A Juventude CDU saiu às ruas de Lisboa para afirmar a urgência de uma política alternativa que dê resposta aos interesses e anseios da juventude: no trabalho, na escola, na cultura e no desporto, na possibilidade de constituir família e de ter uma habitação condigna, no fim de todas as discriminações, na defesa do ambiente. No percurso que uniu o Largo do Intendente ao Largo da Graça, os jovens – e tantos que eram, vindos de todo o País, com diferentes histórias, percursos e interesses – deram voz às suas reivindicações e reafirmaram a sua determinação de viver e ser feliz em Portugal.  

Já num Largo da Graça transbordante, Joana Costa e Eduardo Lima contaram a história do «João», que no seu dia-a-dia enfrenta as dificuldades que marcam tantas vidas, estas reais: o trabalho precário dos pais, o transporte que falta, a renda que aumenta, a escola que segrega. Disto mesmo falaram 12 jovens, que se adiantaram razões pelas quais vale a pena votar na CDU: dar combate aos horários desregulados e às diversas formas de precariedade; assegurar creches gratuitas e a construção de uma rede pública destes equipamentos; pôr fim às propinas, diminuir o número de alunos por turma, aumentar o número e a qualidade das residências e valorizar o Ensino Profissional; dar combate ao racismo à xenofobia e a toda e qualquer forma de discriminação; concretizar o direito à habitação – foram apenas algumas delas.  

Para além das actuações do grupo de percussão Bom Bombar, que acompanhou todo o desfile e actuou uma vez mais antes das intervenções, e dos rappers Orteum e Il-Brutto, passaram pela tribuna Marta Parente, da Ecolojovem, Gonçalo Paixão, da JCP, e João Oliveira, dirigente do PCP e candidato da CDU. Cada um, à sua maneira, demonstrou o valor do voto na CDU que, como a prática demonstra (que outra força o poderá afirmar, dizendo a verdade?), é aquele que simultaneamente impede maiorias absolutas, trava o regresso de PSD, CDS e seus sucedâneos e contribui decisivamente para responder aos problemas e aspirações dos jovens e, desse modo, para o presente e o futuro do País. O voto por uma sociedade mais justa, acrescentou João Oliveira, é o voto na CDU.

Na sua intervenção, o dirigente do PCP desmontou ainda, peça por peça, alguns argumentos lançados por aqueles que procuram esconder por detrás de belas palavras o objectivo de destruir serviços públicos essenciais, de modo a que cada vez mais sob a alçada dos grupos económicos: só há verdadeira “liberdade de escolha” com serviços públicos robustos com capacidade de garantir a sua universalidade e gratuitidade. Aquilo que alguns podem assegurar aos seus filhos – educação de qualidade, acesso à cultura e ao desporto – “nós, na CDU, queremos para todos”, concluiu. 

Na ocasião, foi ainda anunciado o apoio à CDU de mais de mil jovens activistas das mais diversas áreas. Para João Oliveira, este tão expressivo número tem um significado ainda maior, pois cada um deles multiplica-se em muitos outros, num apoio que vai muito para lá da votação do próximo domingo.