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Parido Comunista Português

«Na CDU, não há votos desperdiçados, há votos capazes de abrir caminho»

No Alto Alentejo, é preciso «dar mais força à força de Abril»

O Secretário-Geral do PCP lembrou, um dia depois do 25 de Abril, que «o alcance da Revolução e dos valores de Abril ainda está fundo no nosso País», cabendo aos comunistas, em conjunto com muitos outros democratas e patriotas, defender esses valores e colocá-los no centro de um projecto alternativo para Portugal.

«Abril está vivo», sublinhou, alertando para a reacção e o fascismo que «têm estado a meter a cabeça de fora», mas que não estão sozinhos: só o podem fazer, frisou, porque contam «com o apoio daqueles que lhes dão espaço».

O Secretário-Geral foi, entretanto, peremptório ao afirmar que os reaccionários e fascistas até podem querer «pôr a cabeça de fora», mas não sairão «da lama onde estão atolados», pois encontrarão sempre «este nosso povo» pelo caminho, um povo que, «com as suas mãos, construiu a Revolução».

O rumo do País, lembrou ainda, não pode passar por alimentar nem as forças reaccionárias e fascizantes, nem os demais partidos, ambos sempre «dispostos a vergar aos interesses de uma minoria», dos grupos económicos.

Pelo contrário, frisou, a alternativa de que o País necessita passa por «dar mais força à força de Abril», a CDU.

«Na CDU, não há votos desperdiçados, há votos capazes de abrir caminho», afirmou.

Paz, salários, pensões

Paulo Raimundo criticou, igualmente, a recente decisão do Governo de «colocar cada um dos portugueses» a «pagar a contração de uma dívida» para a compra de mais armamento.

«Nesta loucura da guerra, só há uma força que está profundamente em oposição: é a CDU, que não se verga perante a guerra, não troca a guerra pela saúde, a habitação, as pensões, os direitos das crianças». Por isso, sublinhou, os comunistas e muitos outros democratas não irão permitir que o Governo possa vir a ponderar enviar jovens para a morte na guerra, ao serviço da NATO e do complexo militar-industrial dos EUA.

Pelo contrário, sublinhou, o que o povo precisa não é de mais armas, mas de mais dinheiro para fazer face ao aumento do custo de vida. E essa solução tem de ser agora, em 2024, pois, referiu, «as contas, as despesas, os medicamentos e a comida de hoje não se pagam em 2029. É agora que é preciso aumentar salários e pensões».

Voz do distrito na AR

Helena Neves destacou o «trabalho de intervenção [da CDU do distrito], cujo objectivo é simples de compreender: melhorar as condições de vida do nosso povo», ouvindo os problemas das pessoas e apresentando, em contrapartida, as propostas da Coligação PCP-PEV.

«Os candidatos, mandatários e activistas da CDU têm, nos próximos dias, a responsabilidade de reafirmar a política alternativa, portadora dos valores de Abril e capaz de solucionar [os] problemas [do Alto Alentejo]» através de propostas concretas.

A candidata destacou algumas das muitas propostas que a Coligação tem apresentado (nestas e em anteriores eleições) no distrito.

Helena Neves mencionou, a título de exemplo, a concretização de obras como a requalificação do IP2 entre Estremoz e Portalegre, a ligação entre a A6 e a A23, a finalização do IC3 em toda a sua extensão, a ligação do Alto Alentejo à Beira Interior e à Extremadura espanhola pela ponte internacional sobre o rio Sever, a remodelação e alargamento da EN373 e uma variante à EN246».

«Também não será a primeira vez que nos batemos pela valorização da Linha do Leste, com o aumento da oferta de comboios regionais, e com a construção do ramal ferroviário de ligação da estação de Portalegre à zona industrial da cidade, ou que avançamos com uma proposta de ligação do serviço intercidades entre Lisboa e Badajoz, ou com o transporte ferroviário de passageiros entre a Linha do Leste e a Linha Sines-Caia», frisou.

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