CDU é o voto que defende o País

João Ferreira em Abrantes e no Entroncamento

Na sua passagem, no dia 9, pelo distrito de Santarém, o primeiro candidato da CDU às eleições de 25 de Maio para o Parlamento Europeu, João Ferreira, esteve junto à fábrica da Mitsubishi no Tramagal, no concelho de Abrantes, onde teve oportunidade de contactar com largas dezenas de trabalhadores que saíam do seu turno. Acompanhado por Manuela Cunha, do PEV e quarta candidata da lista da CDU, e por muitos activistas da Coligação, o actual deputado distribuiu folhetos e aproveitou para encetar conversas com os trabalhadores, contribuindo para o esclarecimento acerca do que verdadeiramente está em causa no próximo dia 25: «já é tempo de dar a volta a isto» e «é preciso correr com esta gente, que nos tira os salários e os empregos» foram alguns dos comentários lançados por João Ferreira, que não poucas vezes recebeu como resposta declarações de apoio e estímulo por parte dos trabalhadores que sentem nas suas vidas, nos seus salários e nos seus direitos o impacto das políticas dos PEC e do Pacto de Agressão.

Nas declarações aos jornalistas presentes no local, João Ferreira criticou o mais recente anúncio do Governo visando a fragilização da contratação colectiva. Para o candidato, trata-se de uma «nova etapa» de uma ofensiva já antiga, e vasta, contra esta importante garantia dos trabalhadores, consagrada na Constituição da República Portuguesa, que teve no chamado «pacto para o euro mais», cozinhado entre Angela Merkel e o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy. E, como outras matérias, recebido por entusiasmo por PS, PSD e CDS. O candidato da CDU acrescentou ainda que, também nesta matéria, a opção dos eleitores está entre a continuação desta política, votando num dos três partidos da troika interna (PS, PSD e CDS); ou a ruptura com as opções fundamentais que norteiam a política nacional e europeia, votando na CDU.

Defender a ferrovia

O destino seguinte foi o Entroncamento, mais precisamente a estação ferroviária, onde os candidatos e activistas da Coligação contactaram utentes e trabalhadores. Nos últimos cinco anos, os deputados eleitos pela CDU no Parlamento Europeu bateram-se tenazmente contra a violenta ofensiva dirigida ao desmantelamento do sector ferroviário público ao serviço do País, que levou à segmentação da antiga CP em diversas empresas (CP, CP Carga, Refer, EMEF), ao encerramento de linhas e ramais e ao aumento do preços pagos pelos utentes. Tudo isto resultou na perda de passageiros e do crescimento do recurso ao transporte individual, com o que isso implica de perdas económicas e ambientais.

O processo de desmantelamento do sector ferroviário nacional reveste-se de aspectos que seriam caricatos não fossem tão trágicos. Citemos apenas dois exemplos: a Refer adjudicou a uma empresa espanhola a manutenção dos veículos ferroviários de inspecção de via quando o Estado detém, por via da CP, 100 por cento da EMEF; os comboios utilizados pela Fertagus no único serviço ferroviário de passageiros concessionado a privados em Portugal são igualmente propriedade do Estado português, mas fazem manutenção em Espanha.

Se com estas medidas – sempre combatidas pelas forças que compõem a CDU, pelas organizações representativas dos trabalhadores e pelos movimentos de utentes – perdem os trabalhadores, as populações e o País, ganham as grandes multinacionais do sector, que dominam já várias empresas de transporte colectivo em Portugal e aspiram a controlar os segmentos mais rentáveis da CP, nomeadamente a CP Carga e as linhas suburbanas de Lisboa e do Porto. Ao lado destes grupos económicos estiveram, sempre, os sucessivos governos do PS, PSD e CDS e os seus deputados no Parlamento Europeu e na Assembleia da República. Também neste caso, as diferenças são evidentes. E a escolha, óbvia!

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