Energia é sector estratégico

João Ferreira com os trabalhadores da Enercon

João Ferreira esteve hoje, 8, em Viana do Castelo, onde teve oportunidade de contactar com os trabalhadores da Enercon, multinacional alemã do sector da energia eólica, junto às instalações da empresa. A presença do primeiro candidato da Coligação naquele local tinha uma dupla dimensão: o compromisso essencial com os trabalhadores e os seus direitos e, também, a defesa intransigente do sector energético como um sector estratégico para qualquer projecto de desenvolvimento soberano do País e, como tal, de carácter público.

Nos últimos cinco anos, os deputados eleitos pela CDU no Parlamento Europeu foram incansáveis na denúncia do caminho defendido pela UE para este sector, apostado na sua privatização e «liberalização» – o que, traduzindo, significa apenas e só a sua entrega a poderosos monopólios europeus. Foi precisamente isto que sucedeu no País, com a privatização da REN, combatida pelo PCP e pelo PEV nas instituições (nacionais e europeias) como fora delas.

De facto, a entrega a grupos privados desta empresa estratégica nacional, altamente rentável e que actua clara e inequivocamente no quadro de um monopólio natural, constitui um profundo golpe na soberania nacional e nas possibilidades de desenvolvimento do País. As consequências desta opção são gravosas, quer ao nível da perda de dividendos e impostos por parte do Estado e da saída de capitais para o estrangeiro quer também no que respeita ao aumento de tarifas da electricidade e da insegurança e perda de direitos para os seus mais de 700 trabalhadores.

Outra marca distintiva da candidatura da CDU face às apresentadas pelos três partidos da troika interna – PS, PSD e CDS – é a defesa que a Coligação faz da possibilidade e responsabilidade de cada estado-membro no desenvolvimento de infra-estruturas energéticas, tendo em conta as suas características e necessidades específicas e os interesses da sua população, dos seus sectores produtivos. Também nesta questão, a CDU diferencia-se daqueles que promovem a cedência de importantes parcelas da soberania nacional aos interesses das grandes transnacionais.

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