CDU com as comunidades portuguesas

Mandatária e candidato em Bruxelas e Paris

Ilda Figueiredo e Nuno Gomes Garcia, respectivamente mandatária nacional e candidato da lista da CDU às eleições para o Parlamento Europeu de 25 de Maio, estiveram no fim-de-semana em Bruxelas e Paris, a participar em diversas acções de contacto com a comunidade portuguesa residente nessas duas cidades.

No sábado, na capital belga, os activistas da Coligação distribuíram folhetos e contactaram com emigrantes portugueses em mercados, cafés e restaurantes, reunindo-se depois num almoço. No domingo, a mandatária e o candidato intervieram num comício convívio realizado numa associação parisiense.

O contacto com as comunidades emigrantes, sendo uma prática constante dos eleitos e candidatos das forças que compõem a CDU, tem hoje uma relevância crescente, face à dimensão que o fenómeno da emigração atinge, fruto da política de exploração e empobrecimento do Governo PSD/CDS, e do Pacto de Agressão que, juntamente com o PS, estes partidos assinaram com a troika estrangeira (FMI, UE, BCE), levou dezenas de milhares de portugueses a abandonar o País em busca do emprego que lhes é negado em Portugal.

Mais chocante se torna toda esta situação quando é o próprio Governo a falar da emigração massiva de trabalhadores portugueses como uma «oportunidade» e uma fonte de «prestígio» para o País. Opinião oposta terão aqueles a quem a política dos partidos da política de direita e da União Europeia forçou a virar costas ao seu País, que tanto teria a ganhar com o empenho, o saber e o trabalho de muitos milhares de emigrantes.

Todos se vão

Para além da própria emigração – forçada, para a grande maioria –, os portugueses residentes no estrangeiro sofrem duplamente. Em primeiro lugar, pela natureza das políticas em curso nos países de acolhimento, mas também pelo abandono a que crescentemente são votados pelos sucessivos governos do País, em particular o actual.

Quanto à primeira questão, muitos são os portugueses que encontram nos países para onde vão trabalhar condições laborais sub-humanas, com vínculos (quando os há!) totalmente precários e salários miseráveis. Além disso, as políticas ditas de «austeridade» não são exclusivas de Portugal. Até a própria França aprovou já um pacote de cortes na despesa pública de dezenas de milhões de euros. Este é o caminho que PS, PSD e CDS trilharam em Portugal e sustentaram entusiasticamente na União Europeia. E é por ele que pretendem continuar a seguir, por mais «mudança» que prometam, uns e outros.

No que respeita à segunda questão, estes últimos anos foram marcados por encerramentos de consulados e concentração de serviços, muitas vezes para centenas de quilómetros de onde se encontravam anteriormente, tornando cada vez mais difícil a vida dos emigrantes portugueses. Também a destruição progressiva do Ensino do Português no Estrangeiro levou ao despedimento de muitos professores e à privação de muitos emigrantes daquele que é um direito constitucional: o direito à sua língua materna.

No seu documento programático para estas eleições, intitulado «Por outra Europa – Seis Direcções Fundamentais», a CDU defende precisamente a «defesa, valorização e promoção da cultura e da língua portuguesas», questão essencial para salvaguardar a «identidade cultural» do País e para contrariar a «colonização cultural».

A CDU é, pois, a alternativa credível para os emigrantes portugueses. Porque só ela propõe e corporiza uma política de desenvolvimento económico e justiça social, que crie as condições para que aqueles que foram forçados a abandonar o País possam a ele regressar. Aos que permanecerem na diáspora, será dado todo o apoio consular e educativo previsto na Constituição da República Portuguesa.

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