Encontro com artistas e trabalhadores da Cultura no Porto

Cultura é trabalho e trabalho é com direitos

Encontro com intelectuais e gente da cultura no Porto

Encontro com intelectuais e gente da cultura no Porto

Encontro com intelectuais e gente da cultura no Porto

Encontro com intelectuais e gente da cultura no Porto

Encontro com intelectuais e gente da cultura no Porto

Encontro com intelectuais e gente da cultura no Porto

Encontro com intelectuais e gente da cultura no Porto

Encontro com intelectuais e gente da cultura no Porto

A perspectiva do profissional da Cultura como «o artista» sujeito à instabilidade, à desprotecção e ao arbítrio de quem o contrata, que não trabalha todos os dias na criação porque esta surge de geração espontânea, num lampejo, serve para perpetuar a sua sobre-exploração e formatar o sector aos objectivos e interesses do grande capital. Mas ao contrário do que a ideologia dominante veicula e impõe de forma cada vez mais agravada, «Cultura é trabalho. E trabalho é para ser com direitos». Esta foi uma das ideias-chave sublinhadas por Ana Mesquita, candidata da CDU à Assembleia da República, num encontro com homens e mulheres da Cultura, terça-feira, no Porto.

Na iniciativa, apresentada por Diana Ferreira, primeira candidata da CDU pelo círculo eleitoral do Porto, Ana Mesquita passou em revista a rica e pertinente intervenção do PCP na AR em defesa dos profissionais da Cultura e desta enquanto pilar da democracia. A maioria das iniciativas legislativas acabaram chumbadas pelos partidos da política de direita, mas porque correspondem às necessidades de quem trabalha no sector e ao mandamento constitucional de criação de condições para que a Cultura seja de acesso amplo, descentralizado e sem garrotes ou formatação, a coligação compromete-se a não desistir de lutar para que tenha o financiamento adequado e seja encarada como um serviço público.

O mesmo compromisso deixou, detalhando a concepção, a crítica e as propostas dos comunistas e dos seus aliados nesta matéria, Jaime Toga. O membro da Comissão Política do PCP encerrou o encontro em que usaram da palavra um músico, uma artista plástica, uma produtora, um arquitecto, todos denunciando a precariedade que predomina e a razão pela qual os sucessivos governos não a combatem: porque é um instrumento de maximização do lucro, de privatização e mercantilização dos saberes e avanços, de manipulação das consciências, de condicionamento do espírito crítico e do pluralismo. O que sucede igualmente noutras áreas que ocupam maioritariamente trabalhadores intelectuais, como na sessão testemunharam ainda um professor, um jornalista, uma investigadora.