A campanha da CDU esteve esta manhã no concelho de Loures onde contactou com Mário Cotrim, proprietário de um restaurante em São João da Talha.
Este encontro serviu para conhecer a realidade concreta e as dificuldades vividas por este empresário para quem «os preços das matérias-primas estão cada vez mais altos, mas o preço das refeições não pode acompanhar, sob o risco de perda de clientes, que são cada vez menos».
Bernardino Soares considerou que é preciso apoiar as empresas de restauração, tal como todos os outros sectores que continuam a sofrer os impactos da epidemia. Afirmando que a solução passa pelo cumprimento do que ficou inscrito no Orçamento do Estado para 2021 de criação de um fundo de tesouraria para o apoio às MPME. Uma proposta que o Governo PS tudo fez para esvaziar e anular. É na reformulação e aprovação deste instrumento que está a resposta às dificuldades de tesouraria das MPE provocados pelos impactos da pandemia, quer na restauração, quer noutros sectores atingidos.
Bernardino Soares sublinhou ainda a necessidade de alargar a redução do IVA a todos os produtos da restauração, nomeadamente as bebidas que ainda são taxadas a 23%, revertendo mais uma malfeitoria do Governo PSD/CDS e que o PS não quis resolver. Foi ainda criticada a proposta demagógica do PSD de redução do IVA para 6%, considerando que não pode ser levada a sério, o dirigente comunista lembrou que foi o PSD que aumentou a taxa do IVA na restauração de 13 para 23% e que votou contra a proposta de reposição da taxa do IVA proposta pelo PCP em 2015, e vem agora nas vésperas das eleições propor ano e meio de IVA a 6%.
Há medidas fiscais e apoios públicos que podem ser mobilizados mas não iludem uma questão de fundo: são os custos da energia, das comissões bancárias, das tarifas das telecomunicações, das portagens, das rendas, entre outros, que esmagam e corroem a capacidade de sobrevivência de milhares de MPME. São os lucros de uns poucos grupos económicos, que PS, PSD e os seus sucedâneos consideram intocáveis, que criam estas e outras dificuldades às MPME. É por isso que a CDU se bate também pela regulação dos preços de serviços essenciais, como na energia ou nos combustíveis, e pela recuperação do controlo público dos sectores estratégicos colocando-os ao serviço do desenvolvimento nacional.