Caros camaradas
Estimados amigos,
Uma calorosa saudação a todos vós, aos trabalhadores e à população de Évora que hoje disseram presente, neste grandioso comício da CDU.
É com esta força e com esta alegria que nestes dias finais da campanha eleitoral vamos aproveitar o tempo e o espaço, o muito espaço que temos ainda para alargar o apoio à CDU.
Esse apoio que se expressa aqui neste magnífico comício, mas que surge de todo o lado. O apoio à CDU vem das empresas e dos trabalhadores, de dirigentes sindicais, de gente da cultura, de professores e de dirigentes associativos, de jovens e de muitos e muitos independentes de diversas áreas, de gente reconhecida e de gente anónima, de toda essa gente que aspira a uma vida melhor.
O voto na CDU é um voto no futuro, que transforma a vida e a realidade do país. Um voto decisivo para que ninguém fique para trás.
É preciso chegar a toda a gente, é preciso nestas horas que faltam, ir falar com todos, esclarecer, falar olhos nos olhos com cada um, convencer que a CDU tem solução para os seus problemas, que é o resultado, os votos e os Deputados da CDU que vão determinar o futuro.
O voto na CDU é o voto indispensável e insubstituível para a política que o País precisa.
Não se aguentam mais adiamentos às respostas necessárias. Não se suportam mais promessas não cumpridas. Não aceitamos mais as desigualdades e as injustiças.
Há cada vez mais gente a perceber a brutal injustiça de que é alvo.
Não se aguenta mais, que um punhado continue a arrecadar quase toda a riqueza que os trabalhadores, e só os trabalhadores criam. Não se admite que haja uns poucos com tanto e a maioria da população cada vez mais apertada.
Não nos peçam para ficar calados perante os milhares de milhões de euros de lucros que a banca e a grande distribuição acumulam, enquanto vivemos com baixos salários e pensões, com dois milhões de pessoas no limiar da pobreza, com milhares de jovens empurrados para fora do País à procura de uma vida melhor que cá lhes é negada.
Não nos peçam para assobiar para o lado perante os privilégios do grande capital; os seus benefícios fiscais; os apoios públicos para tudo; os fundos comunitários sempre para os mesmos; a promiscuidade e a corrupção; e as rendas das PPP, ao mesmo tempo que dizem que não há dinheiro para responder ao aumento dos salários e das pensões, para a melhoria dos serviços públicos, ao direito à habitação.
Não nos peçam para não falar no aumento dos salários e das pensões, da redução do horário de trabalho e do combate à precariedade, do trabalho por turnos, da contratação colectiva e da legislação laboral.
Não ficamos calados sobre estas que são as questões centrais e que são os assuntos que preocupam as pessoas com quem nos cruzamos.
Não nos peçam para deixar de afirmar o que está à vista de todos.
É preciso avançar para uma mais justa distribuição da riqueza que é criada, e só criada, pelos os 5 milhões de trabalhadores do nosso País.
Não nos peçam para fechar os olhos às imposições da União Europeia e do Euro; à perda de soberania económica e orçamental;
à dependência externa; às ingerências que não esquecemos dos tempos da Troika, como se nada disto influenciasse a vida do País, como se Portugal estivesse condenado a ser um País dependente e periférico, sem voz própria na Europa e no mundo.
Não nos peçam para fingir que os problemas do País caíram do céu, do céu só cai chuva e menos do que era necessária.
Chegámos ao que chegámos pela política de terra queimada dos governos PSD/CDS e pela mão da maioria absoluta do PS.
Não nos peçam para fechar os olhos perante a imposição dos interesses do grande capital e o ajoelhar das forças políticas ao seu serviço.
Não aceitamos o sacrifício dos trabalhadores e do povo para encher os cofres de uns poucos, desses que querem sempre mais e mais.
Não nos peçam para alinhar na escalada da guerra, na corrida aos armamentos, na política de confrontação.
Não precisamos de mais guerra, precisamos é de Paz e solução política dos conflitos, e precisamos, como de pão para a boca, que os recursos públicos não se destinem a fabricar bombas, mas sim a garantir a saúde, a escola, a cultura e a habitação.
Não peçam à CDU para ser aquilo que não é. Não nos peçam que sejamos iguais aos outros.
Para alinhar com os interesses do grande capital já há Deputados que cheguem e para aceitar as ordens de Bruxelas, já temos partidos que cheguem.
Mas, para cumprir e fazer cumprir a Constituição, para responder ao que é preciso, para afirmar os valores de Abril, para isso cá está a CDU, cá está o povo e os trabalhadores.
É para isso que a CDU faz falta e é para isso que fazem falta mais Deputados da CDU.
É isso que também estará em causa no próximo Domingo. É sobre isto que cada um tem de optar com o seu voto.
Com a CDU sabem sempre com o que contam.
O voto que dá garantias a todos os democratas, como mais nenhum, para derrotar e combater a direita.
O voto que enfrenta os que se acham donos disto tudo.
Esse voto que não deserta passadas as eleições e que vai lá estar, como sempre esteve, para defender direitos.
Esse voto com respostas e soluções para os problemas.
Esse voto que, como sempre, somará para a convergência de todos quantos querem um caminho e uma política alternativa.
Aqui, na CDU, ninguém é levado ao engano. Aqui, na CDU, mora uma força onde a palavra, a dignidade e a seriedade tem prova feita.
Quanto mais força tiver a CDU, melhores condições teremos para fazer o País avançar!
Precisamos de continuar a esclarecer e a denunciar a demagogia, as falsas promessas e a falsa bipolarização.
A verdadeira bipolarização com que os trabalhadores estão confrontados é a decisão de votar pelos salários contra a precariedade, pela conciliação entre o trabalho e a vida pessoal e familiar e pelos os direitos, ou manter as coisas como estão.
E para mudar é preciso votar e só votar na CDU.
A verdadeira bipolarização com que os reformados estão confrontados é a decisão de viver com dignidade, aumentar reformas e pensões ou manter tudo na mesma.
E para mudar é preciso votar e só votar na CDU.
A verdadeira bipolarização com que a juventude está confrontada é a decisão de poder viver e trabalhar no nosso País, ou ser empurrada para a emigração.
E para mudar é preciso votar e só votar na CDU.
A única bipolarização com que as mulheres estão confrontadas e sobre a qual vão ter de decidir quando estiverem na cabine de voto é a de, de uma vez por todas, levarem por diante a sua emancipação plena, ou manter a actual situação de crescente discriminação salarial e violência de que são alvo.
E para mudar é preciso votar e só votar na CDU
A verdadeira bipolarização com que todos estão confrontados é se há ou não resposta no SNS, na Escola Pública; se há ou não solução para o drama do acesso à habitação; se são ou não respeitados os direitos do pais e das crianças, se há resposta às suas vidas ou se mantêm tudo na mesma e na mesma ao serviço dos interesses dos grupos económicos.
E para as respostas necessárias à vida de cada um é preciso votar e só votar na CDU.
Aqui, na CDU, estão as soluções para o povo, para os trabalhadores, para o Distrito de Évora e para o País.
Aqui estão as respostas e as soluções para os que, mesmo tendo votado há dois anos em outros partidos, vão hoje dar mais força, mais votos à CDU e vão contribuir, a bem das suas vidas, para eleger aqui no Distrito a sua Deputada, a Alma Rivera.
É esta também a real bipolarização que está em jogo, eleger a Alma Rivera, eleger um Deputado da CDU, uma Deputada de compromisso que faz o que diz e diz o que faz, ou eleger Deputados do PS, do PSD e outros, que depois das eleições esquecem o povo que lhes deu os votos.
Eleger a Alma Rivera é defender o Distrito, o seu povo e os seus trabalhadores, é dar mais força às soluções que se impõem. É a maior, e única, garantia de combater a direita.
Já sabemos o que esperar do PS, pela sua própria boca veio a afirmação que a política da maioria absoluta é para continuar.
Também sabemos e sabemos bem o que esperar de PSD e CDS, mas também do Chega e da IL.
Esses o que querem é voltar ao tempo de desastre nacional, de cortes nos salários e pensões, de ataque a direitos.
As soluções não virão de um PS com maioria absoluta nem dos retrógrados do PSD, CDS, Chega e IL.
As soluções passam hoje, como em todos os momentos, pela força, pelos votos e pelo número de Deputados da CDU.
Foi assim para os aumentos extraordinários de pensões, os manuais escolares gratuitos, o passe social intermodal e mais barato, a reposição dos feriados roubados, a eliminação do PEC para os pequenos e médios empresários. E assim será nos salários, nas reformas, na saúde, na habitação. Assim será, para essa vida melhor a que temos direito.
A CDU garante e é o garante para manter PSD, CDS, Chega e IL longe do poder.
Para forçar o PS a juntar-se a medidas positivas, às quais não se juntará de outra forma.
Para abrir caminho a uma política alternativa que retome Abril, as suas conquistas e os seus valores.
O ambiente em torno da CDU é muito bom, a cada dia que passa a CDU cresce e alarga, e há ainda muito por onde continuar a crescer e a alargar.
É preciso que o ambiente; as afirmações de que a CDU faz falta; é preciso que tudo isto seja agora transformado em votos.
Que nenhuma conversa fique por fazer até dia 10 de Março.
Que os muitos que nos conhecem de cada acção e luta em defesa do salário, do posto de trabalho, dos seus direitos, decida do seu voto a partir desse reconhecimento e não de falsas opções que usam a justa indignação perante as injustiças para as intensificar.
Que cada um dos que nos encontrou à porta dos centros de saúde ou dos hospitais, nessas muitas lutas para salvar o SNS e em defesa da saúde, ou pelo o direito à habitação, decida do seu voto pela defesa dos seus direitos, pelo que verdadeiramente interessa para as suas vidas, e não por mentiras e falsificações feitas para impedir cada um de decidir o seu voto pela sua própria cabeça.
Quem nos ouve sabe que é com a CDU que contam quando a vida aperta.
E agora, é o momento de cada um desses desapertar as suas vidas, e com o seu voto na CDU apertar os interesses dos grupos económicos.
Depois do dia 10 de Março, aí estaremos, como sempre estivemos, a continuar a lutar.
A questão a resolver no próximo Domingo é saber se cá estaremos na luta com melhores condições, ou com mais dificuldades.
Estamos convencidos que dia 11 de Março os trabalhadores e o povo do Distrito estará com melhores condições para lutar e com a Alma Rivera eleita sua Deputada, que, como sempre, cá estará nessa luta que vai continuar.
Nessa luta que atravessa a nossa acção, nessa luta que faz parte da nossa história.
Essa história do trabalho e de um povo que se confunde com a vida do PCP nestes seus 103 de existência, como o nosso camarada Jerónimo de Sousa aqui tão bem recordou.
103 anos durante os quais o Partido e a luta do nosso povo andam inseparáveis, lado a lado.
103 anos onde cabem uma resistência única e corajosa contra o fascismo e na luta pela liberdade, um contributo insubstituível na construção da Revolução de Abril, do seu exaltante processo e das suas extraordinárias conquistas.
Uma luta contra a política de direita e em defesa do projecto e dos ideais de Abril e dos direitos consagrados na Constituição.
103 anos, em todos os momentos, de resistência, transformação e avanço, em todos os grandes combates políticos, sociais e civilizacionais, nas muitas batalhas travadas pelo trabalho e pelos trabalhadores, pela igualdade entre homens e mulheres, contra o fascismo, o colonialismo e o imperialismo, pela concretização do direito à saúde, à educação, à habitação, à cultura, ao desporto e a um ambiente sadio.
103 anos a lutar pelas grandes causas, contra a exploração, a opressão e as desigualdades, a lutar por melhores condições de vida, pelo progresso social, pela transformação da realidade, por uma terra sem amos- pelo fim da exploração do homem pelo homem.
Aqui está o Partido Comunista Português, um Partido com futuro, necessário como desde o dia em que foi fundado, repleto de confiança e de alegria, porque luta pelo mais belo dos ideais.
Viva o PCP!
Viva o povo do Distrito de Évora!
Viva a CDU!
Viva o 25 de Abril!