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Parido Comunista Português

Intervenção de Sónia Colaço, Partido Ecologista «Os verdes»

Em Março o planeta não pode votar, mas nós podemos e por isso afirmamos que o voto ecologista é na CDU!

Comício em Torres Novas

Começo por saudar, em nome do Partido Ecologista Os Verdes, todos quantos estão com a CDU, na apresentação da lista de candidatos às legislativas de 2024, pelo círculo eleitoral de Santarém.

Permitam-me uma saudação especial ao Partido Comunista Português e à Intervenção Democrática, com quem reunimos forças ao longo dos anos para dar corpo à Coligação Democrática Unitária. Este grande espaço coletivo, que conta ainda com muitos independentes que também saúdo, e que contribui para que sejamos a força motriz que defende os princípios de Abril, que luta pelos direitos de quem trabalha, pela justiça social e pelo desenvolvimento sustentável.

Permitam-me deixar também uma saudação particular aos candidatos apresentados hoje, cujo cabeça de lista, é alguém que personifica o património de trabalho da CDU, pois tem provas dadas desde há muito tempo, é reconhecido pela dedicação, empenho e rigor nas tarefas que desenvolveu a vários níveis, seja como deputado na Assembleia da República seja como Presidente de Câmara, entre outras. É com confiança que afirmamos que é essencial para os cidadãos do distrito de Santarém contarem com a sua presença e a sua determinação na defesa dos seus direitos.

Companheiros e amigos,

Há cerca de dois anos, quando o PS apresentou o seu “Orçamento mais à esquerda de sempre”, uma falácia que contou com a ajuda do Presidente da República para a aceleração de eleições, levando o país à maioria tão desejada pelo PS em prol da estabilidade governativa, ninguém diria que aqui estaríamos outra vez, a meio da legislatura, a reafirmar o compromisso dos ecologistas portugueses com a CDU, projecto plural e de convergência, com vista a novas eleições legislativas!

No entanto, estes dois anos já nos mostraram o grande problema que foi na vida das pessoas esta maioria, onde o PS se mostrou a igual a si próprio. Nos seus orçamentos faltaram os investimentos nos serviços públicos como a Saúde e a Educação, levando ao caos, com falta de profissionais e condições de trabalho.

Foi a transformação das políticas ambientais em negócios de favorecimento a grupos económicos, através do Simplex Ambiental, favorecendo aqueles que veem na destruição, sem limites da natureza, o aumento dos seus lucros.

Ao longo dos anos PS, PSD e CDS já demonstraram que manterão estas injustiças, e a IL e o Chega também já mostraram no Parlamento que não querem alterar estas políticas que sustentam as desigualdades.

Mas com a CDU é possível mudar de política, é possível alcançar resultados bem diferentes, que promovam o desenvolvimento sustentável do país. Nestes dois anos, não baixámos os braços e continuámos o único caminho que conhecemos, o da luta Ecologista. Fomos a voz ecologista no País!

Uma voz em defesa da mitigação das alterações climáticas, como por exemplo através do reforço da ferrovia como meio de transporte essencial para a descarbonização. A redução do preço dos passes dos transportes públicos permitiu aliviar os orçamentos familiares e aumentar os passageiros.

Uma voz que se empenhou na defesa da mobilidade das populações, e por persistência dos Verdes foi possível a reposição do serviço de transporte de passageiros na Linha do Leste, que permite ao distrito de Santarém uma ligação ferroviária com Espanha, através de Elvas, mas também o reforço de mais horários nas estações de Abrantes e Entroncamento.

Uma voz que se preocupou com as consequências que a Linha de Alta Velocidade traz na redução da oferta de Intercidades a certos distritos, nomeadamente no distrito de Santarém, e que levou Os Verdes a reunirem com a tutela, a promoverem ações de rua junto dos passageiros e a participarem na consulta pública do Plano Ferroviário Nacional. E se bem que a versão final do mesmo, tenha mostrado um recuo relativamente à intenção inicial de retirar todos os serviços Intercidades da Linha do Norte, o que se deve à luta do PEV, a proposta apresentada ainda nos preocupa pelo que iremos continuar alerta perante o futuro dos investimentos na ferrovia nacional.

Companheiros e amigos,

Os Verdes fazem falta na Assembleia da República. Foi com os deputados do PEV que se travou a plantação desenfreada de eucaliptos, garantiu-se a contratação de guardas florestais e reforçou-se os vigilantes da natureza, avançou-se nos direitos e proteção dos animais de estimação e selvagens e promoveu-se a biodiversidade. Estamos certos que será ainda necessária a voz ecologista para denunciar a proliferação de projetos de energia solar em solos agrícolas, o aumento de culturas intensivas de olival e amendoal, também no Ribatejo, com consequências para os níveis das águas subterrâneas e o consumo humano no futuro.

O PEV sempre foi, no Parlamento, a voz ativa na defesa coerente da justiça ambiental e da justiça social.

Os Verdes estão dispostos a continuar a desenvolver, em conjunto com os restantes candidatos da CDU, os homens e as mulheres que dão corpo a este projeto no distrito de Santarém, as propostas necessárias para avançar na defesa do ambiente, de mais e melhor qualidade de vida.

Por isso afirmamos que quanto mais força tiver a CDU, mais soluções se tornarão possíveis e 50 anos depois do 25 de abril, é tempo de exigir políticas justas, que cumpram a Constituição da República Portuguesa.

Em março o planeta não pode votar, mas nós podemos e por isso afirmamos que o voto ecologista é na CDU!

Viva a Coligação Democrática Unitária!

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