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Parido Comunista Português

Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP

A juventude tem na CDU a sua força

Comício em Coimbra

Camaradas e amigos,
Uma grande saudação a todos os que aqui estão a fazer transbordar esta sala de força e combatividade, que é bem a imagem do que é, e do que tem sido, a campanha da CDU- força, coragem e determinação- está a ser assim em todo o lado e também aqui no Distrito de Coimbra.

Uma saudação aos nossos aliados do PEV e da ID e aos muitos independentes sem filiação partidária que há muito lutam connosco e aos muitos que todos os dias se juntam à CDU, e são muitos os que estão disponíveis para se juntar a nós.

Uma saudação muito especial à juventude, à sua presença, ao contributo e à forma empenhada com que estão nesta importante batalha.

Não há País com presente e com futuro que possa, como infelizmente tem acontecido, dispensar a força, a criatividade, a dinâmica e a irreverência da juventude.

A CDU está a crescer e a cada dia que passa vai crescendo ainda mais. É assim para surpresa de alguns, esses sim, que são cada vez menos.

A CDU está a crescer porque está a fazer o que sempre fez. Está a  
trazer para a campanha os reais problemas, as reais dificuldades das pessoas. Está a crescer porque está a contribuir para que cada vez mais gente perceba quem de facto as aperta, quem são os responsáveis, e quem defende esses mesmos responsáveis.

A CDU está a crescer porque não se limita a denunciar os problemas. A CDU apresenta propostas e soluções que correspondem às necessidades e anseios da maioria.

A CDU está a crescer pela extraordinária campanha de contacto, 
esclarecimento e mobilização que os nossos candidatos e activistas estão a desenvolver em todos os recantos do nosso País, mesmo que os holofotes não estejam em cima deles ou quando os holofotes se desligam.
 
A CDU está a crescer porque se centra nas respostas necessárias,
porque não embarca no espectáculo que outros querem e não contribuiu nem contribui para o desviar de atenções. 

A CDU está a crescer porque quando querem que falemos de justiça no abstracto nós trazemos o assunto para a falta de resposta ao dia-a-dia das pessoas e trazemos para o debate os custos que afastam milhares de pessoas do acesso à justiça.

A CDU está a crescer porque quando nos querem arrastar para a imaginária insustentabilidade da Segurança Social nós dizemos que o que é preciso, e agora, é aumentar as pensões e as reformas.

Está a crescer porque quando querem que falemos dos custos do SNS nós dizemos que o maior custo do SNS são as transferências dos seus recursos para o negócio da doença, que o maior custo do País é o seu povo estar sem acesso a médicos, enfermeiros e técnicos, sem acesso a cuidados.

A CDU está a crescer porque, mesmo que mais ninguém fale, aqui estamos nós a afirmar que um País sem cultura é um País menos democrático e que não nos resignamos que o Estado transfira mais dinheiro para as PPP rodoviárias do que para a cultura.

A CDU cresce porque quando alguns querem “os cheques educação” nós mantemo-nos firmes pela Escola Pública- a escola democrática.

Essa escola onde não cabe a precariedade dos seus profissionais, 
a escola que reconhece o tempo de serviço dos professores, a escola, não que não forma máquinas, mas sim, a escola da formação integral do indivíduo.

A CDU cresce e está a crescer porque enquanto outros trocam galhardetes por nada e por tudo, nós colocamos na agenda e no debate o trabalho por turnos, o trabalho nocturno, a precariedade,
a redução do horário de trabalho.

Estamos a crescer porque falamos da vida como ela é.

Estamos a crescer porque enquanto outros falam de passado, nós avançamos a ideia de futuro: a concretização dos direitos dos pais e das crianças.

A CDU cresce e vai continuar a crescer porque enquanto outros se ajoelham aos pés da banca, nós denunciamos o roubo que são as comissões bancárias, os seus lucros, porque exigimos o fim dos despejos e o fim da “Lei Cristas”.

A CDU cresce porque conhece bem o drama por que passam milhares de pessoas para aguentar as prestações e as rendas.


A CDU cresce porque foi e é a força determinante para essa que foi uma das principais marcas da Revolução de Abril: a ruptura com séculos de discriminação e o reconhecimento da igualdade entre homens e mulheres.

Mas, também aqui, Abril está por cumprir.

Numa realidade ainda marcada por inaceitáveis discriminações nos salários, na pobreza, no desemprego, no acesso à saúde; quando se assiste a formas diversas de violência sobre as mulheres, há quem queira impor retrocessos inaceitáveis, como os que ouvimos há dias sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez.

A CDU cresce porque recusa por completo esse caminho de retrocesso que todos nós, e em particular as mulheres, não vão permitir.

As trabalhadoras da indústria, do comércio e dos serviços; da administração pública e do sector privado; as reformadas com uma vida marcada no rosto; as jovens mães e estudantes; as intelectuais, investigadoras e artistas; as mulheres imigrantes que aqui vieram à procura de uma vida melhor, têm no crescimento da CDU a força necessária para a sua emancipação plena.

Estamos e vamos continuar a crescer porque quando querem que falemos de “cenários macro-económicos” nós falamos de salários. 

É disto que outros não querem falar porque este assunto vai ao  fundo dos seus compromissos com os grupos económicos, vai fundo onde é preciso ir.

Mas é disto que nós queremos falar e, acima de tudo, concretizar
porque é de salários mais altos que as pessoas nos falam, porque queremos mesmo, e os trabalhadores têm direito, a uma mais justa distribuição da riqueza que é criada.

Percebemos o incómodo de uns poucos pelo facto de cada vez mais gente se aperceber da brutal injustiça e desigualdade em que nos encontramos.

A CDU cresce e continuará a crescer porque enquanto uns enchem agora a boca com promessas à juventude, com chavões e falsas preocupações com a chamada “fuga de cérebros”, nós vamos ao que interessa: salários, fim da precariedade, creches gratuitas e acesso à habitação.

Vamos ao que faz a diferença para que os jovens tenham condições para cá ficarem, trabalharem e viverem porque tanta falta fazem ao nosso País.

É por isso que a CDU está a crescer, também, junto dos mais jovens. O nosso projecto é o da juventude.

A juventude não quer andar para trás.

Foi pelas mãos do PSD e do CDS e daqueles que hoje estão no Chega e na IL- esses que se apresentam como coisa nova, mas cujo papel que têm é tão velho quanto os interesses dos grupos económicos- foi pela mão deles que enfrentámos o tempo de cortes atrás de cortes. Do passe escolar às bolsas de Acção Social; 
dos cortes nos salários e no subsídio de Natal ao maior aumento de impostos que há memória, foram os anos, foi o tempo, da guia de marcha para os jovens saírem do País.

A juventude também não quer manter tudo como está porque como está não lhe serve. Não lhe serve os baixos salários, a precariedade, a desvalorização da Escola Pública e o martírio do acesso à habitação.

A juventude tem na CDU a sua força.

É aqui que estão as respostas aos seus problemas, aspirações e sonhos.

A CDU marca a diferença nas suas propostas, na sua coerência e na sua intervenção.

Não fazemos promessas, apresentamos propostas que foram ontem recusadas, mas que aí estão, todos os dias, tão actuais e necessárias. E foram recusadas porque não tínhamos a força necessária para as fazer aprovar.

Tivéssemos tido mais força, e os salários, a habitação, a educação, as reformas, as creches, a saúde, a vida de cada um, o combate à corrupção e ao tráfico de influências, estariam bem diferentes e para melhor.

Queremos e vamos ter mais força, mais votos e mais Deputados, exactamente para fazer aprovar aquilo que ontem não tivemos a força necessária para fazer.

Queremos e vamos ter mais votos e mais Deputados, exactamente para responder aos problemas da maioria, com a força que ontem nos faltou.

Queremos e vamos ter mais votos e mais Deputados, mais força, 
porque esta é a força que faz falta.

A CDU é o porto seguro.

O voto na CDU é o voto de protesto e das soluções. O voto nos únicos que garantem a política de esquerda. 

Não há esquerda possível sem a CDU e muito menos contra a CDU.

O voto que é a maior garantia para os que estão preocupados com a direita. Não há força com mais experiência no combate à direita que a CDU que é a força que dá mais garantias de, em nenhum momento, desertar desse combate.

Aqui não há cedência, aqui não há vacilações, aqui há compromisso com os trabalhadores, o povo e o País.

Aqui há palavra, dignidade e confiança.

O voto na CDU é o voto necessário; é mesmo o voto indispensável, é um voto triplo.

Vamos ao contacto, vamos à conversa que há muito ainda por onde crescer e alargar. Há muita gente disponível para ser convencida a apoiar e a votar na CDU.

O ambiente é muito bom, o carinho é extraordinário, as salas e as ruas por onde passamos enchem-se de entusiasmo. 

Transformemos esse reconhecimento em apoio e em voto. 
Os muitos que sabem que estivemos ao seu lado quando foi preciso lutar em defesa do salário, do posto de trabalho, dos seus direitos, têm agora a oportunidade de eleger Deputados, como o Fernando Teixeira, que correspondam aos seus interesses.

Sabemos do esforço que fazem para impor ao povo a falsa bipolarização e os caminhos para tentar condicionar a opção de cada um. Tudo isto se vai intensificar e dramatizar.

Mas dêem as voltas que derem, encontrem os falsos argumentos que quiserem, que a verdade é uma e só uma. Ninguém decide pelo povo. 

É o povo que vota e é com o povo, como sempre, que contamos. 

Confiança no nosso povo.
Confiança na sua sabedoria.
Confiança na força deste povo que como sempre é quem mais ordena.

Viva a CDU!
Viva o 25 de Abril!

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