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Parido Comunista Português

Intervenção de Paulo Santos, Candidata por Setúbal

Vamos alargar intensificar e multiplicar os contactos com audácia

Camaradas e Amigos,

Dirijo uma saudação a todos camaradas e amigos que participam neste grandioso jantar, que aqui estão com força, com determinação e com combatividade, de quem não baixa os braços, de quem assume o compromisso com a defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, de quem sabe de que lado está, que intervém e luta por uma vida com dignidade.

Um sublinhado especial para a luta dos trabalhadores da Silopor, do Arsenal do Alfeite, da Câmara Municipal de Almada.

Camaradas e Amigos,

Estas eleições são para eleger os deputados à Assembleia da República. O Distrito de Setúbal elege 19 deputados. As populações do Distrito não precisam de deputados que não honram a palavra dada e que comprometem o seu desenvolvimento. As populações e o Distrito precisam de mais deputados que levem à Assembleia da República a sua voz e as suas reivindicações. Precisam de mais deputados da CDU, a força política que tem um projeto, construído com as gentes e as entidades do distrito, que aposta no desenvolvimento sustentável e na melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, dos reformados, das populações. 

As populações não precisam que venham ao Distrito anunciar o que já tinha sido anunciado e que não foi concretizado, como fez o Governo em março do ano passado, procurando ocultar as suas responsabilidades com o baixíssimo nível de investimento público. Tal como era expectável, tudo não passou de uma enorme operação de propaganda, no dia seguinte, tudo ficou na mesma. 

As populações precisam de concretização dos investimentos que promovam a produção nacional, a melhoria das acessibilidades e da mobilidade e a requalificação e construção de equipamentos na área da educação e da saúde, creches, lares e centros de dia, entre outros. 

No distrito, a par do País é mais difícil encontrar casa que se consiga pagar. Nos últimos 3 anos, as rendas no concelho de Almada subiram 40% e os preços das casas aumentaram 67% entre 2017 e 2022. Ainda há uns meses, propusemos na Assembleia da República, o investimento para aumentar a oferta de habitação pública, para dar resposta às carências habitacionais identificadas. PS, PSD, IL e CH rejeitaram a proposta, tornando-os responsáveis pela falta de resposta às necessidades das famílias que residem em habitação precária e de quem procura e não encontra casa para viver.

Hoje há mais dificuldades no acesso à saúde. Faltam médicos e enfermeiros, no ACES Almada Seixal, mais de 66 mil utentes não têm médico de família, os tempos de espera são elevados na urgência do Hospital Garcia de Orta ou para uma consulta ou cirurgia.  (   ).   A urgência de pediatria está encerrada no período noturno entre as 20h e as 8:30h. Significa um retrocesso de mais de 30 anos, quando para se deslocar a uma urgência era preciso atravessar a ponte.  Prejudica as famílias, as crianças e jovens, em que no período noturno não há uma resposta em caso de doença aguda. O encerramento de serviços do SNS não é solução, quem beneficia com são os grupos privados que lucram com a doença. Quem o defende é o PSD, o CDS, a IL e o CH, com a cumplicidade do PS que não fez o que deveria ter feito e a realidade demonstra todos os dias que não serve as populações. Dizem que é temporário! Quantos começam a encerrar temporariamente, para depois se tornar definitivo? A solução passa por adoção de medidas para valorizar os profissionais de saúde, as suas carreiras, salários e progressões e garantir condições de trabalho para que fiquem no SNS. 

Assegurar os cuidados de saúde exige a construção do Centro de Saúde do Feijó, a reabertura do Centro de Saúde da Trafaria, a ampliação do Hospital Garcia de Orta, subdimensionado face à população que abrange desde o primeiro dia que abriu portas. 

Os transportes públicos andam sobrelotados. Não há dia, durante a semana, em que não haja supressões de horários na ligação fluvial entre Cacilhas e Lisboa. Importa recordar que PSD e CDS alienaram navios. Avisamos quão errada era essa decisão. O resultado aí está! Por outro lado, o Governo PS não faz os investimentos necessários na manutenção da frota e na contratação de trabalhadores e na valorização das suas carreiras e salários. 

Quanto ao transporte ferroviário o Governo desperdiçou uma oportunidade, agora que se aproxima o fim da concessão com a Fertagus, para pôr fim à Parceria Público Privada e passar a ligação ferroviária entre Setúbal e Lisboa para a gestão pública. Optou por prolongar a PPP, sem resolver nenhum dos problemas que prejudicam todos os dias os utentes: não garantiu mais horários e mais comboios (os comboios andam à pinha, seja dia de semana ou fim-de-semana), não estendeu a linha a Lisboa Oriente e às Praias do Sado, nem previu a construção de uma nova Estação em Vale Flores. Mais uma vez, PS, PSD, IL e CH, recusaram a proposta do PCP de acabar com a PPP e alargar a oferta de transporte ferroviário, favorecendo os interesses do grupo privado em prejuízo da população.

Apesar dos compromissos assumidos o alargamento da rede do Metro Sul do Tejo até à Alcochete e do Monte da Caparica até à Costa da Caparica, não sai do papel. Tal como um conjunto de investimentos estruturantes para a região e o País como a construção da Terceira Travessia do tejo rodoferroviária entre o Barreiro e Lisboa prevista no Plano Nacional Ferroviário ou a construção do novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete.

Camaradas e Amigos,

Temos estado todos os dias na rua. São as preocupações com os salários e pensões, o custo de vida, a saúde, a habitação, que partilham connosco. 

Daqui dizemos: quem está descontente e desiludido, quem quer romper com este caminho de injustiças e desigualdades e quer uma política alternativa, confiem na CDU, que tem provas dadas, que avança com as soluções que são necessárias e possíveis, para dar resposta aos problemas mais prementes sentidos pelas pessoas. 

Mais força à CDU, é o que dá garantias de uma vida melhor.

Mais força à CDU, é o que dá garantias para reforçar o SNS, investir na Escola Pública, assegurar o acesso à habitação, alargar a oferta de transporte público, investir na cultura e na proteção do ambiente, promover a produção nacional e criar empregos com direitos, num distrito com enormes riquezas e potencialidades.

A vida já demonstrou que foi com a CDU que as populações contaram. Exemplo disso foi a redução do valor do passe intermodal para 40 euros e a integração de diversos meios de transporte. Diziam que não era possível. A persistência e a força da CDU não só tornaram possível, como hoje é uma realidade. 

Por isso, o que é determinante nestas eleições é dar mais força à CDU, com mais votos e mais deputados. 

Vamos alargar, intensificar e multiplicar os contactos, com audácia e diria até com atrevimento, levando mais longe possível o projeto e as soluções da CDU.

Vamos, com confiança! 

Viva a CDU!

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