Confiança na vitória anima o Barreiro

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Depois de uma visita à Quinta do Braamcamp e da afirmação de que, com a CDU, aquele terreno não será entregue a privados, mas requalificado para usufruto da população, Jerónimo de Sousa seguiu para a sessão pública que, ao final da tarde, a candidatura do PCP-PEV aos órgãos autárquicos do Barreiro promoveu em Santo André.

A iniciativa não começou antes da chegada de uma poderosa arruada encimada por Carlos Humberto e José Luís Ferreira, cabeças-de-lista à Câmara e Assembleia municipais.

A primeira a subir à tribuna foi, porém, Antonieta Fortunato, primeira candidata à União das Freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena, uma junção de freguesias que a população sempre contestou e que comunistas e ecologistas nunca deixaram, nem deixarão, de exigir que voltem a ser desagregadas, começou por referir.

De resto, nessa e noutras matérias a identificação da CDU com as aspirações dos barreirenses é total, e esse é um facto que Antonieta Fortunato considerou motivador da confiança na vitória, antes de sublinhar reivindicações que vão voltar a ter expressão com o PCP-PEV na gestão da freguesia, entre as quais a construção do Centro de Saúde do Alto do Seixalinho, a manutenção dos balcões dos CTT e da CGD e de outros serviços públicos e essenciais, ou a melhoria da higiene urbana e a revitalização dos espaços verdes e comunitários.

Carlos Humberto «a autarquia passou a ser porta-voz do Governo junto dos barreirenses, em vez de ser porta-voz dos barreirenses junto dos barreirenses».

José Luís Ferreira, número um na lista à Assembleia Municipal do Barreiro e membro da Comissão Executiva do PEV, também realçou que a energia que se sentia naquele comício era a mesma que a CDU tem constatado nos contactos a população, confirmando, afinal, que a escolha da palavra «juntos» para lema de campanha não é um mero slogan, mas a materialização de uma forma de estar que contou com os barreirenses para a construção do programa eleitoral, como conta com a sua participação para a gestão da autarquia.

Na mesma tónica, Carlos Humberto frisou que cresce o número daqueles que vêm manifestar junto da CDU o seu apoio, alguns dizendo mesmo que antes votaram noutras forças políticas. Nesse sentido, prosseguiu, estamos em condições de assegurar que o Barreiro volte a ter uma identidade e uma voz própria.

Voz própria que perdeu com a actual gestão PS, acusou Carlos Humberto, para quem a autarquia passou a ser «porta-voz do Governo junto dos barreirenses, em vez de ser porta-voz dos barreirenses junto dos barreirenses».

Provas dadas

O Secretário-geral do Partido também defendeu que com a CDU as populações e as autarquias têm uma voz própria, e numa declaração sem margem para equívocos avisou que é escusado contar «com a CDU para ter nas câmaras municipais eleitos que sejam meras correias de transmissão do Governo, sobretudo quando as decisões tomadas afectam os direitos e os interesses dos trabalhadores e das populações».

Entre decisões que muito têm afectado os barreirenses, o dirigente comunista lembrou a decisão de construir o novo aeroporto de Lisboa no Montijo, com a anuência da CM do Barreiro, a não concretização da terceira travessia do Tejo, uma obra fundamental para o desenvolvimento do Barreiro e do País», o «não investimento na melhoria das condições nas ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa».

Mas o Barreiro, como outros por esse País fora, confronta-se com outros e sérios problemas, tais como o aumento do desemprego e o definhamento da actividade económica e capacidade produtiva instalada, carências na educação e saúde que vão da falta de profissionais às infra-estruturas, subalternização e abandono da cultura e dos criadores culturais. Razão pela qual considerou que «o voto na CDU é o voto que dá força a quem tem provas dadas na defesa dos interesses dos trabalhadores e das populações».