CDU manifesta-se contra discriminação em debate sobre as eleições autárquicas de Lisboa

A TVI anunciou para 7 de Setembro um debate eleitoral dedicado a Lisboa com a participação dos candidatos Fernando Medina e Carlos Moedas. A realização deste debate, com a exclusão de todas as outras candidaturas, configura uma violação grosseira dos deveres de imparcialidade e de tratamento exigíveis à garantia de igualdade de oportunidades entre as diversas candidaturas. Não há critérios editoriais que se possam sobrepor a princípios fundamentais que a legislação protege em processo eleitoral. A tentativa de sobrevalorizar a candidatura de um candidato de um partido, o PSD, que tem idêntico número de vereadores eleitos quanto os da CDU, constitui um exercício para credibilizar eleitoralmente aquela candidatura num quadro em que manifestamente revela não ter.

O debate agora anunciado insere-se na animação artificial de bipolarização de facto inexistente, quer no estrito limite eleitoral, quer na tentativa de apresentar em confronto e em alternativa projectos para a cidade que em questões substanciais mais do que pontos de divergência conhece dinâmicas convergentes.

A CDU tem um projecto alternativo para a cidade de Lisboa, em oposição às candidaturas de Fernando Medina e Carlos Moedas que, no essencial, representam uma mesma visão da cidade.

A CDU tem sido uma oposição crítica, atenta, exigente e construtiva, que aliou a denúncia a propostas coerentes e à análise na procura de soluções sustentadas para os problemas que a cidade enfrenta.

O projecto alternativo da CDU dá prevalência ao interesse público sobre interesses privados, com o objectivo de eliminar as exclusões e desigualdades existentes.

Merece-nos forte oposição qualquer tentativa de procurar limitar as opções a duas candidaturas que nada de novo trazem para Lisboa.

Não deixaremos de prosseguir o nosso trabalho de afirmação da CDU junto da população da cidade, afirmando as nossas propostas e projecto, garantindo a todos o Direito à Cidade.

A CDU entende que deve ser garantida a participação das forças políticas concorrentes e dirigiu-se à Comissão Nacional de Eleições nesse sentido, de modo a ser respeitado o dever de imparcialidade e a igualdade de tratamento das candidaturas.

A Coordenadora CDU Lisboa