"É necessário que as populações se levantem, protestem e defendam os serviços públicos"

CDU em defesa dos Serviços Públicos

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A Campanha da CDU para as eleições para o Parlamento Europeu, prosseguiu hoje com acções dedicadas aos utentes dos serviços públicos, em defesa das funções sociais do Estado.

Carla Cruz, candidata, e deputada na Assembleia da República, deslocou-se esta manhã ao Hospital de Vila Nova de Famalicão, onde contactou com trabalhadores e utentes para apelar ao voto na CDU contra as intenções de uma nova machadada naquela unidade hospitalar.

A CDU escolheu o Hospital de Vila Nova de Famalicão, integrado no Centro Hospitalar do Médio Ave, para a sua acção central, por querer dar visibilidade à nova fase do ataque ao Serviço Nacional de Saúde que o Governo PSD/CDS tem em marcha com a publicação da Portaria 82/2014, e que visa somente o desmantelamento de inúmeros serviços e a sua concentração nos Hospitais em PPP, como o Hospital de Braga, no seguimento da política de desmantelamento iniciado pelo Governo do PS, que encerrou os Serviços de Atendimento Permanente, a Maternidade de Barcelos, entre outros.

Carla Cruz denunciou em primeiro lugar que “o Governo, ao optar pela publicação de uma Portaria para regular uma matéria tão importante, está a procurar impedir o debate mais alargado, desde logo na Assembleia da República, mas também entre a população”.

“A aplicação da Portaria 82/2014 representa um atentado à qualidade de vida da população de Vila Nova de Famalicão e dos habitantes dos concelhos vizinhos, e é completamente inaceitável”, afirmou.

“A pretensão de retirar ao Centro Hospitalar do Médio Ave os serviços de Neonatologia, e Obstetrícia, o que significaria encerrar a Maternidade, bem como a incerteza que fica a pairar sobre diversos outros serviços, designadamente Cardiologia, Oftalmologia, Pneumologia, Otorrinolaringologia e Oncologia médica, não pode ser aceite”

O exemplo do desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde, estende-se, infelizmente à Escola Pública, aos Tribunais, às Finanças, aos serviços da Segurança Social.

Apelando aos Famalicenses para que “façam ouvir a sua voz, para que se organizem e protestem contra estas intenções, designadamente pelo voto na CDU, no dia 25 de Maio”, Carla Cruz lembrou que tal como a construção de uma real alternativa em Portugal, uma política patriótica e de esquerda, implica a ruptura com a política de direita que PS, PSD e CDS têm praticado ao longo dos últimos 37 anos, também a construção de um projecto de cooperação na Europa alternativo à integração capitalista europeia implica rupturas e nomeadamente, ruptura com a União Europeia do fim dos sistemas públicos e universais de saúde, educação e segurança social, da sujeição ao mercado de todas as esferas da vida social.

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