Mais do que em outro momento, as eleições para o Parlamento Europeu são da maior importância para a vida dos portugueses. Fazendo ouvir a sua voz, a CDU - sem os meios de outras forças políticas, nomeadamente da comunicação social, que cala a voz àqueles que realmente defendem os interesses dos trabalhadores e do povo - terminou, no dia 2 de Maio, o périplo pelo distrito de Aveiro com uma sessão de esclarecimento em São João da Madeira. Esta iniciativa, realizada no Museu da Chapelaria, contou com as intervenções de João Ferreira e Miguel Viegas, respectivamente primeiro e terceiro candidatos nas listas da CDU.

Aos candidatos da CDU juntaram-se Maria Alice Vieira, eleita na Assembleia Municipal de São João da Madeira, Jorge Manuel Resende Cortêz, mandatário concelhio, Adelino Nunes, mandatário distrital, Renata Costa, da Direcção Nacional da JCP, Miguel Martins, da Direcção Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes», e Maria de Fátima das Neves Guimarães, do Executivo da Direcção Distrital do PCP.

Na sua intervenção, Miguel Viegas lembrou que, referindo-se às próximas eleições de 25 de Maio, «nunca como hoje foi tão clara a associações entre aquilo que se passa à nossa porta, os problemas do País, e as decisões políticas que são tomadas no quadro da União Europeia, aplaudidas por deputados portugueses, do PS, do PSD e do CDS, que, no Parlamento Europeu, contribuíram com o seu voto para a concretização de políticas» que arruinaram Portugal.

«Hoje, temos um balanço a fazer, de 28 anos de integração europeia, de 15 anos de União Económica e Europeia», bem como da «Politica Agrícola Comum, da União Económica Europeia, de políticas comerciais de liberalização comercial que abriram portas à concorrência estrangeira e que tiveram consequências muito expressivas no nosso aparelho produtivo que está hoje completamente dizimado», salientou o candidato, dando como o exemplo o distrito de Aveiro, onde hoje existem cerca de 100 mil desempregados.

Eleger mais deputados

Também João Ferreira salientou a importância das próximas eleições e recordou que há cinco anos a CDU ficou a pouco mais de dois mil votos para eleger o terceiro candidato, o que tinha feito uma grande diferença, face ao trabalho desenvolvido nos últimos cinco anos pelos deputados do PCP.

Neste sentido, apelou «a um reforço consequente» de quem se tem oposto ao caminho de destruição do País» e «proposto um caminho alternativo», como a CDU o tem feito, «força que está em condições de concretizar o desejo de mudança que percorre o País de Norte a Sul e cada vez mais portugueses». «Sentimos, quando vamos para a rua, para o contacto com as populações, um bom ambiente em torno da CDU, mas também um grande descontentamento, muita revolta, dirigida contra tudo e contra todos, ignorando que os partidos não são todos iguais e que não foram todos iguais no PE e em Portugal», afirmou o candidato, salientando que, até ao dia 25 de Maio, «temos todos pela frente um trabalho árduo, de esclarecimento sobre o que está em causa nestas eleições e sobre a importância do voto na CDU, que conta duas vezes, para, no PE, termos mais gente comprometida com a defesa dos interesses do País, e, em Portugal, termos a força que se impõe para derrotar de uma vez por todas este Governo, para derrotar a sua política e abrir caminho a uma política alternativa, patriótica e de esquerda, que volte a fixar os valores de Abril no presente e no futuro de Portugal».