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Parido Comunista Português

Intervenção de Tiago Oliveira, Secretário-Geral da CGTP-IN

Ou estamos de um lado, ou estamos do outro. E nós estamos do lado de quem trabalha!

Comício CDU em Lisboa

Camaradas e amigos,

Hoje são cada vez maiores os desafios com que os trabalhadores se vêem confrontados.

O capital tenta, por diversas formas, passar a mensagem que vivemos numa nova era e que todos nos temos que nos adaptar.

Só assim seria possível o país andar para a frente e construir os alicerces necessários para o seu desenvolvimento económico. Nada mais falso. Por mais vezes que se repita uma mentira, essa nunca se irá transformar em verdade.

Olhemos hoje para a realidade nas empresas, nos serviços, nos locais de trabalho. Olhemos para a realidade daqueles que são a maioria, que são os trabalhadores, que são o verdadeiro motor do país e que, fruto do seu trabalho, permitem que nada falte nas nossas vidas.

Tentam colocar sempre no centro do debate as necessidades das empresas, dos grandes grupos económicos, encontrar mais mil e uma maneiras de explorar quem trabalha, remetendo sempre, mas sempre, os trabalhadores para segundo ou até terceiro plano.

Hoje a realidade da maioria dos trabalhadores é saber se tem salário suficiente para chegar ao fim do mês; é saber quanto mais vai ter que pagar pela sua casa, é saber se vai ou não conseguir por comida na mesa, é fazer diariamente contas para perceber se vai e onde vai, ter que cortar.

Hoje a realidade de muitos trabalhadores é procurar em que momento da semana poderá estar com a sua família e os seus amigos. A desregulação dos horários, a tentativa constante de normalização do trabalho aos fins de semana e feriados, de imposição de laboração continua, de adaptabilidades, vieram criar cada vez mais distanciamento e isolamento, querendo fazer dos trabalhadores peças duma engrenagem ao serviço do capital.

Hoje a realidade da maioria dos trabalhadores que entram para o mundo do trabalho, são os vínculos de trabalho precários, é a insegurança, é a instabilidade, sempre garantindo ao patrão os recursos que procura, esquecendo que, do outro lado, estão os verdadeiros transformadores, os verdadeiros impulsionadores, os homens e mulheres que, com a sua força e capacidade de trabalho colocam o país a andar para a frente.

Hoje a realidade é que vivemos num país profundamente desigual. Onde muito poucos ganham muitos milhões e muitos milhões ganham muito pouco.

Camaradas e amigos. Há políticas que por muito que tentem ou por muitos malabarismos que façam, não são possíveis de concretizar. Não podemos, não é possível estar do lado do capital e ao mesmo tempo do lado dos trabalhadores. Mil milhões de euros são os lucros com que a GALP fechou o ano de 2023. A mesma empresa que encerrou a refinaria de Matosinhos, amputou o país num sector estratégico e despediu centenas de trabalhadores.

Ou estamos de um lado, ou estamos do outro. E nós estamos do lado de quem trabalha!

E por isso é necessário que os trabalhadores que lutam ao longo do tempo contra a exploração, na defesa dos seus direitos e melhoria das suas condições de vida, no dia das eleições usem também o seu voto a favor dos seus direitos. Esse é o apelo que fazemos.

E por isso camaradas e amigos, a importância do voto na CDU.

A CDU é a força que sem margem para qualquer dúvida tem um compromisso com os interesses e direitos dos trabalhadores. Faz falta mais força à CDU na Assembleia da República, fazem falta mais deputados eleitos pela CDU. E isso vai ser decidido no dia 10 de Março. A CDU é a força que não falta para a valorização do trabalho e dos trabalhadores. É a força que leva ao Parlamento as preocupações e anseios de quem trabalha e trabalhou, dos jovens e das mulheres, e apresenta as soluções que precisamos.

O voto na CDU é o voto que conta para eleger mais deputados comprometidos com os valores de Abril, comprometidos com a defesa intransigente dos trabalhadores e dos reformados, dos jovens e de todos os que querem viver e realizar-se no nosso país.

Está nas nossas mãos esclarecer e mobilizar por um país assente nos valores de Abril, por uma política diferente, tendo como prioridade a resposta necessária aos problemas da maioria, que são os trabalhadores e o povo. Está nas nossas mãos tornar isso possível.

É hora de dar mais força aos que na Assembleia da República afirmam um projecto de desenvolvimento soberano, aos que assumem a Constituição e os valores de Abril, aos que têm no centro da sua intervenção a elevação das condições de trabalho e de vida.

É hora de dar mais força à CDU! É hora de, no dia 10 de Março, levarmos a luta ao voto.

Viva a luta dos trabalhadores!
Viva a CDU!

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