Intervenção de João Oliveira

Desenvolver os serviços públicos é indispensável para o desenvolvimento e para a fixação da população

Comício em Vendas Novas

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Camaradas e amigos,

Uma saudação muito especial aos participantes desta iniciativa da CDU, aqui em Vendas Novas, aos militantes do PCP e do Partido Ecologista ”Os Verdes” e aos muitos independentes que compõem a CDU. 

Esperamos que o nosso camarada Jerónimo de Sousa prossiga a sua recuperação e rapidamente possa estar de novo connosco nesta batalha eleitoral, mas entretanto, temos todos, e até ao próximo dia 30, de ser candidatos pela CDU.

Uma saudação redobrada não apenas pelo que a vossa presença e participação reflete da dinâmica que a campanha da CDU tem tido no contacto, na mobilização e no esclarecimento para o voto na CDU, mas também pelo exemplo que estamos a dar. Quando há tanta gente com receio de dia 30 ir às urnas votar, com preocupações e dúvidas relativamente à segurança sanitária, nós, também, damos aqui hoje um bom exemplo de como é possível intervir e participar politicamente respeitando as regras sanitárias e defendendo a nossa saúde. 

Não há razões para deixar de votar, não há razões para que cumprindo as regras tenhamos receio de ir às urnas no dia 30.

Participação especialmente importante para podermos prosseguir e intensificar o trabalho que estamos a fazer de esclarecimento, informação e mobilização para o voto na CDU.

Porque vamos para eleições? Porque o PS não queria soluções queria eleições e tudo fez para não haver Orçamento.

A questão que está agora colocada é a de saber se o PS alcança essa maioria absoluta, que tanto ambiciona, para fazer durante 4 anos a política que quiser, de mãos livres e sem entraves, ou se pelo contrário é a CDU que sai reforçada destas eleições, com mais força para lutar por melhores condições de vida, com melhores condições para fazer avançar a política alternativa de que o País necessita.

Os portugueses têm de escolher o país que querem no dia 31 de Janeiro, a seguir às eleições, mas essa escolha tem de ser feita avaliando aquilo que cada força política fez e faz e não a partir daquilo que diz agora em campanha eleitoral.

O PS andou 6 anos a levantar dificuldades àquilo que nós propusemos, mas agora tenta apropriar-se da autoria das medidas positivas que resultam da nossa intervenção.

O PSD, o CDS e os seus sucedâneos mais reacionários, que sempre foram força de oposição a essas medidas positivas, agora até se atrevem a incluir algumas delas nos seus programas eleitorais.

Não podemos deixar que as opções eleitorais sejam feitas em cima de falsificações da realidade.

É nossa obrigação esclarecer que por detrás dos manuais escolares gratuitos, dos aumentos das pensões, da reposição dos direitos, dos salários, por detrás da baixa do preço dos transportes, da reposição da progressão nas carreiras ou das creches gratuitas está a nossa intervenção, está a força da CDU que fez avançar as condições de vida e de trabalho de milhões de portugueses.

A CDU foi a força decisiva que contou e é a força decisiva que contará no futuro.

Estas eleições servem para eleger os deputados da Assembleia da República não servem para eleger primeiros-ministros.

E na eleição dos deputados é imprescindível que as populações avaliem aquilo que nos últimos anos foi o trabalho de cada um daqueles que foram eleitos e que em função dessas provas dadas façam também as suas opções.

O reconhecimento dos deputados da CDU pelo exemplo de trabalho, honestidade e competência é também o reconhecimento de que é o voto na CDU que melhor serve os interesses das populações.

Esse reconhecimento do trabalho que fazemos tem de valer alguma coisa e tem de ser argumento para que no dia 30 de Janeiro a opção seja o reforço da CDU para que haja melhores condições para levar as nossas lutas por diante e com sucesso.

O reforço da CDU é ainda mais importante face à falta de resposta do Governo do PS aos problemas do País e perante as consequências profundamente negativas que poderiam resultar de entendimentos entre PS e PSD.

É o reforço da CDU que abre a porta à política alternativa e às convergências necessárias para a concretizar, que abre a porta ao aumento geral dos salários como emergência nacional e grande solução para os problemas do país, que cria condições para salvar o SNS, para o aumento de todas as pensões, o investimento na construção de creches e de habitação pública.

A política alternativa que propomos aos trabalhadores, ao povo e ao país passa pelo reforço dos serviços públicos e pela valorização dos seus trabalhadores. 

Reforço dos serviços públicos para dar resposta às necessidades das populações. Seja na saúde, com o reforço do SNS, na escola pública, na construção de uma rede pública de lares e creches, nas forças e serviços de segurança, na justiça e também na reposição das freguesias roubadas ao povo.

Desenvolver os serviços públicos é uma condição indispensável para o desenvolvimento e para a fixação da população.

É o reforço da CDU que pode permitir vencer as resistências e dificuldades que o PS continua a colocar às soluções necessárias para o país e também para impedir entendimentos do bloco central que certamente só conduziriam ao retrocesso e ao agravamento das condições de vida e trabalho dos portugueses.
Na quinta-feira isso ficou bem evidente no debate entre António Costa e Rui Rio.

No debate entre os dois ficaram de fora problemas tão importantes para os portugueses como os da habitação, da educação, das micro pequenas e médias empresas. 

Nenhum desses problemas mereceu sequer uma palavra.

E dos problemas que discutiram resulta a conclusão que já conhecíamos: o PSD não é alternativa ao PS porque os problemas que o PS não resolve o PSD também não quer resolver.

Mas aquele debate teve um momento particularmente significativo que foi quando o secretário-geral do PS afirmou que se tomar posse como primeiro-ministro de um novo Governo insistirá na recusa das soluções que nos últimos meses foram discutidas por nossa iniciativa.

Como a preocupação do PSD não está no povo e no país e como o PSD até está de acordo com o PS, Rui Rio não questionou António Costa. Mas nós questionamos essa intenção do PS.

O que aquela frase de António Costa significa é que o PS quer insistir em aumentos salariais de 0,9% para a administração pública apesar de a inflação em 2021 ter sido de 1,3% e em 2022 provavelmente vir a ser muito superior?

O PS insiste na perda de poder de compra das pensões para a maior parte dos reformados?

O PS continua a recusar qualquer compromisso com medidas de aumento geral dos salários, de alteração à legislação laboral, de reforço do SNS, de combate aos despejos e aos aumentos das rendas, de acesso a habitação pública ou de redução dos preços da energia?

Passando ao lado da arrogância e teimosia que aquela frase de António Costa revela, o que está em causa é que a vontade do PS é mesmo continuar a recusar as soluções para o país que nós defendemos e que a realidade do país nos últimos três meses demonstrou serem absolutamente urgentes e necessárias.

Da nossa parte, aquilo que dizemos é que os votos e a força que os portugueses derem à CDU servirão para lutar por essas soluções para o País, para lutar pela melhoria das condições de vida do nosso povo.

As pessoas conhecem-nos, conhecem o nosso trabalho, sabem quais são as nossas lutas e os objectivos por que lutamos. As pessoas sabem que a força que nos derem servirá sempre para defender o País e o povo, os seus direitos e as suas condições de vida. A questão está em saber qual é a força que nos vão dar para essa luta.

Os milhares de contactos que temos realizado de Norte a Sul do país são prova de que o resultado eleitoral da CDU está em construção.

Com mais força, teremos obviamente melhores condições para alcançar esses objectivos. Mas, é preciso que todos se envolvam na campanha, esclarecendo, informando e mobilizando para o voto na CDU.

Viva o Alentejo!
Viva o Distrito de Évora!
Viva a CDU!