CDU ruma até ao Algarve

Mais um empurrão e o Governo vai ao chão

No segundo dia da campanha oficial para as eleições para o Parlamento Europeu, João Ferreira, cabeça de lista da CDU, rumou até terras algarvias. A primeira paragem, logo pela manhã, foi em São Bartolomeu de Messines, seguindo viagem, de seguida, até Silves. Em ambos os locais, acompanhado por Paulo Sá, também ele candidato e deputado na Assembleia da República, a comitiva realizou acções de contacto com a população e com os comerciantes locais, dizendo-lhes que no dia 25 de Maio também se decide sobre o que queremos para o futuro próximo da vida de cada um.

«Dos que têm lutado em defesa do emprego, contra os cortes nos salários e reformas, aos que estão revoltados com o rumo de injustiças e desigualdade, dia 25 de Maio têm uma oportunidade de dar expressão a essa luta e indignação – apoiando a CDU, dando mais força a quem tem estado, está e estará, do lado certo», lê-se num documento distribuído e bem recebido por todas as pessoas, que prometeram, assim como o fizeram nas últimas eleições, votar na Coligação entre o PCP e o PEV, juntamente com milhares de independentes, em todo o País.

«Vamos mostrar um cartão vermelho a esta política e exigir a mudança», disse Paulo Sá, dirigindo-se a uma dessas pessoas, que lhe respondeu: «Eu já votei na CDU nas ultimas eleições autárquicas. Agora vou voltar a meter a cruz na foice e no martelo, com o malmequer ao lado». «Temos que dar a volta a isto, que é bem preciso», complementou João Ferreira.

Estas iniciativas, entre muitos outros activistas, contaram com a presença de Vasco Cardoso, da Comissão Política do Comité Central do PCP e responsável pela Direcção da Organização Regional do PCP no Algarve, e de Manuela Pinto Ângelo, do Secretariado do Comité Central do PCP.

Defender o povo e o País

No final das iniciativas, João Ferreira, após o contacto com as pessoas, salientou que «é tempo de dizermos basta, de pôr fim a este caminho de empobrecimento do nosso país». «Um caminho que o Algarve vem sentindo, com a destruição da capacidade de capacidade produtiva, do emprego, de postos de trabalho, com a emigração de muita gente, empurrada para o estrangeiro por não encontrar na sua terra condições de vida e de sustento», denunciou, lembrando que «este caminho resulta de um programa de uma troika estrangeira que para cá foi chamada por uma troika nacional [PS, PSD e CDS]», os mesmos que nos últimos 37 anos «andam à vez a levar a cabo uma política que tem vindo a afundar Portugal».

Aos que não se conformam «com o empobrecimento e o afundamento do País», o candidato vincou que, nas próximas eleições, «têm na CDU o caminho mais seguro para concretizar a mudança». «Falamos de uma verdadeira e genuína mudança, e não de falsas promessas que alguns, agora, voltam a fazer, esquecendo-se que há três anos eram outros que faziam essas mesmas falsas promessas», acusou, referindo-se ao PS.

Às pessoas que se manifestaram desanimados, João Ferreira apelou: «Ficar em casa, baixar os braços, é abrir o caminho para quem nos tem roubado os nossos direitos, as nossas pensões, os nossos salários, e continuar a afundar o País».

«Só com o voto na CDU podemos ter mais gente no PE, comprometida com a defesa dos interesses do povo e do País, que não se verga perante os interesses das grandes potencias, dos grandes senhores da União Europeia», acrescentou, lembrando ainda que o voto na CDU tem outro valor, «dando mais força ao empurrão que falta para mandar de uma vez este Governo ao chão, para derrotar a sua política e para abrirmos caminho a uma política alternativa, patriótica e de esquerda».

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