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Parido Comunista Português

Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP

Acto Público CDU


Gostaria de saudar todos os presentes, os nossos aliados do Partido Ecologista “Os Verdes” e da Associação Intervenção Democrática e todos aqueles que, não tendo filiação partidária, aqui se juntam, aqui pertencem, aqui contribuem para a construção de um projecto actual e necessário.

A CDU, este espaço de realização e construção colectivas, lugar de intervenção cívica e política, espaço de trabalho em defesa do progresso e do desenvolvimento, factor de transformação das condições de vida. 

Portadora das soluções e das respostas, a CDU é a força de palavra, pelo valor que dá aos seus compromissos com os interesses dos trabalhadores e do povo. 

A CDU é a força da dignidade, pela seriedade e pela sua acção de afirmação do direito a uma vida melhor.

A CDU é a força de confiança, a força com que as pessoas sabem com o que contam, sabem que se cumpre, sabem o que queremos, abrir caminho a uma outra política capaz de construir um Portugal com futuro.

Juntos constituímos a Coligação Democrática Unitária, a força eleitoral portadora da alternativa necessária e insubstituível.

A CDU, este espaço com diversidade e pluralidade de projectos que se somam e se acrescentam,com o saber e a experiência próprios, unidos em torno de Abril, dos seus valores, e da Constituição da República Portuguesa.

A Lei Fundamental, que é em si mesmo um importante instrumento de unidade dos democratas, dos patriotas e de todos os que cá vivem e trabalham e uma plataforma política de grande significado e alcance.

A Constituição que a política de direita põe muito longe do dia-a-dia e da vida das pessoas, e é isso que é preciso resolver.

Colocar a Constituição na vida de todos os dias, subordinar os interesses económicos à decisão política e não ao contrário como tem acontecido.

O que faz falta, tal como consagra a Constituição, é assegurar o direito à saúde, à educação, à habitação, elevar as condições e concretizar a vida melhor a que temos direito e responder ao aumento urgente dos salários e das pensões. 

Fazer cumprir a Constituição e o que ela comporta de referência para um País mais justo, desenvolvido e soberano, é o que com a nossa intervenção e luta queremos concretizar.

Aqui na CDU, tal como a Constituição, não somos neutros, também nós optamos pelos trabalhadores, pelas populações, pela soberania e pelo País.

Também nós na CDU estamos todos os dias no combate contra a injustiça, a desigualdade e as discriminações.

Objectivos de todos os dias, objectivos que estão presentes também nos desafios eleitorais que aí estão.

Estamos confiantes para todas e cada uma dessas batalhas.

Uma confiança sustentada no exemplo recente de reforço eleitoral da CDU nas eleições regionais na Madeira, com os madeirenses a dar mais votos, mais percentagem e mais força à CDU.

Um importante resultado, um exemplo de determinação para este ciclo eleitoral que agora se inicia, com as eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores em Fevereiro, as legislativas em Março e as eleições para o Parlamento Europeu em Junho.

Vamos a estas eleições para crescer com a confiança de ter mais votos, mais percentagem, mais eleitos da CDU, mais eleitos que tanta falta fazem.

E isto não são palavras de circunstância, desligadas da realidade e das verdadeiras possibilidades que temos.

São afirmações claras de quem está no terreno, de quem sente que há cada vez mais gente a perceber o valor próprio e único da CDU.

Há cada vez mais gente a perceber que quando a CDU avança, quanto mais força tem, isso tem tradução positiva nas suas vidas.

Ao contrário do que alguns possam pensar e até gostariam, o povo não tem a memória curta.

Os que sentem na pele e todos os dias as dificuldades da vida, os que querem um País mais desenvolvido e justo percebem por experiência própria que quando o PS ganha força, e estes dois anos são disso exemplo, os problemas de cada um não só ficam por resolver como se agravam. 

O voto no PS é uma ilusão e, tal como se provou, daí não virá solução para as nossas vidas, esta é que é a realidade, independentemente das promessas que agora voltam a surgir e independentemente do esforço de limpeza de responsabilidades. 

Sabem que quando a direita ganha força, a vida de cada um dá um passo atrás, e é tal como se viu e sentiu com os anos da troika, sim, estavam lá todos, actuais e anteriores dirigentes, uns que se mantêm no PSD e CDS e outros que se passaram para o Chega e IL, não para se redimirem, mas sim para irem ainda mais longe. 

Sabem, para lá de todas as manobras e rasteiras que aí estão e para lá da falsa bipolarização, que o que está realmente em causa é o confronto entre os partidos que, com esta ou aquela diferença, são a garantia dos interesses dos grupos económicos, e a CDU e o seu projecto ao serviço que está dos trabalhadores, das populações e do País. 

E sabem acima de tudo que quando o PCP e a CDU ganham força, a vida de cada um melhora e anda para a frente. 

Então se assim é, o reforço da CDU é mesmo uma necessidade.

É esta necessidade que se vai expressar no voto dos que se sentem justamente injustiçados, indignados e até traídos, dos que foram iludidos e percebem que a maioria absoluta não resolveu, antes agravou, todos os problemas e acentuou a injustiça e as desigualdades.

O voto de quem justamente tem razões para protestar e quer expressar a sua indignação perante as injustiças tem na CDU e só na CDU a opção coerente, é aqui que o protesto se alia às soluções necessárias, é aqui que o descontentamento ganha força de alternativa e de construção de uma vida melhor.

O voto certo, útil e necessário é o voto na coerência, na força e em deputados que contam sempre, contam sempre seja qual for a circunstância, para contribuir para tudo o que seja positivo e travar e fazer frente a tudo o que seja negativo, venha de onde vier.

A indignação e o protesto, vão valer ainda mais com o voto na CDU, a força de protesto, que rejeita e combate as injustiças, a força que não diz uma coisa hoje para depois fazer outra amanhã, a força das soluções para um Portugal com futuro.

Há cada vez mais gente a perceber quem perde com as chamadas contas certas, perdem os 3 milhões de trabalhadores com salários até mil euros, os 70% de pensionistas que recebem menos de 500 euros, os mais de 2 milhões de pobres, todos os que estão a braços com dificuldades em manter a sua casa, os profissionais dos serviços públicos e os utentes do Serviço Nacional de Saúde.

Mas há quem ganhe e muito com as contas certas de PS, PSD, CDS, Chega, IL e União Europeia.

Ganham os grupos económicos e os seus 25 milhões de euros de lucros por dia, esses para quem nunca faltam benefícios fiscais, ajudas, apoios e fundos.

Esta é a verdade indesmentível que até os defensores do desinvestimento dos serviços públicos não conseguem esconder.

O excedente orçamental aumenta e o crescimento económico encolhe. 

Não há crescimento económico sustentado em baixos salários, em baixas pensões, em baixo poder de compra, com uma população que vê mês a mais à sua frente e que pouco mais é capaz de viver para além dos gastos essenciais.

Para enfrentar a situação e acima de tudo para dela sair, aqui está a CDU.

Propostas, soluções, esperança, confiança e determinação em levar o País para a frente.

O País tem futuro, o País tem meios, tem recursos, e tem gente séria e honesta, aqui na CDU mas não só.

Gente séria e honesta capaz de responder aos desafios que aí estão.

A CDU faz falta, os deputados do PCP e do PEV fazem falta, são cada vez mais os que sabem e sentem que a CDU faz falta.

Dêem-nos o vosso apoio, dêem-nos o vosso voto e a vossa confiança, elejam mais deputados da CDU, deputados ao serviço do povo e dos trabalhadores.

Ao serviço dos grupos económicos, do grande capital, dos banqueiros, do negócio da doença, dos que desbaratam os recursos e a riqueza nacional, dos que têm os chorudos benefícios fiscais, dessa ínfima minoria que concentra grande parte da riqueza criada no nosso País, já temos deputados a mais. 

Esta correlação de forças precisa de mudar e mudar a favor dos que mais precisam.

Uma política alternativa justa, necessária e possível para repor poder de compra e melhorar as condições de vida do povo e dos trabalhadores, redistribuir a riqueza.

Uma política alternativa justa, necessária e possível para trabalhadores, reformados, jovens, produtores, micro, pequenos e médios empresários, artistas, intelectuais, imigrantes.

Se há cada vez mais gente a perceber tudo isto, há que não descansar e não deixar uma única conversa por fazer.

Amigos, familiares, vizinhos, colegas, tanta e tanta gente justamente indignada, revoltada, desacreditada face a tudo o que se tem passado, sem perspectiva de melhorias para si e para os seus. 

Tanta e tanta gente para ganhar para o apoio e para o voto na CDU.

O voto na CDU, que sabe que a esquerda o é pelo que faz e não pelo que proclama, que sabe que a esquerda o é por colocar os direitos, os salários, as pensões, os trabalhadores, o povo, o Serviço Nacional de Saúde, os serviços públicos, a habitação, os direitos dos pais e crianças, no centro da sua acção, o voto na CDU, que sabe que a esquerda para o ser de facto tem de resgatar a soberania e colocar ao serviço do País e do seu desenvolvimento os meios e os recursos existentes, e nunca se subjugar aos interesses, às negociatas, ao tráfico de influências e corrupção dos grupos económicos, o voto na CDU que sabe que esquerda que o é de facto não alimenta e se alimenta da direita nem das forças reaccionárias e que será a única garantia que revela para enfrentar essa mesma direita, seja em que circunstâncias for e tenha ela a expressão que tiver.

Vamos ao contacto, este nosso acto público é um bom ponto de partida para esse profundo, amplo e necessário movimento nacional de esclarecimento.

Vamos conversar, vamos ouvir e vamos esclarecer. 

Vamos dar a esperança que lhes tem faltado, essa esperança assente no trabalho, na honestidade, na competência e com provas dadas, dessa forma de fazer e estar na política e nos cargos públicos, não para nos servirmos a nós próprios, mas sim o povo e os trabalhadores.

Estamos e vamos realizar uma grande acção de esclarecimento, uma acção onde cada um de nós é e tem de ser um militante e um activista da conversa e do esclarecimento, uma acção que vale mais pelas conversas que estamos e vamos ter, do que pelo número de documentos que vamos distribuir.

Com determinação, com confiança, com alegria, vamos construir um grande resultado eleitoral da CDU e dessa forma, contribuir para recolocar o País no trilho de Abril, esse Abril tão vivo e tão necessário nas vidas de todos e no futuro de Portugal.

Viva a CDU

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