Amigos e Camaradas,
Permitam-me, em nome da Associação Intervenção Democrática, que comece por agradecer a vossa presença, e por vos dirigir uma viva saudação, que estendo a todos os militantes, ativistas e apoiantes da nossa Coligação Democrática Unitária, do Partido Comunista Português e do Partido Ecologista “Os Verdes”.
Celebramos dentro de dias o 47º Aniversário da Revolução de Abril de 1974. De novo iremos sair às ruas de todo o país, reafirmando os valores de Abril, reafirmando as conquistas da revolução democrática, reafirmando a intransigente defesa de um percurso de progresso e de desenvolvimento, que a partir dessa data começámos, em coletivo, a construir em Portugal.
No dia 2 de Abril assinalámos e celebrámos também o 45º Aniversário da aprovação e promulgação da Constituição da República Portuguesa, fruto primeiro e principal da revolução democrática de 25 de Abril de 1974.
Atrevo-me a dizer que uma das mais belas, exaltantes e sólidas conquistas de Abril, justamente consagrado nesse que é o texto fundador da nossa Liberdade e da nossa Democracia, é o Poder Local Democrático.
O Poder Local Democrático é um dos pilares essenciais – quando não, em tantas e tantas situações, de todos o pilar mais importante – onde repousa o desenvolvimento, o progresso e a melhoria da qualidade de vida que, não obstante atrasos estruturais que permanecem e que importa ultrapassar, os portugueses e as portuguesas alcançaram ao longo dos 47 anos de Democracia, e em particular nos 45 anos de vigência da Constituição.
No próximo dia 12 de Dezembro assinalaremos também o 45º aniversário das primeiras eleições para os órgãos do Poder Local Democrático.
E são os órgãos desse Poder Local Democrático que iremos eleger, para um novo mandato de quatro anos, em Outubro próximo.
Em todos os Municípios, e na grande maioria das Freguesias, a CDU irá apresentar-se a estas eleições com o seu projeto próprio de desenvolvimento e progresso, um projeto que nos distingue pela positiva e decisivamente de todas as outras forças políticas.
Vamos eleger os novos órgãos do Poder Local Democrático num edifício constitucional ainda incompleto, pela teimosia das diferentes maiorias políticas que se sucedem, formadas quer pelo PS quer pelo PSD, com ou sem o CDS a reboque, as quais recusaram, até hoje, cumprir plenamente aquilo que o texto constitucional determina, a eleição democrática, direta e universal dos órgãos das Regiões Administrativas.
A CDU é a única força política que sempre defendeu, e continua a defender, a necessidade de concluir este edifício constitucional, imprescindível ao reforço da representatividade e da democracia em Portugal.
Mas a CDU é igualmente a única força política que, com coerência, determinação e firmeza, defende e propõe a reversão do processo de fusão de Freguesias, desencadeado pelo governo reacionário do PSD e CDS-PP em 2013, contra a vontade expressa pela esmagadora maioria dos órgãos autárquicos e das populações, e que tantos prejuízos vem causando à gestão democrática local.
Os candidatos da CDU às próximas eleições autárquicas serão seguramente os únicos que irão inscrever nos seus programas e objetivos eleitorais, de forma clara e transparente, essa luta tão necessária pela reposição das freguesias liquidadas por aquele processo antidemocrático, afirmando as Freguesias como elementos essenciais de proximidade e representação dos interesses locais, e particularmente bem colocados para acorrer e resolver as questões mais imediatas que se colocam no dia a dia das populações.
Amigos e Camaradas,
Este espaço de ampla participação e convergência democrática que é a CDU, distingue-se também pela forma como, afirmando em permanência uma identidade própria e única, estuda, aprende e conhece profundamente as aspirações, as ambições e as necessidades das populações, estimulando e praticando a participação e a intervenção cívica e política alargada, em permanente diálogo com as pessoas.
A CDU não intervém nem trabalha apenas para as pessoas; a CDU trabalha e intervém com as pessoas!
Em permanência, convocamos as pessoas a envolver-se ativamente na construção das opções, dos caminhos e das decisões que conduzem ao progresso e ao desenvolvimento local, instrumento essencial para uma verdadeira transformação e elevação das condições de vida e de valorização dos territórios.
A CDU e os seus eleitos assumirão sempre, em maioria ou em minoria nos órgãos autárquicos, a garantia de intransigente defesa do serviço e do interesse público, contribuindo ativamente para o funcionamento regular dos órgãos, no respeito integral pela legalidade e pela transparência de processos e procedimentos.
Porque este é o nosso mais importante e amplamente reconhecido património: o trabalho, a honestidade e a competência! Um património que colocamos, sem reservas, ao serviço da construção do Futuro de Confiança que ambicionamos para o nosso país e para o nosso povo!
Um futuro de confiança, e também um futuro de solidariedade, cooperação e ação conjunta, onde a força, o trabalho, a intervenção de todos e de cada um, assume um sentido de partilha coletiva na construção desse mundo melhor que sim, é possível e está nas nossas mãos!
A preparação das eleições para os órgãos das autarquias locais está em marcha.
Nos meses que nos separam da sua realização, um imenso, diria gigantesco, trabalho nos aguarda a todos. Na construção das listas de candidatos, na conceção e construção dos programas eleitorais, na mobilização de militantes, ativistas e apoiantes para a discussão das propostas eleitorais, no envolvimento do maior número de pessoas possível no debate sobre opções e propostas de intervenção, e no trabalho de convencimento de todos os portugueses e portuguesas que as propostas que a CDU apresenta, construídas desta forma participada e coletiva, são as que melhor servem e respondem às legítimas ambições de progresso e desenvolvimento de todos!
Vamos, por isso, ao trabalho!
Viva a CDU!