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Parido Comunista Português

Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP

Quem trabalhou uma vida inteira tem o direito e nós temos o dever de lhes garantir um resto de vida com qualidade

Almoço com reformados no Couço

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Uma saudação a todos os presentes neste almoço-convívio.

Um almoço com tantos camaradas, com tantos amigos, com tanta gente séria, honesta, dedicada, esforçada, que merece uma vida melhor.

Gente desta terra de luta e de resistência, gente que sabe que cada um dos direitos, cada um dos avanços está nas mãos de todos e de cada um.

Está nas mãos de todos nós, todos os dias lutamos pelo que temos direito e temos, mas é que temos mesmo direito a uma vida melhor.

Como disse, esta é uma batalha de todos os dias e é também assim nas eleições no próximo dia 10 de Março.

Aí está mais uma oportunidade, desta vez com o voto, para mudar de política, para abrir um caminho novo, para votar na alternativa da palavra, da dignidade, na alternativa de confiança.

O voto na CDU, o voto pela vida melhor, o voto na força que olha para o envelhecimento da população como um avanço e uma conquista da civilização.

Quem trabalhou uma vida inteira tem o direito e nós temos o dever de lhes garantir um resto de vida com qualidade.

Não é um dever de caridade, é uma obrigação, porque se aqui estamos, se aqui chegámos, foi porque houve milhões de pessoas que, estando hoje reformados, trabalharam, lutaram, contribuíram para que assim fosse. 

Reformados, pensionistas e idosos precisam de uma rede pública de equipamentos de apoio, merecem respeito e consideração, merecem continuar a viver com qualidade, com bem-estar físico e psicológico, com condições de segurança, tranquilidade, mobilidade e transportes públicos, acesso ao Serviço Nacional de Saúde, a médicos, a cuidados, tratamentos e medicamentos.

É preciso abrir caminho para a criação de uma rede Pública de Lares, criando 80 mil vagas até 2026, uma rede associada à cobertura já hoje existente a partir de realidades distintas.

É preciso, e é preciso agora e não para os amanhãs que nunca chegam, é preciso agora e não lá para 2028 ou 2030, aumentar as reformas e as pensões.

É preciso abrir um caminho novo, é preciso dar um sinal claro, é preciso progressão sim, mas o que é preciso é dar um sinal agora.

Um sinal que no ano em que se assinalam os 50 anos de Abril, deve ser concretizado em Abril, com uma subida extraordinária das reformas e das pensões num mínimo em 7,5% e em 70 euros em todas as reformas e pensões. 

E para os que dizem que não há recursos dizemos-lhes que haverá sempre recursos se a opção for valorizar quem trabalha e quem trabalhou uma vida inteira, ora isso exige opções políticas.

Agora é claro a manta é a que é e se os recursos que existem são entregues a um punhado de pessoas é uma evidência que ficam de fora mais de 2 milhões de reformados e pensionistas.

Mas vamos ao concreto, a nossa proposta de aumento das reformas custaria mais 1600 milhões de euros do que o valor que o Governo decidiu para os aumentos deste ano.

1600 milhões a mais é muito dinheiro, mas é exactamente o mesmo valor de que o Governo decidiu abdicar ao levar por diante 1600 milhões em benefícios fiscais para os tais grupos económicos, esses dos 25 milhões de euros de lucros por dia.

Se quisermos perceber a dimensão da injustiça em que vivemos, 60 dias de lucros pagariam esta necessidade de 2 milhões de pessoas.

60 dias e ainda lhes sobrariam mais de 300 dias para continuarem a acumular escandalosos lucros.

Decisão indispensável para repor o poder de compra perdido e fazer frente ao aumento do custo de vida.

É preciso acabar com a injustiça, é preciso dar combate à desigualdade e distribuir melhor a riqueza por quem trabalha e trabalhou uma vida inteira.

Quem trabalha 40 anos, quem contribui 40 anos de vida com o seu trabalho, tem direito à sua reforma por inteiro, sem penalizações.

Uma medida que não pode ser isolada de outras medidas, também elas que se exigem, como são o fixar e reduzir o preço de bens alimentares e o IVA nas telecomunicações, na energia e no gás.

É este o nosso caminho, é este o nosso compromisso, para o PCP e a CDU, os reformados, pensionistas e idosos não são um encargo, são sim uma fonte de experiência, de conhecimento e de luta que tem de ser potenciada e valorizada.

Medidas indispensáveis para os reformados, pensionistas e idosos de todo o País e também para os que vivem aqui no Couço e na região de Santarém. 

Medidas do PCP, ao serviço de quem trabalha e trabalhou uma vida inteira, medidas que PS, PSD, Chega e IL, juntos ou à vez, rejeitaram todas e cada uma delas, alegando muitas das vezes de que não há dinheiro, nunca há dinheiro para os reformados em particular para os 72% que vivem com pensões abaixo dos 500 euros, mas há sempre dinheiro para os grupos económicos.

Dinheiro há, está é muito mal distribuído.

Isto não pode continuar assim.

Dia 10 de Março vai haver eleições e aí está uma oportunidade para essa mudança urgente na vida de cada um de nós.

Estamos no tempo da chuva de promessas, uns dizem 10 e outros gritam 15, uns dizem que é agora, outros afirmam que já é tarde.

Sabemos o que tudo isto significa agora e acima de tudo as consequências práticas depois de se apanharem no poleiro.

Agora é o tempo das promessas e tentativas de passar uma esponja sobre o passado e as responsabilidades de cada um, amanhã será o tempo para justificar o porquê de não se cumprirem as promessas feitas.

O nosso povo, os reformados e pensionistas não têm memória curta, aqui há, é verdade, umas dores aqui outras acolá, mas há acima de tudo muita experiência de vida, mas a memória, essa está fresca.

O PS não é igual ao PSD, o PSD não é igual ao CDS, o Chega e a IL não são o mesmo, mas independentemente das diferenças que existem e existem, sempre que é preciso optar entre os interesses dos grupos económicos e a vida de cada um de nós, lá se alinham todos, uns de forma mais descarada, outros mais tímidos ou a enrolar, outros a mentir com todos os dentes que têm na boca. 

Sabemos que foram muitos os que, há dois anos, na procura de soluções para a sua vida foram votar no PS e que dois anos depois de maioria absoluta do PS, percebem que é o voto na CDU a garantia para essas mesmas soluções que justamente ambicionam.

Sabem por experiência própria, se alguma coisa avançou nas suas condições de vida e nas reformas, foi pela força que o PCP e a CDU tiveram e é necessário que voltemos a ter, e contra a vontade do PS. 

Temos de ir falar com eles, temos de os ganhar para o voto na CDU, a dignidade, as reformas, o acesso à saúde, dependem desse voto.

Os reformados e pensionistas sabem que do PSD e CDS, tal como do Chega e IL, só virão retrocessos, retrocessos para cada um dos reformados mas também para os seus filhos e netos.

Esses mesmos PSD, CDS, Chega e IL que em conjunto são, como nos lembramos bem, os recordistas dos cortes das pensões no tempo da troika, com uma política que era a deles, que sempre foi a deles e que continua a ser a deles.

E sabem e não esquecem que contam é com a CDU, contam com a força que é sua e é dos seus, com a força que nunca faltou, não falta e não faltará, a força que precisa de mais força, mais votos, mais deputados.

O direito a envelhecer com direitos para os reformados de hoje e para os do futuro é um avanço civilizacional pelo qual continuaremos a lutar.

Este é um compromisso do PCP por um Portugal soberano, mais justo e solidário para com todas as gerações.

É também com a luta dos mais velhos que se garante o presente e o futuro dos mais novos.

Obrigado por todo o vosso esforço, a vossa experiência,a vossa alegria e luta, obrigado por tudo, mas o vosso papel não acabou. 

São necessários, são indispensáveis nas lutas de hoje e de amanhã, por vocês, pelos vossos filhos, pelos vossos netos, pelos seus, pelo País que queremos e que vamos construir.

Confiamos nos reformados e na sua experiência.

Estamos certos que a CDU vai merecer a sua confiança, vai crescer, vai ter mais votos e mais deputados.

Deputados que fazem falta, porque deputados para defender a banca, o negócio da doença, os grupos económicos, desses já há e demais na Assembleia da República.

Já perceberam a falta que faz nas suas vidas mais deputados do PCP e da CDU, veja-se a falta que está a fazer o deputado eleito pelo distrito de Santarém. 

Esse deputado que com a força do povo e também com o vosso contributo vamos eleger em 10 de Março.

Vamos eleger o Bernardino Soares, que se vai juntar a mais deputados da CDU para defender e dar esperança aos trabalhadores, ao povo e aos democratas,  para enfrentar os grandes interesses e fazer a diferença.

Lá estaremos com mais força para tudo o que seja positivo e travar tudo o que seja negativo.

Este não é um momento de ficar à espera do que virá depois, este é o momento de agir.

Com a vossa experiência, com a vossa criatividade e com essa vossa força própria e que aparece sempre sem se saber, muitas vezes de onde vem, vamos todos fazer todas as conversas possíveis, com vizinhos, familiares, com gente mais próxima e menos próxima.

Vamos à conversa, esclarecer, mobilizar, para o voto na CDU.

Este é o momento de voltar a acreditar, vamos para a frente, com confiança.

O reforço da CDU é o vosso reforço.

Contem connosco, contamos convosco para recolocar o País, a vida de cada um, a vida dos reformados, pensionistas e idosos no trilho de Abril, esse Abril tão vivo e tão necessário nas vidas de todos e no futuro de Portugal.

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