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Parido Comunista Português

Intervenção de António Filipe, candidato pelo circulo eleitoral de Lisboa

Em 2015 soubemos virar uma página e afastar a direita do poder, no próximo dia 10, com mais votos na CDU, há outra página que podemos virar

Comício CDU em Lisboa

 

Caros amigos e camaradas,

Este grande comício é um ponto muito alto da nossa campanha.

Por todo o distrito de Lisboa, temos vindo a fazer uma imensa campanha de contacto direto com os trabalhadores e as populações, envolvendo largas centenas de candidatos e apoiantes da CDU em muitos milhares de contactos, que nos dá a confiança de um grande resultado para a CDU no próximo domingo.

Temos feito uma campanha de verdade, que não assenta em cenários nem em promessas, mas nos problemas reais da vida e em propostas sérias para os resolver.    

Amigos,

Ouvimos muitas pessoas a dizer que os partidos são muito iguais no que prometem. E nisso têm alguma razão.

Nós vemos agora partidos que prometem melhores salários depois de terem votado contra o aumento do salário mínimo. 

Nós vemos agora partidos prometer melhorar o SNS quando votaram contra ele e quando fazem tudo para o degradar.

Nós vemos agora partidos prometer baixas de impostos quando foram responsáveis pelo maior aumento de impostos alguma vez visto neste país.

Nós vemos partidos dizer que são contra a corrupção quando defendem as PPPs e a legalização dos lobistas.

Nós vemos partidos que dizem tanta coisa e o seu contrário que têm de se desdobrar em explicações dizendo que o que disseram não era bem o que queriam dizer. 

Por isso dizemos aos eleitores: não se deixem enganar.

Mais do que as promessas contam os atos. Não perguntem apenas aos candidatos o que se propõem fazer no futuro. Peçam-lhes também contas pelo que fizeram no passado.

Peçam-lhes contas sobre o que fizeram quando a CDU propôs a aumento justo do salário mínimo nacional; quando a CDU propôs a reposição do princípio do tratamento mais favorável para o trabalhador no Código do Trabalho; quando a CDU propôs o fim da caducidade da contratação coletiva; quando a CDU propôs horários de trabalho de 35 horas para todos; quando a CDU propôs a reposição do tempo de serviço dos funcionários públicos; quando a CDU propôs o reforço do investimento no SNS; quando a CDU propôs medidas para aliviar as prestações das casas e para impedir o aumento especulativo das rendas.

Perguntem-lhes como podem prometer fazer agora aquilo em que votaram contra ainda há poucos dias.

Sabemos que há muitos indecisos. O que temos a dizer a esses eleitores, é simples: pensem nas vossas vidas. 

Estivemos, como sempre estamos, com trabalhadores em luta por melhores condições de trabalho e de vida, ou com utentes que lutam por médicos de família, e o que dizemos a esses trabalhadores e a esses utentes é que não se enganem a votar. Não destruam no dia das eleições os objetivos por que lutam nos outros dias.

Não deitem a perder nas mesas de voto o que com tanto empenho e sacrifício procuram ganhar nas mesas negociais, nas vigílias ou nos dias de greve.

Votem nas vossas vidas. Votem nos vossos direitos e em quem está convosco nas lutas de todos os dias.
São muitos os eleitores que nos dizem que mais CDU faz falta. Agora é tempo de sermos nós a dizer que se dizem, e bem, que a CDU faz falta, o que faz falta é votarem na CDU. Se acham, e bem, que mais CDU faz falta têm de eleger para a Assembleia mais Deputados que fazem lá falta e em vez de eleger mais Deputados que não fazem lá falta nenhuma.

Se não queremos o regresso ao passado de cortes de salários e de pensões, de roubo de feriados, de privatizações ruinosas e de aumento de impostos sobre quem trabalha como no tempo em que o país era governado pelo PSD e pelo CDS; se sabemos que os avanços que conseguimos para o nosso Povo quando afastámos a direita do poder em 2015 só foram possíveis porque a CDU tinha força suficiente para os impor ao PS; se não queremos continuar a ser governados por uma maioria absoluta do PS que trocou a resolução dos problemas do povo e do país pela obsessão das contas certas; se queremos dar mais força a quem luta pelo melhores salários e pensões, pelo reforço do SNS e da Escola Pública, pelo direito à habitação, pelo respeito pela Constituição e pela afirmação dos valores de Abril, só há um voto certo: o voto na CDU.

Se em 2015 soubemos virar uma página e afastar a direita do poder, no próximo dia 10, com mais votos na CDU, há outra página que podemos virar.

Viva a CDU.

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