Acção nacional da CDU

Basta de mentiras e injustiças!

A CDU desenvolve amanhã, por todo o País, no dia em que o governo anunciará uma chamada saída da troika, acções de contacto e esclarecimento junto das populações sobre «a situação do País três anos após o Pacto de Agressão, a mentira da “saída limpa” e a política alternativa».

No folheto a ser distribuído pode ler-ser que a anunciada conclusão do chamado “programa de assistência financeira” constitui a maior mentira de todas as mentiras que têm acompanhado a imposição aos trabalhadores e ao povo de um verdadeiro Pacto de Agressão que acentuou brutalmente o rumo de declínio económico, retrocesso social e dependência do País.

«Mais 670 mil desempregados, 470 mil empregos destruídos, seiscentos mil portugueses lançados na pobreza (elevando para quase três milhões o seu número total), uma recessão sem precedentes superior a 6 %, mais de 200 mil portugueses condenados a uma emigração forçada, quase 100 mil empresas liquidadas, um País mais endividado e sujeito a um serviço da dívida insustentável, alienação de empresas estratégicas indispensáveis ao desenvolvimento do País, destruição de serviços públicos e das funções sociais do Estado – é este o balanço dos anos de 2011, 2012 e 2013 no qual o governo de Passos Coelho e Paulo Portas encontram as razões para afirmarem a sua satisfação pelo dever cumprido. Uma saída limpa sim, para os especuladores, os grupos económicos e financeiros, a banca.»

O que se prepara em nome de uma falsa saída são as condições e instrumentos para manter Portugal submetido ao espartilho do défice e da dívida e sujeito à ditadura do que agora designam por mercados. No passado recente com os PEC e o Pacto de Agressão subscrito pelas troikas nacional e estrangeira; no futuro por via do Euro e do Tratado Orçamental que PSD, CDS e PS aprovaram e ambicionam utilizar para perpetuar a mesma política.

Não há saída para os problemas nacionais sem a imediata renegociação – nos seus prazos, juros e montantes – de uma dívida insustentável; sem a renúncia ao Tratado Orçamental ; sem a concretização de uma política que recupere para o Estado o controlo de empresas e sectores estratégicos, aposte na defesa do aparelho produtivo e no aumento da produção nacional, valorize os trabalhadores e os seus rendimentos, devolva salários, pensões e direitos roubados, defenda os serviços públicos e assegure efectivamente as funções sociais do Estado, adopte uma política que combata a injustiça fiscal, que afirme a soberania e a independência nacionais como valores inalienáveis.

Não há nem haverá saída sem a derrota deste governo, a sua demissão e a convocação de eleições; não há nem haverá saída sem uma ruptura com a política de direita que há mais de 37 anos, ora por mão do PS, ora pelo PSD, com ou sem CDS, arrastou Portugal para a actual situação.

Do folheto consta ainda um apelo para o voto na CDU no próximo dia 25 de Maio.

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