Momento para confiar na CDU

João Ferreira e Jerónimo de Sousa apelam ao voto no dia 25 de Maio

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Comício, Braga

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP,

Depois de um mar de gente que «inundou» as ruas do Porto, a campanha da CDU rumou para Braga, onde se realizou um comício, na Junta de Freguesia de São Vicente, que fez arrepiar, pela força e combatividade. «A CDU avança, com toda a confiança» e «CDU a Norte está cada vez mais forte», foram as palavras de ordem que acompanharam – no principio, meio e fim - as intervenções de João Ferreira, primeiro candidato nas listas da Coligação PCP/PEV, e de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP.

No dia em que se ficou a saber, segundo dados preliminares do Banco de Portugal, que a dívida portuguesa subiu para os 132,4 por cento do Produto Interno Bruto no final do primeiro trimestre, acima dos 129 por cento registados no final de 2013, João Ferreira informou que a mesma tem «um valor de 220 mil milhões de euros», e que, desde Dezembro de 2013 cresceu «mais de sete mil milhões de euros».

«Uma dívida que, só em juros, nos leva cerca de 19 milhões de euros por dia, durante o ano de 2014. Nos próximos anos será mais se nada fizermos», avisou, acusando PS, PSD e CDS de, para além de não querem a renegociação da dívida, submeterem o País «à ditadura do euro», que «nos trouxe mais endividamento, mais desemprego, mais dependência, mais subordinação, menos capacidade de criar riqueza e uma distribuição mais desigual dessa riqueza».

Por tudo isto, é preciso votar na CDU no próximo domingo. «Não premeiem os responsáveis pelo vosso desalento e descontentamento», apelou, referindo-se ao PS, PSD e CDS. «No dia 25 de Maio serão sempre eleitos 21 deputados, mas a grande questão é saber se haverão mais daqueles que são responsáveis pela actual situação, ou se terão mais força àqueles, como os deputados da CDU, que nos últimos anos defenderam os interesses do País e do povo, não se submetendo, ao contrário de outros, às imposições, às chantagens e às determinações dos poderosos da Europa», destacou.

Falar verdade

Jerónimo de Sousa salientou que «este é o momento para confiar na CDU, nesta grande força que falou sempre a verdade e a quem a vida deu razão», acentuou, recordando que só a CDU «alertou para as ruinosas consequências do Mercado Comum, da criação da União Económica e Monetária e da adesão ao Euro», entre muitas outras negativas.

Sobre os últimos três anos, deu conta «da destruição de milhares de empresas, do desemprego brutal e massivo, da emigração de milhares de homens e mulheres, necessários ao País, do aumento sistemático da exploração do trabalho, do ataque aos salários, reformas e pensões, do aumento brutal dos impostos, sobre o trabalho e sobre o consumo, da violação de direitos constitucionais, como a saúde, a segurança social e a educação, da extinção de freguesias e do encerramento de serviços públicos».

Quase a terminar, o Secretário-Geral do PCP frisou que a CDU «é a única força de combate, de proposta de uma política alternativa, que pode derrotar este Governo e esta política, com os trabalhadores, em convergência com os democratas e patriotas na procura de uma alternativa política, de uma política alternativa».

Grito de revolta

Esta iniciativa contou ainda com a presença de André Machado e Rita Eirinha, da Juventude CDU, de Barbara Barros, Jorge Matos e Carlos Almeida, da DORB do PCP, de Daniel Sampaio, mandatário distrital da candidatura, de Júlio Sá, da Comissão Executiva do Partido Ecologista «Os Verdes», e de João Frazão e de Albano Nunes, dos Organismos Executivos do Comité Central do PCP. Também os candidatos Carla Cruz, Miguel Viegas e Inês Zuber marcaram presença nesta imensa iniciativa, onde Manuela Cunha, do PEV, também ela candidata, fez um apelo aos jovens. «A pelamos para que o grito da vossa revolta se transforme numa condenação eficaz da política de direita», mas também «num grito de esperança e de mudança, com o reforço de uma verdadeira alternativa para Portugal e para a Europa, confiando no PEV e votando na CDU», afirmou.

Carla Cruz constatou que a CDU está «cada vez mais forte e a crescer», com «cada vez mais trabalhadores, reformados e jovens, a identificarem-se com o nosso projecto e com as nossas propostas».

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