Dar voz à alternativa que o País precisa

Mais de 300 pessoas no comício de Beja

Votar na aliança eleitoral dos partidos do Governo (PSD/CDS) ou no PS dá sempre o mesmo resultado. As suas responsabilidades são iguais no que se refere ao pacto de agressão e nas políticas aprovadas na União Europeia. A CDU, por seu lado, faz a diferença pelo seu trabalho e postura, de firmeza na defesa dos interesses dos trabalhadores e da soberania do País, dando voz aos que lutam por uma alternativa patriótica e de esquerda.

João Ferreira, no comício de Beja, que aconteceu no salão dos Bombeiros Voluntários, apelou ao voto na CDU, uma oportunidade para os portugueses expressarem o seu descontentamento com a actual política, mas também para condenar os partidos da política de direita (PS, PSD e CDS), exigir eleições antecipadas e derrubar o Governo.

José Maria Pós-de-Mina, também ele candidato, lembrou que «estamos quase na recta final da campanha eleitoral para o Parlamento Europeu». «Enquanto candidato tenho andado por todo o distrito. Aquilo que tenho visto tem sido simpatia, aceitação, acolhimento por parte de muita gente em relação as propostas e as ideias da CDU. O nosso desafio, até ao final da campanha, é transformar esses sentimentos numa energia activa, para que no dia 25 de Maio se coloque uma cruz na CDU», afirmou, frisando: «Não podemos descansar, perder um segundo, temos que fazer um grande trabalho de esclarecimento, de mobilização para o voto».

Também José Luís Ferreira, membro da Comissão Executiva Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes» e deputado na Assembleia da República, sublinhou a importância deste acto eleitoral, estando em causa «a eleição dos que melhor podem defender os interesses do País e dos portugueses. Trata-se de uma escolha entre aqueles que nos prometeram o paraíso, mas que nos acabaram por dar um verdadeiro inferno, e aqueles que sempre alertaram para os efeitos que este modelo de construção europeia e a adesão ao euro teriam numa economia como a portuguesa», como o fez a CDU.

Uma grande campanha

João Ferreira, o último a intervir, afirmou: «Estamos a fazer, camaradas e amigos, uma grande campanha, feita de determinação dos que não aceitam os apelos à resignação, daqueles que não aceitam ver o País governado a partir de Bruxelas ou de Berlim, daqueles que exigem tomar nas suas mãos o destino das suas vidas».

O primeiro candidato disse ainda que «não chega derrotar este Governo e esta política». «É preciso, mais do que nunca, indicar um caminho, soluções para os problemas do País, e apontar uma política alternativa, patriótica e de esquerda, que volte a fixar novamente, no presente e no futuro de Portugal, os valores do 25 de Abril», que «exija a renegociação da dívida, para travar a sangria de recursos que estão a sair do País e dirigir esses recursos para o investimento produtivo do País, para criar emprego, para distribuirmos de uma forma justa a riqueza criada», que «tem de recuperar tudo o que é do País, as suas empresas e sectores estratégicos, pondo-os ao serviço do incentivo à produção nacional, percebendo que o caminho para devermos menos é produzirmos mais», que «devolva aos trabalhadores e ao povo tudo aquilo que lhes foi retirado nos últimos anos» e que afirme, perante a União Europeia, «uma postura soberana de defesa do interesse nacional».

João Ferreira, quase a terminar, enumerou ainda um conjunto de propostas que o PCP apresentará de novo no Parlamento Europeu, nomeadamente a criação de planos de emergência de «apoio à economia dos países intervencionados pela troika» e que prevejam, para além de recursos financeiros, «as necessárias derrogações ao funcionamento do mercado único e às políticas comuns, permitindo desenvolver os sectores produtivos destes países», mas também «a criação de um programa de apoio aos países cuja a permanência no Euro se tenha revelado insustentável, e que preveja a devida compensação pelos prejuízos causados e enquadre uma saída renegociada destes países da moeda única, a par da recuperação de instrumentos de soberania monetária, cambial, orçamental e fiscal».

Mandatários do distrito

No distrito de Beja são mandatários, da CDU, Fernando Ruas (Aljustrel), Patrícia Barão (Almodôvar), Luís Aveiro (Alvito), Isabel Sabino (Barrancos), João Dias (Beja), M. Fátima Silva (Castro Verde), Francisco Galinha (Cuba), José J. Guerreiro (Ferreira do Alentejo), Ilberto Costa (Mértola), José G. Valente (Moura), Maria Luísa Palma (Odemira), Octávio Jacob (Ourique), Francisco Godinho (Serpa) e Rui Raposo (Vidigueira). Miguel Bento é o mandatário distrital.

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