Está na tua mão CDU é solução!

Desfile no Barreiro

«Dia 30 de Janeiro, os portugueses que votam na CDU (…) decidem reforçar a convergência para as soluções de que o País precisa, para fazer uma política que resolva os principais problemas». Foi com estas palavras que Jerónimo de Sousa começou a explicar razões pelas quais confiar confiar no PCP-PEV no próximo dia 30 «é decisivo para a construção de um Portugal melhor e mais justo».

Na primeira acção de campanha do dia de hoje, no Barreiro, o Secretário-geral do Partido sustentou que para comunistas e ecologistas é inaceitável «que os trabalhadores portugueses estejam condenados aos salários baixos; que os jovens só tenham empregos precários e mal pagos e sejam obrigados a emigrar; que as rendas de casa sejam superiores aos salários ou que a saúde e a educação não sejam para todos

Igualmente inaceitável é que «quem trabalhou uma vida inteira não tenha direito a uma reforma digna ou a bárbara exploração dos trabalhadores imigrantes», pelo que, reclamou o dirigente comunista com propriedade, «a CDU combate as desigualdades e as injustiças», enfrenta «os poderosos e os exploradores».

E porque não se demite nem abjura, a CDU protagoniza «soluções que garantem a melhoria das condições de vida» e «um projecto de futuro que não se conforma com os limites das opções do PS, nem se rende perante a proposta de retrocesso social que representa o PSD e os seus sucedâneos», prosseguiu Jerónimo de Sousa no final de uma arruada que terminou junto ao Mercado Municipal do Barreiro e percorreu ruas centrais sob a palavra de ordem «está na tua mão, CDU é solução!»

Queremos e lutamos pelo aumento geral dos salários e de todas as pensões; pelo reforço dos serviços públicos, com destaque para o SNS; pela valorização do trabalho e dos trabalhadores; por respostas na habitação e concretização dos direitos dos pais e das crianças, disse ainda o Secretário-geral do PCP, que acrescentou ao rol de reivindicações o fim da «porta giratória entre as grandes empresas e governantes», a fuga de milhões de euros para os paraísos fiscais ou dessa «obra “notável” de PS e PSD, que foi a privatização da Banca, com o rasto de corrupção que todos conhecem».

Possível, sim

«Dizem-nos que não é possível... Aliás, dizem-nos sempre que não é possível… Foi assim antes e é assim agora». Por isso, recordando algumas medidas que muitos consideravam irrealizáveis, mas acabaram concretizadas por iniciativa e insistência das forças que compõem a CDU, o Líder do Partido salientou que «fica claro que é a luta e a força que dão à CDU que rompe com as ditas impossibilidades, que torna em realidade aquilo que nos dizem ser impossível».

«É dessa força que os grandes senhores do dinheiro têm medo», aqueles «que querem cercar o povo português dentro do bloco central» e «falsificam a realidade quando escondem que se vão eleger 230 deputados e não um qualquer primeiro-ministro», concluiu.

Antes do Secretário-geral do PCP, intervieram no final da arruada no Barreiro a cabeça-de-lista da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal, Paula Santos, e a dirigente do PEV Dulce Arrojado. A primeira candidata realçou razões específicas para dar eleger mais deputados da Coligação, entre as quais investimentos no distrito e no Barreiro como a ponte rodo-ferroviária, o alargamento do Metro Sul do Tejo, o reforço dos transportes ferroviários e fluviais, a dinamização do pólo ferroviário do Barreiro, a valorização do hospital daquele concelho, a construção do centro de saúde do Alto do Seixalinho ou do novo aeroporto de Lisboa em Alcochete.

Sobre o novo aeroporto, mas no Montijo como quer o Governo para «fazer o jeito à multinacional Vinci» falou também Dulce Arrojado. Mas para garantir que seja qual for o resultado das eleições, a CDU lá estará a opor-se a uma obra que «ignora os impactos ambientais». Como estará para assegurar a prometida depuradora de bivalves no Barreiro, na luta em defesa da Mata dos Medos, na Arriba Fóssil da Costa de Caparica, ou contra o aterro no Zambujal, em Sesimbra.