Camaradas e amigos,

Dirijo uma calorosa saudação a Paulo Raimundo e a todas e todos que hoje, aqui, afirmam a força e a unidade da CDU.

Pelas suas gentes e riqueza cultural, pelos seus recursos naturais e do subsolo, o distrito de Portalegre tem condições para um desenvolvimento sustentado que assente numa mudança de política, ao serviço dos trabalhadores, do povo da região do Alentejo e do país.

Não. O distrito de Portalegre não é um distrito pobre.

As grandes dificuldades que se colocam ao distrito de Portalegre e ao Alentejo têm responsáveis e, esses responsáveis têm sido de há longa data, o PS e o PSD, pelas políticas que afetam as populações. 

É o despovoamento, num distrito que já não chega aos 100 mil eleitores e que apenas elege dois deputados… que nas últimas legislaturas se esqueceram de quem os elegeu. 

São promessas de investimentos nunca cumpridas, o encerramento de serviços públicos, o esgotamento de solos e de recursos hídricos, as ameaças à soberania alimentar, a necessidade de incremento da produção local e nacional. É a recusa de levar por diante a regionalização!

No distrito de Portalegre, continuamos a lutar pelo emprego com direitos, valorizando o trabalho e os trabalhadores, como aconteceu recentemente quando estivemos com os trabalhadores e trabalhadoras da Hutchinson, em Campo Maior, em grande parte mulheres e homens muito jovens que reivindicam melhores salários com horários dignos e melhor futuro. 

Contem connosco! Estamos cá para lutar pelos direitos de todos e de todas.

No distrito de Portalegre, em cada concelho, lutamos pelo direito à saúde e por mais e melhor SNS, uma prioridade incontornável que precisa da garantia de profissionais em número que resolva os problemas da falta de médicos de família, o problema das listas de espera para consultas e cirurgias, o problema da necessidade de prestação de cuidados de saúde primários. De nada vale inaugurar requalificações de hospitais, de centros de saúde ou novas extensões de saúde se não tivermos recursos humanos valorizados que suportem o seu funcionamento. 

Bem vimos como o concelho de Avis se mobilizou, recentemente, para reivindicar mais médicos para uma população maioritariamente envelhecida, com extensões fechadas nas aldeias, sem familiares por perto porque foram para outras paragens, sem uma rede de transportes para a sede de concelho nem dinheiro para pagar a um táxi que os leve até lá.

Contem connosco para defender a sobrevivência do SNS!

Mas garantir direitos e qualidade de vida no distrito de Portalegre passa também por promover uma política de mobilidade e acessibilidades, pela ligação da A6 à A23, pela conclusão do IC13 ou pelo investimento na ferrovia com renovação do material circulante, eletrificação e aproximação da ferrovia à capital de distrito, através do ramal até à zona industrial e, também, horários ajustados às necessidades da população, o que se faz sentir também no concelho de Ponte de Sôr.

Há investimentos estruturantes que o PCP reivindica desde há décadas e que têm de ser colocadas ao serviço de todos, como é o caso da Barragem de fins múltiplos do Crato-Pisão e que, com outros, deve servir de âncora ao desenvolvimento da região na área agro-alimentar, nos setores industrial e do turismo.

No distrito de Portalegre, continuamos a lutar por uma educação de qualidade, do pré-escolar ao ensino superior politécnico, promovendo a investigação científica e o desenvolvimento tecnológico, na ligação às empresas. No garante desta educação de qualidade precisamos de profissionais motivados, respeitados, sejam eles docentes ou pessoal não docente qualificados. Sabemos bem que menos escolaridade significa menos oportunidades de vida e é muito importante elevar o acesso ao saber e à formação ao longo da vida.

Precisamos de captar e fixar jovens, precisamos de cuidar do futuro deste distrito, por isso a valorização salarial é tão importante, como o acesso à habitação com descida das rendas e dos juros, o acesso ao desporto, à cultura com mais meios e respeito pelos artistas nas mais variadas dimensões culturais. Não esquecemos os trabalhadores migrantes e a forma como as suas condições de trabalho e de vida têm de ser respeitados.

Votados ao esquecimento, vivemos uma nova epidemia. A epidemia do isolamento. Mas este, é um outro tipo de isolamento. O que atira as pessoas para a ditadura das redes sociais em que alguns inventam fantasmas e lançam medos sobre os outros: o fantasma do voto útil e das sondagens. 

Mas nós cá estamos, de rua em rua, de porta em porta, palavra a palavra, pelas nossas terras, em cada bairro e em cada local de trabalho! Nós somos capazes de desmontar preconceitos. A nossa ação diária cria pontes e mobiliza vontades. Nós fazemos tornar possível! Contamos com todos e todas para construir um distrito de Portalegre mais coeso, mais evoluído e equitativo!

Precisamos de uma política diferente! Não queremos mais do mesmo. No distrito de Portalegre e no país precisamos que a CDU tenha mais força, mais votos, mais deputados. As pessoas do distrito de Portalegre conhecem-nos e sabem que não faltaremos aos nossos compromissos, aos compromissos de Abril!

O caminho não será fácil, mas a adversidade é a oportunidade de crescermos.  Contem connosco!

Não serão os obstáculos que nos impedirão de continuar a lutar e seremos sempre PALAVRA, DIGNIDADE e CONFIANÇA com a mesma determinação de há mais de 100 anos!
Queremos celebrar os 50 anos do 25 de Abril de 1974 com mais votos e mais deputados da CDU!

Contamos convosco! 

Os deputados eleitos por Portalegre fazem falta na Assembleia da República para encontrar soluções para o distrito, com a força que o povo nos dará, através do voto. Que seja um grande dia 10 de março para todos nós!

Viva o Distrito de Portalegre!
Viva a CDU!