anos, os três eleitos do PCP realizaram, só na Península de Setúbal, mais de 70 iniciativas, entre encontros, reuniões ou debates.