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Parido Comunista Português

Intervenção de Alfredo Maia, candidato pelo Porto

Só na CDU encontram a força capaz de transformar em luta as aspirações do povo

Comício no Porto

Camaradas e amigos,

Uma fraterna saudação pela vossa presença neste magnífico comício de abertura campanha eleitoral, uma iniciativa cheia de alegria.
É com enorme alegria e empenho que temos vivido as intensas semanas que já levamos de contacto com as populações, com os trabalhadores, com o movimento associativo e com os sindicatos.
E é com enorme confiança e com muita determinação que, no distrito do Porto, encaramos a batalha eleitoral de 10 de Março.

A CDU mantém-se firme nas respostas à situação social, com a valorização geral dos salários e das pensões, à grave falta de habitação e aos problemas que afligem as populações, apresentando propostas concretas.
São propostas que não surgem agora, porque travamos uma disputa eleitoral, mas que temos já apresentado na Assembleia da República, onde o PS, sozinho ou apoiado, à vez ou por junto, pelo PSD, pelo Chega e pela Iniciativa Liberal, as tem travado.
Agora, todos fazem juras de consenso, por exemplo, quanto à habitação, embora tenham opções inconciliáveis com os direitos e os interesses das populações.
É um problema grave que, só no distrito do Porto, impõe a criação de dez mil habitações públicas, para famílias que vivem em alojamentos indignos, mas que também atinge largas camadas da população a braços com a pressão dos aumentos das rendas, a lei dos despejos, a espiral de especulação dos preços das casas e o rolo compressor do crédito bancário.
Mas ainda há pouco tempo estiveram juntos na inviabilização, no Parlamento, de um conjunto de iniciativas legislativas do PCP para a resolução destes problemas.

É lê-los nos jornais a debitar promessas sobre a mobilidade e os transportes. Mas, quando se tratou de decidir, mediante propostas do PCP, a reabertura da linha do Tâmega e a reposição do transporte de passageiros na Linha de Leixões, com importantes ganhos para as populações de Amarante, Matosinhos, Maia, Gondomar e Valongo, o PS votou contra e o PSD absteve-se. 
Quando foram chamados a apoiar o desenvolvimento do Metro, com ligações ao centro da Trofa, a Valbom e centro de Gondomar, a São Mamede de Infesta e à Maia a partir do Hospital de S. João, foi vê-los chumbar ou a absterem-se.
Ou, ainda, quando, dando o dito nas assembleias municipais por não dito na Assembleia da República, o PS, o PSD e a Iniciativa Liberal rejeitaram a abolição das portagens nas ex-SCUT na A4, na A28, na A29, na A41 e na A42, um garrote que penaliza injustamente as populações e limita fortemente o desenvolvimento das empresas da região e cujo fim a CDU continua a defender. 
A mobilidade das populações é uma aposta central da CDU – no Parlamento como nos órgãos das autarquias – onde tem defendido a valorização da STCP como operador metropolitano de transporte rodoviário de passageiros. 
É uma exigência ainda mais válida e justa, face ao indesmentível fracasso da UNIR, que sucessivas manifestações de utentes em protesto têm denunciado. 
Na área da Saúde, cujo Serviço Nacional o PS faz agora juras de defender contra a investida a favor do negócio privado, a CDU tem defendido, contra as rejeições do PS e da IL, novas instalações para o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde e para o Hospital de Santo Tirso, de obras de renovação no Hospital de S. João e melhoria de instalações dos hospitais de Amarante e de Vila Nova de Gaia. Também aqui os do costume votaram contra.

A CDU é a única força que garante respostas aos problemas concretos aos problemas dos trabalhadores, do povo e das populações, e que está empenhada no desenvolvimento da região.
É nesse sentido que apontam as medidas de valorização da agricultura e das pescas que tanta importância têm na nossa região, assim como as indústrias extractiva e transformadora e da indústria de ponta e assente numa sólida base científico-tecnológica.
É também necessário recuperar a capacidade produtiva da refinaria de Matosinhos, vital para a indústria e a economia da região e do país, não só com a produção de combustíveis, mas também uma enorme variedade de produtos derivados ou aromáticos, matérias-primas essenciais às indústrias química e petroquímica, plásticos, têxteis, adubos, borracha, tintas, solventes e até cosmética. 
Impõe-se também a reversão da privatização e controlo público da Efacec, uma empresa estratégica para a região e para a economia nacional, bem como para a ligação entre os centros de investigação científica e tecnológica e a indústria.

O distrito e o país necessitam de reforçar a Educação, em recursos humano e condições físicas, no alargamento da rede de ensino artístico especializado; no ensino superior sem as barreiras injustas das propinas e falta de alojamento estudantil; na ciência, com a garantia de emprego científico efectivo.
Nesta campanha, a CDU distingue-se também pelas propostas de promoção da cultura na sua dupla dimensão da criação e da fruição, protegida pela Constituição da República.
Não desistiremos da exigência de atribuição de 1% do Orçamento do Estado à Cultura, do alargamento da visitação gratuita aos museus, palácios, monumentos e sítios arqueológicos, incluindo nos detidos por fundações maioritariamente dependentes de recursos públicos, como é a Fundação de Serralves.  

Estas são preocupações que só na CDU têm eco, que só na CDU encontram a força capaz de as levar à intervenção e à proposta, de transformar em luta as aspirações do povo e dos trabalhadores e de levar a luta a voto e o voto à intervenção transformadora de que a CDU porta-bandeira.

Camaradas, 
Entramos hoje nas derradeiras duas semanas das tarefas de informação, esclarecimento, consciencialização e mobilização para as eleições de 10 de Março.
Nesta hora, é indispensável redobrar o ânimo e reafirmar o compromisso para com aqueles que desde sempre contam connosco – e contam pela certa e com a certeza de que jamais lhes falharemos: os trabalhadores e o povo!

Por isso, camaradas e amigos… 

É mesmo a hora!

Vamos à luta, vamos ao contacto!

Viva a CDU!     
 

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