Grande iniciativa da CDU em Vila do Conde valoriza conquistas da Revolução

Valores presentes no projecto da CDU

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No almoço que encheu por completo a sede do Rancho do Monte, em Vila do Conde, valorizou-se o projecto da CDU, identificado com os valores de Abril.

Para além de se comemorar o 40.º aniversário da Revolução, no almoço, afirmou-se igualmente os valores de Abril e a sua necessária projecção no futuro de Portugal, em estreita ligação com a luta em defesa do País e com o projecto político com o qual a CDU se apresenta às próximas eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para o dia 25 de Maio. Ilda Figueiredo, mandatária nacional da CDU, fez as apresentações que antecederam as intervenções, aproveitando para mencionar alguns dos mais de 300 independentes oriundos do distrito do Porto que expressaram o seu apoio à Coligação.

João Corregedor da Fonseca, em representação da Associação Intervenção Democrática (que integra a CDU), começou por saudar as «forças patrióticas» que dão corpo à CDU e os «tantos e tantos democratas independentes que acompanham em todo o País a nossa magnífica lista» para as eleições de 25 de Maio. Após traçar um breve retrato da situação nacional, que usou para abordar alguns problemas que afectam particularmente o concelho de Vila do Conde, o dirigente da ID referiu que «numa altura em que festejamos mais um aniversário da madrugada libertadora de Abril, este povo é chamado novamente à luta pelos seus direitos e para defender com vigor um regime democrático e a soberania e independência nacionais, postos em causa pelo Governo e pelas três organizações que mandam em Portugal – FMI, BCE e UE –, cuja comissão é presidida por Durão Barroso, essa figura obscura e reacionária que não se preocupa em defender os interesses do País».

Seguiu-se a intervenção de João Ferreira, primeiro candidato da lista da CDU, que caracterizou a situação actual do País como um «cenário desolador de desemprego, exploração, empobrecimento, de jovens sem perspectivas de futuro, muitos forçados a emigrar», concluindo que este é um cenário «inimaginável para quem, como o nosso povo, protagonizou uma revolução tão profunda, tão bela e libertadora, como o 25 de Abril».

Sustentando que esta situação é indissociável do processo contra-revolucionário e daqueles que «viram na integração de Portugal na CEE um pretexto mais para justificar o seu projecto de retrocesso social e de subordinação externa», o actual deputado ao Parlamento Europeu denunciou que nos «prometeram cinicamente o paraíso europeu», mas na realidade usaram essa integração capitalista para acentuar a dependência nacional, sendo esta a «única política que PS, PSD e CDS têm para oferecer ao País». Em tom crítico, João Ferreira acrescentou: «Bem podem eles esbracejar, dar piruetas ou distribuir sorrisos e beijinhos. E vão fazê-lo nas próximas semanas. Mas a realidade é só uma: PSD, CDS e PS são responsáveis pelo estado a que o País chegou e são incapazes de o tirar da situação em que está. Na verdade, se há coisa de que PSD, CDS e PS são capazes é de continuar a afundar o País e o povo.»

Quanto à política alternativa, garantiu João Ferreira, ela reside na CDU, a única que «está em condições de inverter a situação», pois só com a «CDU mais forte podemos trilhar um caminho soberano de desenvolvimento, que coloque em primeiro lugar os interesses do País e do povo». Exemplificando, o candidato referiu o facto de o PCP ter sido o primeiro a defender a renegociação da dívida e de ser o que de forma «mais coerente e profunda» o continua a defender. Defendê-la, como outros fazem, renegociando a dívida «nos seus prazos e juros apenas, sem tocar nos montantes, é como querer ir do Porto a Lisboa em ponto-morto nas descidas com meia dúzia de litros de combustível no depósito. Não resolve o problema de fundo».

Coube ao Secretário-geral do PCP encerrar as intervenções. Valorizando o sinal de crescimento da CDU revelado por aquela grande iniciativa, Jerónimo de Sousa disse que «a CDU no Norte está cada vez mais forte», a que prontamente se seguiu uma grande ovação. Referindo-se ao antes e ao depois do 25 de Abril, fez notar que apesar dos reveses que a Revolução sofreu, «não digam que Abril não valeu a pena, porque Abril, e particularmente os seus valores, continuam a ter grande validade e actualidade».

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